Abominável - A lei da Atração

Capítulo 88

Joshua puxa ela para um abraço e isso definitivamente me deixa puto. Acelero o passo e paro atrás de Joshua cruzando os braços, Vitória me olha e sorri. "É divertido para ela?" Eles se afastam e Joshua olha para trás sorrindo.

- Olá Dimitry.- ele diz ironicamente. "Sinto vontade quebrar esse rostinho bonito! " - Estava convidando Vitória para irmos assistir um filme que foi lançado ontem nos cinemas. - arqueio uma sobrancelha.

- Para quando? - ele sorri e puxa Vitória para perto pela cintura. Encaro ela e ela abaixa a cabeça corando. Por mais que eu não queira, ver outro cara tão próximo está me deixando furioso.

- Amanhã à noite, já que será nosso último dia juntos. - "Solta ela seu bastardo!" Meu coração parece querer saltar da boca.

- Faça bom proveito! - digo secamente e entro para dentro de casa. "Infeliz! Por que ela deixa ele tocar ela dessa forma!" Pego o laptop em cima da mesinha de centro e subo para o quarto, ligo para Lys.

- Lys chame  todos, quero uma conferência agora. - entro fechando a porta do quarto, sento tirando os sapatos.

- Mas senhor...

- Agora Lys, não me contrarie. - subo na cama me escorando na cabeceira.

- Sim senhor. -desligo. Ligo o Laptop e me conecto na rede. "Por que estou aqui?" Respiro fundo e calço os sapatos novamente, pego o laptop e desço.

- Bom dia senhor! - um dos gerentes se conecta, não respondo, chego ao escritório e me sento rapidamente.

- Bom dia! - digo depois que todos se conectam. - Serei breve. Quero vender os hotéis e quero saber a quantidade de entradas e saídas que temos em cada um.

- Mas senhor... A melhor rede de hotéis é a do senhor. - suspiro, estou fazendo isso porque tenho a impressão que logo não terei mais como gerenciar tudo e não posso colocar todas as empresas que abri nas costas de Lys. - "Talvez possa!" Sorrio.

- Acaba de me dar uma idéia magnífica! - o gerente que retrucou sorri.

- É bom saber que mudou de idéia.

- Irei nomear um representante de todas as empresas aqui. Assim poderei viajar em paz. - alguns parecem surpresos.

- Para onde está indo? - sorrio e Vitória me passa pela cabeça por um pequeno instante.

- Vou voltar para a França, queria comunicar vocês. - eles parecem abatidos.

- Por quê? Não pode deixar tudo.

- Não estou deixando. Tenho uma pessoa de confiança em mente, neste caso, não venderei nenhuma franquia, apenas irei comprar parte de uma multinacional e viajar em paz.

- Bem, ficamos felizes.

- Era tudo. - Me despeço e desligo. Olho para o relógio e sei que daqui a pouco alguém entrará para chamar para o almoço. Ligo para Lys.

- Companhia Richards.

- Olá Lys, tenho uma proposta para lhe fazer.

- Pro-proposta?

- Não fique nervosa. Quero saber se aceitaria ser promovida a ser meu braço direito, quero que seja minha representante, ou seja, cuidará de todas as empresas e a rede de hotel em meu lugar, confio em ti e sei que jamais me passaria a perna.

- Senhor... Bem... Eu não sei... Estou surpresa. Mas por que isso?

- Vou voltar para a França.

- O quê? - ela grita do outro lado e acabo retirando o celular do ouvido.

- Ei! Não grite com seu chefe !

- Des-Des... Desculpa.

- Pense a respeito. Caso contrário venderei a rede de hotéis e ficarei somente com a concessionária.

- Não pode fazer isso, bem... Pensarem a respeito.

- Lhe aguardo. Em dois dias estarei em casa e passo aí.

- Está Bem. - desligo. Suspiro e passo as mãos pelos cabelos. "Será que ela iria comigo?" Balanço a cabeça "Pare Richards! " me levanto e caminho para a cozinha. Dona Clarice não está, resolvo  ir para a sala de jantar, talvez já estejam almoçando.

Entro na sala de jantar e encontro todos sentados. Raone está em meu lugar e pede silêncio, decido ver o que ele fará, todos já me notaram, menos ele que esta de costas para mim.

- Silêncio! Silêncio! - Ele tenta engrossar a voz - Gostaria de dizer que hoje é um dia muito especial. Eu Dimitry irei pedir Vitória em casamento. - ele limpa a garganta. Jogo a cabeça para o lado e mordo o labio inferior. "Sério? Essa imitação sou Eu!? " - Vitória, gostaria de se casar comigo? - fico sério e olho para Vitória, ela me encara e deixa de sorrir. De certa forma o seu silêncio está me matando. "Ela não quer." Isso me magoa, não era para ser assim, mas estou bravo e muito decepcionado.

Me aproximo de Raone e tampo os seus olhos, me aproximo do seu ouvido, mas falo para que todos ouçam.

- Adivinha quem é? - ele leva as mãozinhas para trás tocando meu cabelo e minha nuca.

- Dimitry! - Ele começa a rir. Todos se divertem. - Era uma brincadeira! - rio.

- Adivinhou! - digo e tiro as mãos dos seus olhos, ele se levanta e senta na cadeira em meu lado. Me sento na ponta. - Vamos almoçar, certo!? - todos se concentram em seus pratos. Olho para Vitória e ela abaixa a cabeça. Aperto o maxilar e engulo seco. "Está tudo bem! Isso não foi nada!"

Depois do almoço subo para tirar a roupa que estou. Tomo um banho e visto apenas uma bermuda. Ouço trovões e olho pela janela. "Chuva." Desço as escadas e olho na sala, saio para fora nos fundos e não vejo as crianças. Melany está sentada na varanda olhando a chuva, me aproximo dela e me sento ao seu lado.

- Viu as crianças? - ela me olha e sorri.

- Foram brincar na Chuva, creio que estão lá na frente. - Assinto.

- Tenho que pedir para que elas tomem banho depois, quero que elas vão ao shopping hoje pela tarde. - ela toca meu braço. Franzo o cenho. Ela acaricia meu braço.

- Seu braço é tão lindo, suas veias... elas formam uma bela imagem. - pisco algumas vezes. "Por que disso agora?"

- Obrigado.

- Eu achei que você era um homem mal. Li que matou sua namorada, seu pai e sua babá e também um homem recentemente. - arqueio uma sobrancelha "Não tem notícias nenhuma sobre a morte de meu pai e nem da bruxa!" Meu coração acelera.

- Você não parece ser brasileira. - digo secamente e ela se espanta.

- Não? Bem... Meu pai não é. - "Está mentindo!" Definitamente está mentindo.