Estaciono o conversível na garagem do hotel e olho para a minha mão esquerda com a faixa úmida de sangue. Suspiro.
Olho em volta e sinto minha cabeça girar me apoio no carro e tento não pensar na dor.
Cambaleio para o elevador e quando chego ao térreo sinto minha cabeça melhor. Pego o outro elevador e subo respirando fundo.
Olho em direção ao meu apartamento e caminho apressado, sinto o lugar abafado e tiro a camiseta no corredor mesmo, vejo a porta do apartamento da frente sendo aberta e reviro os olhos "Nenhuma alma viva sai desses quartos quando estou devidamente vestido".
A mulher me olha boquiaberta, ignoro seu olhar e destranco a porta.
- Boa noite senhora! - digo e entro para meu apartamento, deixando ela no corredor.
Caminho até meu quarto com a camiseta jogada no ombro e me jogo na cama. Amaldiçoo todos os dias a desgraçada que fez todo o mal.
Infelizmente convivo com as sombras da sua personalidade pairando pela minha cabeça e admito ter herdado alguns dos problemas dela.
Mantenho sempre minha cabeça no lugar certo, e decido que preciso de uma distração a altura agora, ligo para um puteiro, mas antes que alguém atenda aperto a tecla desligar.
"Qual é, Dimitry!"
Solto um rosnado.
- Que droga! Que grande merda! - grito a todo som para as paredes.
Minha cabeça já não suporta mais e preciso de uma vítima, preciso tentar me satisfazer e logo.
Lembro-me de um site de relacionamentos fajuto que me indicaram, mas evito pensar nisso.
Me sento na ponta da cama e me vejo sem saída, decido ir a uma boate e encontrar alguma garota disposta a fazer o que eu mandar.
Visto a camisa e escovo meus dentes, caminho para fora do apartamento e desço o elevador contando cada minuto para chegar ao térreo, chegando ao térreo pego o elevador para o subsolo e sinto minha paciência se esvaindo.
Caminho apressado para o carro e quando já estou dentro, saio acelerado.
As ruas estão parcialmente calmas e logo chego a boate, ando com calma para dentro da boate e quando me encontro lá dentro analiso os olhares de cada garota.
Encontro um olhar que me fascina, uma moça de estatura mediana e da pele bronzeada, seu sorriso é encantador e sinto um ar de obediência em seus gestos que nunca extrapolam a faixa da submissão.
Ela está parada observando algumas meninas dançando e deduzo que sejam suas amigas, caminho até ela e paro a sua frente.
- Boa Noite! - digo soltando um sorriso travesso.
- Boa Noite! - ela sorri e coloca um cacho atrás da orelha.
- Desacompanhada? - pergunto arqueando uma sombrancelha.
- Sempre! - vejo que ela está começando a ficar alterada e isso me deixa um pouco desconfortável.
- Me permite? - aponto para o copo dela, ela sorri e me entrega, bebo toda a bebida que está no copo e sinto minha garganta queimar, faço uma careta e sinto um cutucão.
- Ei! Não era para tomar tudo! - ela diz sorrindo.
- Comigo é tudo ou nada princesa! - gargalho e me aproximo do seu ouvido - Viria comigo caso eu lhe pedisse? - pergunto e ela se afasta.
- Não te conheço! - ela diz.
- Nem eu te conheço! Mas não acho que seja um problema! - digo tentando parecer ofendido.
- Podemos apenas conversar? - ela joga a cabeça para o lado. Assinto.
"Preciso partir para outra!"
Ficamos conversando um pouco e vejo suas ações mudarem, ofereço novamente a proposta.
- Viria comigo agora? - ela assente - mesmo que eu dissesse que de acordo com um psiquiatra sou sádico! - ela ri.
- Talvez seja interessante! - ela diz em meio a música.
- Tem certeza que não vai correr? - pergunto.
- Não irei. - assinto e puxo a mão dela, ela acena para suas amigas e me segue.
Chegamos ao conversível e ajudo ela a entrar.
- Não está bêbada, está? - ela nega.
- Não, na verdade estou mais sóbria do que queria.
- Quer desistir, ainda dá tempo. - digo tentando evitar meu retorno para a prisão.
- Não vou desistir, contanto que não me mate! - ela ri como se tivesse contado uma piada, mas realmente levo a sério o que ela disse.
- OK! - digo e dou partida, sinto seus olhos em mim e sei que ela notou que não vi a menor graça com sua piada.
Sinto seu corpo tenso e seus movimentos engessados.
Chegamos ao hotel e descemos do carro. Pego a mão dela e subimos o elevador para o térreo, o recepcionista já está acostumado a me ver entrando com garotas diferentes sempre.
Mas essa será a primeira garota que vou submeter aos meus caprichos depois que sai do hospital psiquiátrico.
Chegamos ao meu apartamento e destranco a porta, caminho em direção ao quarto e puxo minha camiseta sobre a cabeça.
Neste apartamento ainda não tem meus brinquedos, então decido improvisar. Nada de chicotes. Nada de algemas. Nada de vibradores. Pego uma gravata na gaveta e vejo os olhos dela seguirem cada movimento meu.
Caminho até ela e estico a gravata na frente dos seus olhos, estico de força ágil e a gravata estrala.
- Tem certeza? - pergunto uma última vez.
- Tenho! - ela olha diretamente em meus olhos, coloco a gravata em meu ombro e como estou com as mãos enfaixadas e uma delas está bem ferida, não vou pegar pesado.
- Ergue os braços! - ordeno e ela faz o que pedi, puxo o vestido dela e engulo seco.
Consigo sentir meu sangue correr mais depressa nas veias e quase posso ouvir os gemidos que ela vai me oferecer.
Aponto para a cama e ela segue para lá, quando ela se deita peço para ficar de bruços.
Amarro seus braços a cabeceira da cama e aperto bem. Abro o fecho do seu sutiã e terei o prazer de marcar suas costas.
Puxo o sutiã e retiro sua roupa íntima.
"Hora de brincar!"
Levanto e caminho até a gaveta, pego um pequeno pano trançado que fiz na época da minha adolescência, ele lembra um chicote "Esse deve servir!"
Volto a caminhar até ela.
- Última chance! Quer desistir? - pergunto e vejo ela balançar as pernas.
Ela para com o movimento e fica em silêncio por alguns minutos.
- Não! - lanço uma chicotada no meio das costas dela e vejo ela arquear.
" Então vamos me satisfazer!"
'-'
Eu escrevi isso?
Isso é perturbador '-'
Não façam isso -_-
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Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...