Entramos no quarto e tiro meu terno, vejo ela tentar puxar sua blusa para cima.
- Não! - repreendo. Termino de tirar a camisa e em nenhum momento paro de encarar ela.
Quando estou livre da parte de cima de minhas roupas caminho até ela e puxo sua blusa, passo meus dedos pela sua barriga e subo até a extensão das costas onde fica a fechadura do seu sutiã, abro o fecho e retiro cuidadosamente pelos seus braços, jogo no chão e levo minhas mãos em sua cabeça.
Viro de lado e deposito beijos em seu pescoço, ouço um gemido e retiro minhas mãos, porém não paro com os beijos.
Mesmo estando atrás dela levo minhas mãos ao zíper da calça na frente, abro devagar e vejo ela se apertar contra mim, paro com os beijos e desço a calça aos seus pés.
Volto a ficar de frente e aceno com a cabeça em direção a cama, ela obedece com um sorriso animado. Retiro o restante das minhas roupas e puxo sua roupa íntima.
"Se controle Dimitry! Nada de perversão por hoje!"
***
Acordo com Alice abraçando meu corpo e puxo o ar rapidamente, me desvencilho de seu toque e levanto da cama me espreguiçando, caminho para o banheiro, tomo um banho demorado e visto uma calça jeans que está pendurada atrás porta, quando retorno vejo ela se espreguiçando, ainda não me notou, pois se levanta e caminha nua em direção a sua roupa no chão do lado da cama, vejo ela se levantar e só então olhar para mim, vejo que ela está envergonhada e sem graça.
- Bom dia Alice. - digo olhando com o olhar mais sério possível, ela se move rapidamente vestindo suas roupas.
- Bom dia Dimitry! - seu tom de voz é quase inaudível "Nem peguei pesado com ela!"
Caminho em sua direção e me sento na ponta da cama, ela termina de se vestir e senta em meu colo.
- Se eu soubesse das suas habilidades tinha ido eu mesma até você noite passada... - sua frase me deixa mais relaxado, afinal não serei acusado de agressão ou taxado como maluco.
- Que bom. - digo secamente e faço sinal para ela se levantar - Vou levar você em casa, ok? - ela assente. Pego minhas chaves no bolso da calça social que vestirá ontem e alcanço a camisa branca amarrotada no chão, visto ela mesmo.
Caminho em direção a saída e Alice me acompanha, encosto a porta do apartamento e seguimos para o elevador.
- Pode me ligar se quiser! - sua voz não parece tão agradável como noite passada e as chances de que ligue para ela são poucas ou nenhuma.
- Não posso, na verdade! - "Não mesmo!" Penso em como me segurei noite passada para não acabar satisfazendo meus desejos mais profundos e obscuros.
- Gostaria que ligasse... - não respondo, apenas continuo caminhando para fora do elevador e seguindo para o próximo que leva para o subsolo.
Destravo o carro e abro a porta para que ela entre, caminho para meu lado e entro fechando a porta. Suspiro.
- Para que lado você mora? - pergunto.
- Perto do hospital. - assinto e dou partida - Você não é muito sociável não é? - a voz dela sai em um tom magoado.
- Não! - digo secamente. - Não queria e nem quero que alimente esperanças comigo... Apenas... Apenas vou te levar para casa ok? - odeio quando as mulheres pedem mais do que uma noite, ainda mais para mim que tenho sérios problemas com essas coisas sentimentais e sérios problemas de convivência.
- Você me parece uma pessoa solitária... - sua voz sai extremamente triste e penosa. Reviro os olhos.
- Prefiro dessa forma! - minha voz sua extremamente fria.
Seguimos o restante do caminho em silêncio, deixo ela em sua casa e sigo de volta para o hotel, preciso seriamente de uma diversão mais intensa.
Para evitar que eu acabe corrompendo o maldito tratamento que meu psiquiatra estúpido me passou, decido ir a casa dele.
Alcanço a casa dele e estaciono na calçada, desço do carro e bato palmas na esperança de ser atendido logo. Vejo uma mulher de idade sair para me atender e sorrir.
Ela abre o portão e me encara com olhar preocupado.
- Você é Dimitry Richards? - sua voz está trêmula então deduzo que ela sabe muito mais do que meu nome.
- Sim, vim conversar com o senhor Tompson... - digo tentando parecer simpático.
- Ele está lá dentro, entre! - caminho com as mãos no bolso para dentro do quintal da casa e logo a mulher me acompanha e abre a porta da frente, entro e observo a imensa sala repleta de estantes com livros.
A mulher desaparece para outro cômodo e aguardo alguns instantes.
- Me acompanhe! - ouço a voz da mulher e me viro em direção a uma porta dupla, entro em um corredor e logo em seguida ela abre outra porta - Este é o escritório de Francisco, fique a vontade - ela sorri e se distância.
Entro e fecho a porta, senhor Tompson está sentado em uma mesa e creio que esse seja seu escritório, caminho até uma cadeira de frente para ele e me sento.
Senhor Tompson está sorrindo e com os braços descansando sobre a mesa.
- O que lhe trás aqui em uma manhã de domingo Dimitry? - solto um sorriso na tentativa de parecer simpático, mas creio que saiu mais sombrio do que tudo, pois senhor Tompson para de sorrir.
- Receio que eu não esteja me sentindo muito confortável nesses dias e tem se tornado insuportável viver normalmente... - minha voz sai extremamente ameaçadora.
- Achei que não viria procurar ajuda! - solto uma risada amarga.
- E não estou! Apenas estou tentando ser mais humano, caso não funcione estou te avisando da minha próxima conduta. - o olhar de senhor Tompson está carregado de mistério.
- Creio que não tenha cura mesmo Dimitry! - ele vocifera - Suas palavras dizem exatamente o seu caráter, não sei exatamente se você é um sociopata, talvez seja um psicopata que mata a sangue frio e sem nenhum escrúpulo! - suas palavras não chegam a me trazer culpa alguma.
- Creio que esteja errado, senão eu ainda estaria naquele hospício cercado de débeis mentais. - digo com desdém.
- Creio que teremos de seguir seus passos, não é mesmo? - lanço um olhar ameaçador.
- Não teria coragem de colocar sua vida em risco ou talvez... - levo a mão ao queixo e estalo os dedos em seguida como se lembrasse de algo - Talvez a de sua mulher, não é mesmo? - solto um sorriso dissimulado.
Medo *-*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...