Desço as escadas confuso. Não foi uma reação muito legal, mas espero que Vitória não se importe, eu não sei o que me deu ao ver Melany.
Chego a cozinha e dona Clarice está preparando o almoço .
- Acordou tarde em!
- Minha cama estava bem proveitosa hoje. - sorrio. Dona Clarice me olha desconfiada. "Essa velha é inacreditávelmente esperta!" Me aproximo dela e dou um beijo no topo de sua cabeça. - Essa cabecinha sua é completamente impura dona Clarice. - ela me bate com uma escumadeira.
- Me respeite menino! - uso as mãos para proteger o corpo e me afasto rindo.
- Que insensível, não deveria agir como uma boa velhinha? - ela começa a corre atrás de mim e saio da cozinha em direção a varanda o mais rápido que posso. Ouço quando ela reclama.
- Vitória, deveria dar uma surra nele por mim! - olho para dentro da cozinha e Vitória está rindo descontroladamente. De certa forma seu sorriso não é mais um incômodo.
- Ele realmente é um menino mal! - ela me olha e acaba corando. Balanço a cabeça.
- O que é isso em sua mão? - dona Clarice aponta para a mão de Vitória. Fico sério imediatamente. "A faca! Ainda está no quarto!"
- Não é nada, me cortei ontem a noite com a faca...
- Realmente uma faca sumiu... - dona Clarice leva a mão ao peito- Onde ela está Vitória? - Vitória me encara e engulo seco. "Merda!" Limpo a garganta e entro na cozinha jogando o braço por cima do pescoço de Vitória.
- Está no quarto dona Clarice... - pisco para dona Clarice e ela arregala os olhos.
- Não quero ouvir mais nada! Apenas tragam a faca de volta. - Assinto e subo para pegar. Quando abro a porta encontro Melany segurando a faca. Ela me olha assustada e solta a faca no chão quase acertando o próprio pé. Aperto o maxilar e caminho até ela, pego a faca e ela se senta na cama assustada.
- Relaxa! Não vou te punir. - ela sorri docemente e isso faz meu coração acelerar. Encaro ela.
- Eu só estava me perguntando do porquê de uma faca aqui no quarto e ela... ela... tem sangue? - jogo a cabeça para o lado e decido testar ela.
- Tem! Ontem cortei a mão de Vitória... Sentia falta de sangue! - ela pisca várias vezes e se levanta com lágrimas nos olhos. Engole seco e fecha as mãos em punho. Franzo o cenho e ela muda de ação rapidamente.
- Creio que foi um acidente, certo!? - ela sorri e agarro o braço dela.
- Já te disse que se parece demais com uma pessoa que conheci no passado... - ela sorri e segura a mão que estou segurando o braço dela.
- Já... Já disse... - ela solta um dedo de cada vez do seu braço enquanto me encara sorrindo. Me afasto dela e caminho para baixo. - Senhor... - olho para trás antes de sair - É perigoso usar facas descuidadamente. - Não respondo, apenas desço.
Chego no andar debaixo e sorrio para Natasha que me olha com desconfiança.
- Por que tem sangue nessa faca? - "Terei que comprar meus próprios apetrechos, que desconfortável receber tantas perguntas."
- Não é sangue... - Vou para a cozinha e Natasha segura meu braço no corredor e toma a faça da minha mão.
- Por que. Tem. Sangue. Nessa. Faca? - ela parece irritada.
- Cortei Vitória sem querer... Pode perguntar a ela se dúvida. - pego a faca de volta e termino meu caminho entregando a faça a dona Clarice.
Natasha chega e se encosta no balcão.
- Se fizer algo de errado as crianças saem de sua guarda Dimitry! Lembre-se disso. - olho para Natasha e me aproximo do balcão. Seguro sua nuca e aproximo nossos rostos.
- Não se preocupe policial, não farei nada que seja sem consentimento. - ela ruboriza e se desvencilha de mim.
- Não me toque dessa forma, te prenderei por desacato. - sorrio e dou de ombros.
- Não parece que odiou... - saio da cozinha e ouço dona Clarice me repreender antes de cruzar a porta.
Olho para as crianças alegres brincando e imagino o lugar vazio se elas se forem. "Essa é a casa delas." Aperto os punhos e abaixo a cabeça. "Preciso mudar..."
Tusso. "Ah maldita gripe!" Olho para o céu e com certeza chovera em pouco tempo. Aldo aparece na minha frente.
- Tem um carro lá na frente. - Assinto e caminho para o outro lado, encontro um dos meus seguranças na sala conversando animadamente com Ney. Me aproximo e cumprimento.
- Senhor... É um prazer lhe rever. - sorrio.
- Trouxe o que pedi? - ele assente. Me viro para Ney - Já pode ir para casa. Em dois dias estarei de volta. - Ney assente sorridente e sobe as escadas. Me viro para o segurança. - Diga a Lys que quero saber urgentemente sobre as informações que pedi, ela saberá do que se trata. - ele assente.
- Sim senhor. - saio para fora e procuro em meio ao jardim por senhor Adolfo. Visualizo ele aparando as folhagens de um arbusto, caminho em sua direção com as mãos no bolso e me aproximo sorrindo.
- Tem boas mãos senhor Adolfo. - ele me olha e sorri.
- Olá! Que raro o senhor aqui no Jardim. - Assinto.
- Quero lhe pedir para que leve as crianças ao shopping hoje pela tarde, quero que elas comprem algumas roupas. - ele assente.
- Com prazer senhor. - Assinto e me viro.
- Vou aproveitar para olhar esse jardim. - sorrio e entro por entre os arbustos. O jardim é realmente lindo e possui uma pequena fila gigante de árvores em forma circular. Entro por debaixo de um arco e encontro um chafariz em forma de anjo esguinchando água. O lugar parece ter saindo de um livro antigo, acabo me surpreendendo, pois a casa é extremamente moderna e possui tais monumentos.
Me sento na borda do chafariz e observo em volta. Creio que a lua cheia será a dois dias. Suspiro. "Será que esse lugar agradaria Vitória? Talvez ela não goste de coisas antigas..." em compensação tenho fascinação pela arquitetura antiga.
"O que está havendo comigo? "
Paro de pensar besteira e caminho de volta para fora do arco, encontro todos se despedindo de Ney, saio do Jardim e paro na entrada do Jardim.
Ney olha para meu lado e aceno para ele, ele acena de volta e sorri. Subo para a casa e no caminho observo Joshua conversar com Vitória. "Tem algo errado!" Ela abaixa a cabeça envergonhada e depois levanta assentindo com algo.
"O que eles estão conversando?"
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Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...