Capítulo 113

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- Muito obrigado! - Assinto e aperto a mão de Joshua.

- Se precisar de alguma coisa e ela precisar depor basta me procurar. - Joshua assente.

Fecho a porta do quarto e me sento ao seu lado. Não sei se ela pode me ouvir agora, mas preciso dar a notícias. Seguro sua mão animadamente.

- Parabéns mamãe! Acho que você esqueceu de tomar o remédio que eu comprei para você... - sorrio, apesar de estar um pouco preocupado. Em poucos dias terei uma cirurgia e nossa viagem está marcada para logo.

Sinto-me um pouco receoso do que possa vir acontecer. "Ela ficará bem se eu não conseguir?"

Me debruço na cama e coloco a mão sobre sua barriga.

- Papai será o melhor pai do mundo para você... Farei o possível para não decepciona-lo. - sorrio e engulo seco.

Adormeço.

***

Acordo com Vitória mexendo em meus cabelos e segurando a mão que está sobre sua barriga. Levanto a cabeça e olho para ela.

- Dormiu bem? - pergunto. Ela assente.

- Muito Bem... - Ela diz com um fio de voz. - Como está se sentindo Dimitry?

- Bem... Melhor que você... Acho. - Ela ri. Me levanto e a tontura me domina, corro cambaleando para o banheiro e a vontade vomitar me cerca. Levanto a tampa do vaso e me debruço deixando todo o enjoo matinal ir embora junto com o pouco que comi ontem.

Me sinto mal e não consigo me levantar durante um tempo.

- Bom dia! - escuto a voz de alguém no quarto e me obrigo a me por de pé. Caminho com dificuldade para fora.

- Bom dia, será que poderia ver meu namorado ali no banheiro... Acho que ele não se sente bem ...- Caminho encostado na parede e me encosto na porta fingindo estar bem.

- Estou ótimo, foi só um enjoo... É  comum. - digo. A enfermeira me ajuda a se sentar em um sofá no quarto.

- Parece bem abatido, trarei o café da manhã de vocês. Lembrando que a paciente não pode se esforçar muito... O ferimento mais preocupante no momento é o corte do pescoço,  então não queremos que se esforce. - Vitória assente. A enfermeira nos deixa a sós e creio que preciso dizer logo a ela.

- Me empresta seu telefone? - Sou pego de surpresa e me levanto entregando meu celular a ela. Depois de alguns minutos ela me devolve e me sento na cadeira próximo a ela.

- Preciso te contar algo...

- Estou escutando, pode dizer... - a voz dela é tão calma.

- Você lembra se tomou o remédio que comprei? - ela franze o cenho.

- Eu lembro de ter pegado ele, mas não sei se tomei, aconteceram tantas coisas que não consigo me lembrar desse detalhe. - limpo a garganta.

- Vou ser pai. - digo seriamente e ela vira o rosto para mim assustada. Sorrio. - Acho que não posso deixar você ser mãe sem que esteja casada comigo no papel... - Ela abre a boca em um imenso "O".

- Você só pode estar brincando? - nego.

- Não quer ser mãe ou não quer se casar com um louco? - ergo os braços-  Serei um bom pai! - seus olhos marejam.

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora