Capítulo 94

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Vitória está demorando e estou começando a me preocupar. Liguei várias vezes para o celular do bastardo, mas ninguém atende. Suspiro. "Droga Vitória!  Por que  disse que não chegaria tarde se não ia cumprir com a promessa!" Resolvo descer para tomar um copo de água. Visto um moletom por cima da cueca e como a noite está fria, decido colocar uma blusa de frio. Visto meu moletom e puxo a toca para frente. Desço com as mãos nos bolsos.

Passo pelo corredor e vou para a cozinha e abro a geladeira. Bebo meu copo de água e confiro o relógio mais uma vez. Três horas da manhã. Me apoio no balcão. "Cadê você Vitória..." decido voltar para o quarto e passo pela sala.

- Para Joshua! - "Vitória?" Paro na sala e espero escutar algo mais. Depois de alguns minutos escuto novamente. - Pare Joshua! - definitivamente é  a Vitória. Ouço choramingos e abro a porta. "Se aquele imbecil  encostou um dedo nela eu..." Saio para fora e vejo Joshua agarrando Vitória. Meu sangue ferve. Agarro a mão que está embaixo de seu vestido e puxo ele de cima dela, uso tanta força que ele cai do outro lado. Olho para Vitória que cai de joelhos no chão e apoia as mãos no chão.

- O que pensa que está fazendo idiota? - grito com toda a força de meus pulmões. Pulo em cima dele e me sento em cima de seu abdômen, encaixo um soco em seu maxilar, depois outro do outro lado, agarro ele pela gola. - Está louco? Quer que eu te mate!? Você não deveria ter feito isso seu imbecil! - largo ele no chão e ele ergue o braço para me acertar. Desvio.

- Pare Dimitry! - Vitória grita do outro lado e sinto mãos segurarem meu braço, puxo e ela se desequilibra e cai. Não entendo já  que não usei força. Me sinto mais irado ainda e grito com ela.

- Você está bêbada? - gargalho e estou realmente chateado - Não acredito! - digo amargamente.

- Dimitry eu... - olho para ela desconsolado e balanço a cabeça, sinto um soco me acertar e caio para o lado. "Ah filho da mãe!" Subo em cima dele e acerto mais socos em seu rosto. - Para Dimitry! - sinto braços me puxando e tento sair, mas uma pessoa segura um braço e outra pessoa segura outro.

- Quer acordar as crianças idiota! O que está fazendo!? - Aldo diz.

- Vou matar esse cara! - esbravejo.  Aldo e Natasha me puxam para trás e Aldo me imobiliza no chão, minha respiração está irregular.

- Para de gritar! - Ele pede e procuro me controlar. Natasha ajuda Joshua a se levantar e tira ele dali. Ela se vira para mim antes.

- Amanhã conversamos. Se acalme está bem? - aperto o maxilar e depois de alguns minutos Aldo me solta. Vitória está de cabeça baixa e ainda de joelhos. Olho para Aldo.

- Eu cuido dela. Deixe-nos a sós.  - digo friamente. Aldo assente.

- Não faça  mais nada do que possa se arrepender. - Assinto e passo a mão pelos cabelos.

Olho para Vitória depois que Aldo sobe, respiro fundo e me abaixo perto dela, ela não me olha. Seguro seu rosto, ela me olha com lágrimas nos olhos.

- Desculpe. - ela soluça e bufo.

- Te ajudo! Vem! - me coloco de pé e ajudo ela. Ela está tonta e se desequilibra. Balanço a cabeça e aperto o maxilar. Tusso. "Merda de resfriado!" Entramos e tranco a porta da frente. - Sobe no sofá. - ela olha para mim e passa as costas da mão no rosto secando as lágrimas. Ela sobe em seguida. -  Não me solta. - ela cruza as pernas em minha cintura e coloca os braços em meu pescoço deitando a cabeça nele. Ouço seus soluços. "Idiota!" Respiro fundo, pois ela está bêbada e não posso fazer nada a não ser ficar bravo. Chateado. Magoado.

Chegamos no quarto e coloco ela na cama, fecho a porta, volto para a cama. Ela está com os joelhos feridos. Vou até o banheiro e pego uma toalha de rosto, molho um pedaço e volto para o quarto, passo em seus joelhos e ela resmunga. Depois de limpar, me levanto deixando a toalha na escrivaninha.

- Tira essa roupa! - digo friamente,  Vitória  me olha desconsolada e tenta tirar o vestido. Reviro os olhos e ajudo ela. Ela fica somente de sutiã e calcinha. Vou até minha mala e pego umas de minhas camisetas. Volto para perto dela.

- Não fica bravo comigo! - ignoro e me sento na cama atrás dela. Abro o fecho do seu sutiã. - Dimitry?! - ela diz embriagada. Fecho os olhos e engulo seco. Realmente estou magoado.

- Fica quieta! - digo e tiro as alças do sutiã. Ela se vira para mim e me abraça. Engulo seco. Fecho os olhos novamente "Que vontade de te castigar!" Afasto ela e coloco ela sentada na cama novamente.

- Diz que não está bravo.

- Não gosto de mentiras! Não vou dizer, agora fica quieta. - repreendo. Ela suspira. Pego a camiseta e visto ela. Arrumo a cama e deito ela. Apago a luz e me deito.

- Dimitry...- ela se aproxima de mim e sinto o cheiro de álcool.

- Para Vitória! - digo friamente  e me deito de barriga para cima. - Está cheirando a álcool. - suspiro. "Pedi para ela não beber!"

- Não fica assim comigo... - ela diz perto do meu ouvido.

- Como quer que eu fique?  Eu te pedi para não beber - Me viro de lado e Seguro seu rosto - Pedi, não Pedi? Por que bebeu então ? Por quê? É tão difícil me ouvir? E se ele tivesse abusado de você? Devia ter matado aquele idiota! Como que você pôde ainda defender ele. Não entendo...

- Está machucando... - ela diz. Solto seu rosto e abraço ela com força.

- Não faça mais isso, senão vou te punir. Vou te bater por raiva e não por amor. - ela assente. Beijo o topo de sua cabeça e me sento na cama, tiro a blusa de frio e jogo no chão. Me deito novamente e puxo Vitória para meu peito, Acaricio seus cabelos e acabo adormecendo assim. Fazendo carinho em seus cabelos.

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora