- Pode sair Vitória! - digo e ela abre a porta do banheiro rindo.
- Que vergonha! - sinto meu coração acelerar "Agora não! " Minha imaginação me trai e voa para a possibilidade da toalha cair, ainda mais porque não vi ela sem roupas ainda. Engulo seco e limpo a garganta antes de falar.
- Vou esperar você lá fora...
- Não precisa! - "Oi?" - Vou me trocar no banheiro - ela caminha até a mala e se curva para pegar um macacão de flanela, viro o rosto para não admirar o corpo dela, " Preciso de uma válvula de escape! Mas quem?" Me arrependo de deixar Karoline ir embora, coloco as mãos sobre o colo e disfarço.
- Que... - minha voz está extremamente rouca, limpo a garganta - Quer que eu te espere? - ela se vira e sai em direção ao banheiro.
- Por favor! - "Bastava dizer a palavra sim, por que não disse sim ao invés de atiçar mais minha imaginação com um Por favor!"
Respiro fundo e me jogo de novo na cama, quando ela sai do banheiro acabo entrando novamente sem dizer nada. " Não vai dar não! " Deixo minha imaginação voar e quando abro os olhos, mordo o lábio inferior com força para evitar qualquer gemido, Vitória bate a porta.
- Quanto tempo pretende ficar aí? Você está bem? Dimitry me responde ou vou pedir para arrombarem a porta e estou falando sério! - "Cala a boca Vitória!"
Me recomponho e lavo o rosto, abro a porta depois de checar o banheiro, saio, ela parece preocupada.
- Por que simplesmente não me respon... - ela abre a boca em um imenso "Ó" creio que ela entendeu minha demora, meu corpo está um pouco suado e acabo ignorando a surpresa dela e prensando ela contra a parede.
- Porque simplesmente não cala essa boca! - exclamo forçando uma das minhas pernas entre as dela, ela me fita por um tempo indeterminado.
- Eu... Eu... - ela fecha a boca e assente, coloco meu braço por trás de suas costas e aperto contra mim, uso a outra mão para puxar sua cabeça para perto e poder beijar ela do meu jeito, Vitória geme baixinho e acabo apertando ela um pouco mais contra a parede, ela desce as mãos pelas minhas costas e volta acariciando meu abdômen, ao descer novamente não traça os dedos para trás e isso me deixa nervoso, mordo seu labio inferior.
- Aí não... - " Pelo amor de Deus! Aí não! " me afasto dela antes que realmente perca a cabeça de vez, ela está ofegante e acaba espremendo a boca em uma linha fina e depois mordendo o lábio inferior - Vamos descer! - digo secamente e ela passa por mim calada, sem dizer uma palavra.
Descemos e encontramos Raone no meio das escadas, subindo apressado, ele para ao nos ver.
- Já pedimos as pizzas e estamos esperando vocês para começar o filme! - Ele parece animado. Termino de descer as escadas e quando olho para trás ele está descendo meio cabisbaixo do lado de Vitória que me olha com uma carranca. "Não ignorei ele!"
Quando ele termina de descer as escada, junto seus braços e pernas e jogo em cima do meu ombro ele começa a rir.
- Dimitry! Vai machucar ele!
- Que machucar o quê!? - olho para ela que não sabe se ri eu ou se entra em pânico.
- Desce ele já! - Raone só ri.
- Não! - pisco para ela e vou em direção à cozinha, ele se apoia em meu abdômen, agradeço por ter pegado do lado certo, assim ele pode se apoiar sem tocar a sutura. Vitória vem atrás toda amedrontada dizendo o quando isso é perigoso.
Subimos até o segundo piso, chego ofegante e desço ele.
- Menino! Tu parece ser magrinho, mas pesa muito! - apoio minhas mãos no joelho, todos olham rindo e recupero meu fôlego.
Depois ele me puxa e me obriga a sentar do lado dele, Vitória se senta do lado de Joshua, no começo penso em trocar de lugar com Joshua, mas e daí? Nem me interesso por Vitória mesmo!
Curtimos o filme e damos boas risadas comendo pizza. Depois que o filme acaba levo Alan no colo para o quarto, Joshua leva Raone que também acabou dormindo. Os outros seguem acordados. Levamos eles para o quarto deles e fico feliz por ver uma combinação maravilhosa de azul e branco no quarto.
Arthur se deita na cama dele, me sento ao lado da cama.
- Boa noite garoto!
-Boa noite Dimitry. - dou um beijo em sua testa e saio do quarto fechando a porta.
Vou para o quarto das meninas, já me despedi de todos. A enfermeira dividirá cama com a policial e Joshua dormirá na cama de solteiro que tem no mesmo quarto. O médico e o rapaz do concelho dormirão em outro quarto e vão dividir a cama também. No outro quarto Ney dormirá sozinho, preferi que ele tivesse essa mordomia. Sigo para o quarto das meninas.
Acendo as luzes e elas me olham sorrindo.
- Querem um beijinho de boa noite! - digo como se fosse "afeminado" e elas riem. Entro no quarto e dou um beijo em Tereza, outro em Carolina, um em Gabi e outro em Melissa - Boa noite meninas! - elas retribuem o Boa noite e caminho para apagar a luz e fechar a porta.
Hora de conferir o quarto de Ana e Rafa. Ao me aproximar da porta ouço risos e resolvo abrir a porta de uma vez.
- O que é que estão aprontando? - Vitória tampa a boca e as meninas caem na risada - Falavam de mim, certo? - elas negam e gargalham, olho para Vitória e ergo as sobrancelhas - Dormir, certo? - ela se despede das meninas e entende o recado, passa por mim - Boa noite meninas! Durmam em vez de conversar! - elas batem continência .
- Sim senhor! - rio e fecho a porta. Chego no quarto e vejo Vitória sentada na cama.
Fecho a porta e apago a Luz, sigo para a cama e me deito. Sinto que Vitória ainda está sentada na cama.
- O que foi?
- Por quê? - não entendo o questionamento dela.
- Por que o quê? - sinto que ela deita.
- O que te fizeram? Por que não me conta? Jamais vou te julgar, só quero te ajudar Dimitry e já vi que as crianças são uma boa forma de ajuda.
- Não começa Vitória!
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Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...