Abominável - A lei da Atração

Capítulo 57

Aguardo o horário de almoço,  infelizmente tenho que passar mais uma noite aqui, mas não  querendo criticar e já criticando a falha justiça brasileira, serei solto mesmo com a ficha suja internacionalmente.

Me encontro deitado em uma cama muito desconfortável em vista da que tenho em casa, mas não me incomodo com isso, não demora muito e logo somos liberados para o pátio "Finalmente comer!" Entro na fila e acabo não sendo recebido muito bem, os olhares de vários valentões cruzam com os meus "Essas Barbies não são nem doidas de procurar confusão  comigo!"

Pego minha bandeja e me sento em um lugar isolado do restante dos presos, prefiro não me misturar.

O almoço é  bem agradável para uma prisão, arroz, salada e um bife bem avantajado. Maneio a cabeça para o lado e levanto uma sobrancelha "Realmente estou surpreso!" Levo uma garfada a boca e saboreio meu almoço, ouço um estrondo  e minha mesa balança. Respiro fundo. Olho para cima. "Merda! Olha o tamanho dessa Barbie!" O cara me encara como se fosse me comer, aperto o maxilar e dou de ombros.

- Vai sentar? - pergunto apoiando o cotovelo sobre a mesa e  apontando o dedo para ele e depois para a mesa, ele se senta lentamente e sinto vontade rir "Está querendo  me assustar?" Seguro o riso e volto a comer.

- Novato? O que fez para vir para cá Mano? - "Eita, vai começar as gírias! " reviro os olhos e levanto a cabeça.

- Novato não,  mas  neste presídio  sim! - "Que contraditório! " - Matei um filho da puta... - limpo a garganta - Matei um cafetão pedofilo. - Ele sorri e vira para o cara do lado.

- Esse é  dos meus! - "Não sou não!" - Se precisar de algo Novato, pode contar comigo,  tá ligado! Estamos juntos nessa irmão! - "União dos presos é  grande em!" Prefiro não criar inimizades. Estendo a mão fechada em forma de soco.

- Claro, sem problemas! - Ele bate na minha mão  e volto a abaixar. Termino meu almoço e vou dar uma volta pelo pátio.

Mesmo não querendo arrumar confusão acabo me metendo em uma, ouço cochichos "Olha aquele cara ali, tem cara de ser problema, melhor colocar o filho da puta no seu lugar logo!"

- O! Engomadinho! - "E lá vamos nós, se bem que estou precisando bater em alguém mesmo, faz tempo que não aqueço meus punhos na cara de marginal!" Me viro e dou de cara com cinco elementos. Um parece um espeto de tão fino além de possuir o corpo todo tatuado, o outro é  um branquelo azedo com um dente de ouro,  o terceiro é  o que me deixou um pouco receoso, Moreno e grandão "Esse parece lutar bem!" Só é uns cinco centímetros  maior que eu." Vantagem de ser alto! O quarto é  um homem mais de idade "Odeio bater nos mais velhos!" O quinto que chamou minha atenção parece uma mocinha de rabo de cavalo.

- Algum problema? - pergunto com elegância,  já sem paciência "Minha vida já está uma droga  e vem esse cara querendo dar "um" de samurai!"

- Você é o problema! É  novo certo!? Fique sabendo que quem manda nessa bagaça  somos nós ouviu! É  bom ficar na sua se não quiser algum problema, entendeu? - Começo a rir "Sério isso!" Eles fecham a cara e acaba que chamo a atenção de alguns presos que me olham com cara de quem não está achando nada bom  eu encarar os caras.

"Se  os outros tem medo deles, então devem mandar aqui mesmo."

- Está achando que tem alguém de graça aqui, meu! - Ele se aproxima com as quatro Barbies - Está querendo apanhar! - reviro os olhos porque sei que essa prisão só vem os merdinhas que acham que roubando e matando com armas já são os bambambam!

- Você acha mesmo que meu lugar é  nessa prisão? Vou sair daqui rapidinho ou para uma prisão de verdade ou para a liberdade! Não estou afim de confusão,  agora se me der licença,  quero aproveitar o tempo que tenho aqui fora. - Me viro e caminho sem paciência. "É  sério? " sinto um deles se aproximar e antes que me acerte um soco me viro e seguro o braço dele, torço  para baixo e dou um chute nas partes baixas. Fracote já foi.

Vem o velhinho e o branquelo dente de ouro, o velho tenta passar uma rasteira enquanto o outro tenta me acertar, pulo e abaixo dando um chute circular perto do chão, o velho se desequilibra e o outro cai, aproveito para focar na montanha enquanto os dois se levantam, me levanto e o cara tenta me acertar, mas desvio uma, duas e na terceira seguro seu punho,  com a outra mão acerto com tudo seu seno carotídeo, a montanha cai desmaiada "Imaginei que lutasse melhor!" Em seguida tenho que lidar com o rabo de cavalo e os dois que levantaram.

Dou um salto invertido agarrando a cabeça do rabo de cabelo com as  pernas e derrubando ele no chão,  com ele entre as pernas dou duas cotoveladas em seu nariz e ele desmaia, mas acabo sendo pego em um mata Leão e saio me arrastando, acabo sendo obrigado a ficar em pé  e começo a ficar sem ar, percebo que a intenção do velhinho é me socar enquanto o dente de ouro me segura, me debato um pouco e quando sinto equilíbrio e vejo que o velhinho está chegando, lanço  os pés em direção a sua barriga, o senhor se desequilibra para trás, antes que ele se recupere,  curvo um pouco as pernas e agarro o braço do outro lançando ele lateralmente  para frente, o cara cai e torço o braço dele, ele grita de dor, nesse instante não consigo mais nem ver o que estou fazendo, já estou ignorando os presos gritando e acabo ficando cego de raiva  e apenas falta um.

Os policiais se aproximam, parto para cima do velho e ele corre em minha direção,  não me dou conta do canivete em sua mão  e acabo não conseguindo livrar meu corpo todo, sendo atingido do lado, no abdômen, me afasto e ignoro a dor desviando os próximos ataques. Ele é  imobilizado pouco depois, e em seguida, o policial vem em minha direção,  levanto os braços como se me rendesse.

- Já arrumando briga! - um dos policiais me repreende, a dor começa a ficar cortante e abaixo o braço para apertar o local enquanto aperto o maxilar na tentativa de diminuir a agonia.

Sou direcionado escoltado para fora do pátio, os gritos dos presos me incomodam, mas tento não prestar muita atenção a isso. Sou encaminhado para a enfermaria onde está uma policial  esperando.