Capítulo 56

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Me recomponho e me levanto, dou um sorriso confiante para o policial e saio em direção a sala de visitas, Dimitry já esta saindo da sala e sorri ao me ver.

- Olha quem veio! - Ele cruza os braços e se encosta na parede. Passo por ele apressada e entro na sala de visita me sentando rapidamente.

- Serei breve... - ele entra e fecha a porta em seguida.

- Aconteceu algo novo... Pior do que está não fica! - Ele ironiza. "Cretino! Gostoso! Que ódio! "

- Sua mãe vai vir com o advogado hoje a tarde, mandou eu avisar... De resto está tudo ótimo!  - me levanto  e caminho para a porta, sinto a mão dele apertar meu pulso e paro olhando para trás. 

- Qual é! Não vai perguntar se estou bem? - ele ri. "Sério! Desde quando ele se importa!"

- Não precisa, creio que Está! - "Idiota!" - Passar bem! - puxo meu braço, mas antes que eu saia ele me agarra por trás,  engulo seco - Dimitry me solta, agora! - minha voz sai tão alterada que me surpreendo por estar tão brava.

- Você viu... - ele se aproxima do meu ouvido- Não tocaria em um fio de cabelo seu Vitória! A menos que permitisse, então precisava de um brinquedinho enquanto te seduzia... - Me debato em seus braços, mas ele não solta.

- Babaca! Nunca vai ter o que quer de mim! - ele ri e me solta.

- Não faço isso para que você me deseje ou pense algo ao meu respeito e muito menos que ache que quero você! - me viro e encaro ele - Não é  uma questão de querer para mim e sim para você! Olhe só  para você ... - ele aponta para mim e para em meu rosto - Não devia estar chorando por um "Babaca!" - Ele repete como se imitasse meu descontentamento. Me seguro para não chorar diante da humilhação.

- Não sei como posso te suportar! Sou muito burra mesmo para querer te ajudar! - digo com a voz falha. Me apresso para sair, mas ele volta a me segurar, solto o fôlego "Por favor! Chega!  Chega!"

- Não vai acontecer novamente... - Rio.

- Do que está falando? - olho para ele incrédula.

- O beijo... Basta me dizer que quer me dar tudo o que eu pedir... - ele está tão sério  que deixa confusa, "Como pode estar dizendo essas coisas depois de beijar outra garota e ainda por cima me humilhar?!"

- Você é  doente Dimitry!  Completamente doente, eu tento te entender, mas sinceramente é  complicado até  para mim... Como pode querer algo de alguém que você menospreza!? - franzo o cenho, ele afrouxa onde segura.

- Outro não?  - ele ri e solta meu braço levantando as mãos para cima e rindo como um louco, olho para ele um pouco assustada e ele se recompõe - Como quiser senhorita Thompson... - ele estende a mão e lentamente estendo a mão em direção a ele "Ok! Isso é  extremamente desconfortável " aperto a mão dele.

- Adeus! - Ele espreme a boca em uma linha fina.

- Só diga adeus a alguém quando nunca mais for ver ela... - ele da dá de ombros - Vou demorar um pouco a morrer ainda... Então... - viro as costas e saio sem dizer nada "Engraçadinho!"

Por mais que tenha sido estranho e pesado o clima em que acabamos, eu tenho que dizer que  estou com um aperto no coração depois dessa despedida estranha.

"Pare! Ele não merece nem que você reaja mal, como teve coragem de ser tão rude!"

Saio da delegacia e ligo para um táxi, o telefone chama, de novo e de novo e de novo, começo a ficar impaciente com as chamadas e ninguém atendendo.

Olho em volta e observo as muretas e a grama verde diante e lateral a mim.

"O número que você ligou está desligado ou fora da área de cobertura, por favor tente mais tarde!"

Suspiro e coloco chamar mais uma vez.

- Quer uma carona? - olho para trás e tiro o celular do ouvido.

- Imagina... Eu vou pegar um táxi,  mas a ligação está ruim ... - olho para o telefone - Não entendo o porquê...

- Talvez seja um sinal para pegar uma carona mais segura, vou de viatura... - ele sorri. "Esse policial é  mesmo prestativo!" Sorrio de volta.

- E isso é  permitido... Pegar carona na viatura? - franzo o cenho.

- Não exatamente, mas pode ser se você quiser ir. - sorrio novamente e balanço a cabeça em descrença. Assinto e sigo ele até  a viatura - Senta na frente comigo. - abro a porta do carro e entro, me sento e fecho.

- Você é  bastante galanteador! - digo em tom de brincadeira.

- Faz parte do meu serviço ser bem educado apesar das situações difíceis.  - gargalho, ele dá  partida no carro e saímos - Para que lado?

Explico para ele como proceder para chegar em meu apartamento, durante a primeira parte do caminho me sinto estranha, até  porque eu não digo nada e nem ele, mas o silêncio é  quebrado.

- Como é  seu nome? - me dou conta que não sei o nome dele, respondo a pergunta dele rapidamente.

- Vitória! E o seu?

- Joshua! - frango o cenho e olho para ele.

- Diferente! - ele ri "Será que ele pensou que achei feio? " - Ele é  bonito, eu... eu não quis dizer que-que ele é  fei-feio! - ele ri mais alto, me dou conta que seu sorriso é  contagiante e começo a rir junto.

- Eu entendi, ok! Só achei graça do seu jeito de falar. - ele diz entre riso.

- Para! Não falei de jeito estranho ou algo assim! - brinco - Você não é nada sério para um policial... - ele fica sério de repente e fico imaginando se acabei de ofender  ele.

Seguimos o resto do caminho  em silêncio  e não demora muito para chegar em meu apartamento.

- Entregue - ele destrava o carro e quando estou abrindo a porta sou interrompida.

- Imagino que você talvez sairia com um policial engraçado como eu ou realmente prefere os sérios?  -ele sorri educadamente, me sinto um pouco sem jeito, mas acabo levando na brincadeira.

- Aceitaria, claro! - ele assente. Abro a porta do carro e saio - então... Até qualquer dia. - digo e balanço a mão dando tchau.

(Eita, apoiam o Cop ou preferem o problemático Dimitry?)

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora