- Você me descontrolou! - ela parece mais frágil do que de costume.
- É isso que faz com as mulheres com quem fica? - ela pergunta triste e com as bochechas vermelhas, franzo o cenho.
- Se me aborrecem... Ou se estou com problemas... Senão faço mais que isso. - ela suspira e caminha para a porta, fico me sentindo tão estranho com sua reação, geralmente gritaria comigo ou faria bico, mas ela simplesmente está saindo da sala e me deixando sozinho. Sem nenhuma palavra. Sigo ela. Ela sobe para o quarto e ignora o fato de que estou atrás dela. Raone vem descendo as escadas.
- Estava atrás de vocês! Já tem carne assada! - Ele fica sério- Estão brigando? - seu olhar se intristece, passo a mão na cabeça dele.
- Já descemos! - Ele assente, Vitória termina de subir e entra no quarto fechando a porta, coloco o pé embaixo e travo a porta, entro e tranco - Como está se sentindo? - "Por que estou perguntando isso!?" Ela volta a chorar e senta em cima da cama se rodeando pelos cobertores.
- Mal! - ela esbraveja - Você me bateu por raiva! Pura raiva! - ela soluça, a próxima fala sai como um sussurro- Você não ficou comigo por amor e sim para descontar sua raiva... Isso é errado! - meu coração estranhamente se acelera e subo na cama abraçando ela.
- Foi para o seu bem! - sinto um medo voltar a tona, a mesma frase que a vadia dizia para mim. Engulo seco e aperto o abraço.
- Não! Foi para o seu! Eu eu... Nem sei como dizer que estou brava porque ao mesmo tempo foi incrível! Mas você me machucou. - ela soluça, meu coração quase para e fico me sentindo pior do que todo o lixo que a escória era quando viva.
- Sinto muito. - digo secamente e dou um beijo no topo de sua cabeça, ela se encolhe mais e me sinto mal por ter me deixado levar por minhas vontades, apesar de ter negado a mim mesmo o prazer completo. Ela funga.
- Não quero que toque em mim... - a voz dela é falha.
- Vitória... - suplico. - Deixa eu consertar as coisas... - digo começando a ouvir a voz da vadia em minha cabeça. "Eu sabia que não resistiria! É inútil tentar!" Ela ri "Palavras ao vento noite passada!" Ela gargalha.
Vitória não se move nem para sair dos meus braços.
- Deita de bumbum para cima... - ela me empurra e se encolhe na cama negando com a cabeça.
- Não vou te machucar, deixa eu cuidar de você ... - ela me encara assustada, sinto um nó na garganta "A vadia não tem razão! Por favor!" Minha cabeça está começando a doer e vê-la sofrendo está me matando de várias formas. Ela demora um pouco mais se deita de bruços, puxo a calça dela para baixo e suspiro, me abaixo e dou um beijo de cada lado. Me levanto e vou até minha mala, pego um gel de massagem e volto a me sentar perto dela, ela não olha para mim e não para de chorar sentindo. Um tiro inexplicável e doloroso a cada soluço. Me sinto tão diferente "O que está acontecendo comigo!"
Esfrego o gel em seu bumbum com cuidado e mesmo assim, às vezes, ela geme baixinho. Me lembro de sua frase 'Você me machucou...' o peso da frase está me rasgando por dentro.
Depois que já esfreguei dos dois lados fico massageando, ouço toques a porta.
- Cadê vocês? - Joshua bate a porta.
- Estam... - a voz de Vitória falha e subo sua calça. Me levanto na cama e caminho para a porta - Não abre... - ela diz baixinho, olho para trás.
- Está tudo bem, eu assumo a responsabilidade pelo que fiz... - ela nega com a cabeça em desespero, mas volto a caminhar para a porta, abro em seguida e Joshua leva o olhar diretamente para o rosto de Vitória que está encolhida na cama.
- O que está acontecendo? - ele se irrita e me empurra - O que fez com Ela?! - Ele passa por mim e aperto o maxilar, vejo ele se sentar na cama e acariciar o rosto dela - O que ele fez com você? Não esconda! - ela nega com a cabeça.
- Deixa a gente a sós, precisamos conversar... - Joshua olha para mim coberto de ódio, volta a olhar para ela, ele respira fundo e caminha rapidamente em minha direção, prevejo um soco, mas deixo ele me socar, um ele dá na boca do estômago e o outro no rosto, levo a mão ao maxilar e rosno com a dor.
- Bela mão policial! - Ele aponta o dedo em meu rosto.
- A conversa que teremos é de homem para homem! Só vou deixar você com ela porque ela está pedindo! - Ele sai do quarto e antes que eu feche a porta ele volta - Se eu sentir que ela está mal e você fez algo a ela, eu te quebro! - Ele desce e tranco a porta.
Caminho até ela, mas ela pede para que eu me afaste.
- Não chega perto de mim... - engulo seco. - Não quero seu toque agora, sei que cuidou de mim depois, mas não aceito o fato do que fez. - ela está realmente magoada.
- Eu sabia que não conseguiria... - digo.
- Não é essa a questão! Apenas pense. Não foi porque gosta de mim e sim porque estava com raiva.
- Deixa eu tocar você? - "Não diga não! " ela parece lutar contra si mesma.
- Ok. - ela abre os braços e me jogo em seus braços. - Se você apenas me contasse o que houve... - fecho os olhos e aperto ela.
- Me perdoe! Não sou monstruoso e nem repugnante. - ela assente em meu pescoço.
-Eu sei que não, mas o que fez é. Somos nossas ações e não nossas palavras. - "Ela nunca vai te aceitar, não pode contar a ela!" A voz perturbadora me assusta.
- Vou tentar consertar o que fiz... - saio do abraço e desço da cama, pego ela no colo.
- O que está fazendo? - levo ela para o banheiro e desço-a. Tranco a porta e ligo o chuveiro, ela parece confusa, me aproximo dela e beijo um olho e depois o outro. Puxo a blusa e depois tiro as roupas de baixo dela.
Tiro minha calça moletom e fico de cueca, já que está molhada. Faço ela entrar na água e dou um banho nela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...