Capítulo 50

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- Ele traiu a confiança de um filho, arrancou a ilusão de pai herói e destruiu minha infância com coisas inimagináveis Vitória, ele foi um monstro sem tamanho e cheio de uma virilidade, que na verdade, não passou de covardia, ele é o exemplo de tudo que não quis me tornar e jamais vou aceitar, mas mesmo assim, ficaram marcas impossíveis de se apagar, ficaram atitudes gravadas em mim e infelizmente não posso mudar isso, pois é algo que me acalma! - ouço atentamente as palavras dele e me sinto tão pequena, tão frágil por ele, "Queria arrancar sua dor Dimitry!".

Me contenho e tento não demostrar o quanto isso me afeta e tento imaginar o por quê dele ter tanta raiva, não creio que somente a traição do pai dele com a babá tenha deixado marcas tão profundas e deixado um sentimento de ódio pela própria mãe, deve ter algo mais nessa história e é isso que não se encaixa.

Lembro dos movimentos que ele fez durante o sono e tento encaixar nessa história e não quero acreditar no que meus pensamentos estão me conduzindo, não quero acreditar que ele possa ter sofrido abuso quando pequeno e tento afastar esses tipos de pensamento e manter meu cérebro limpo e sem maus tratos desse nível. Engulo seco.

- E onde sua mãe entra nessa história, aliás você não ficaria com raiva dela pela traição exclusiva do seu pai... - minha voz sai reconfortante e fico feliz de não apresentar nenhuma instabilidade que indique meus pensamentos sombrios em relação ao passado dele. Ele aperta o maxilar e parece viajar por um portal largo e perigoso.

- Ela foi covarde tanto quanto meu pai, mas sua covardia está em negar os acontecimentos que me levaram ao fundo do poço, o erro dela foi me deixar preso em um labirinto de cobras e não ter o mínimo de consideração por mim! - a voz dele é amarga e creio que ele provavelmente deve ter apanhado e sofrido agressão física quando pequeno e isso justificaria muita coisa.

Na verdade, justificaria tudo, tanto o assassinato do pai e da babá quanto a violência posteriormente​ com a namorada.

As informações me deixam bem abalada e não sei o que me dá, mas acabo sentando no colo dele e beijando seus lábios com vontade. "Me julguem!"

Ele não reage de início, mas por fim agarra minha cintura e aperta contra seu corpo, me afunda contra seu membro, sinto cada célula do meu corpo pedir por esse contato e me sinto tão bem e quero que ele se sinta bem e sinta que pode confiar em alguém de verdade, pois no fundo não quero julgar esse homem porque sei que ele deve ter sofrido muito durante sua infância.

Ele agarra as pontas da minha blusa com uma mão e a outra e sinto o pano das faixas tocando meu abdômen, aliás essas faixas parecem novas então ele tomou banho recentemente.

Ele desliza a blusa para cima e quero que ele continue, beijo ele com mais ânsia e ele morde meu lábio inferior, acabo soltando um gemido e espremo os olhos sentindo-me maravilhada com o contato físico. "Ual!"

Ele sobe a blusa a altura do fecho do meu sutiã e solta o fecho, sinto meus seios libertos e já estou excitada com o contato, logo depois ele solta a blusa e em vez de tirá-la, para de me beijar.

Olho para ele um pouco ofegante e me sinto estranha, ele coloca a mão sobre a manga da blusa e tira uma alça, instintivamente sorrio, mas seu olhar continua sério e ele continua concentrado no que faz, auxílio com meu braço e ele segue com a outra alça, em seguida ele para e me encara.

Vejo um turbilhão de sentimentos misturados em seus olhos e ele parece pesar o que está fazendo "Não quero que pare!"

Seguro seu rosto e mordisco seu lábio inferior puxando e chupando como se incentivasse ele a continuar o que fazia.

Ele suspira e coloca a mão por baixo da blusa, em segundos estou livre do sutiã e recebendo carícias que me fazem delirar, minha blusa vai parar acima dos meus seios e solto um gemido alto com o contato da sua boca quente e sua língua habilidosa em meus seios.

Uma das mãos segue para meu zíper da calça enquanto a outra aperta de modo provocador meu seio. Ele para de sugar e brincar com meu seio e abro os olhos ofegando. "Por que estou tão excitada?!"

- Vitória, Vitória, Vitória! Está brincando com fogo! - a voz dele está rouca e me faz querer mais e mais do que ele tenha a me proporcionar.

- Eu quero brincar... - engulo seco - deixa eu me queimar Dimitry! - imploro. Ouço outro suspiro e sinto meu corpo implorando por mais toques dele.

Olho diretamente em seus olhos e vejo que ele parece lutar contra qualquer movimento que seu corpo queira fazer, ele termina de abrir o zíper da minha calça e rapidamente introduz um dedo dentro de mim, vejo ele passar a língua sobre os lábios e abro a boca em um pequeno "Ó".

Ele não tira os olhos do meu e começa a fazer círculos dentro de mim, aperto a boca em uma linha fina e encosto minha testa na dele. Solto um gemido contido e choramingo quando ele começa a ir e voltar com o dedo dentro de mim.

- Promete fazer o que eu mandar? - o movimento é tão excitante que em vez de responder acabo apoiando a cabeça em seu ombro e gemendo um pouco mais alto.

- Prometo... - digo em voz baixa, ele retira o dedo e sinto um vazio tremendo dentro de mim, quero mais, muito mais.

Ele leva o dedo a boca e chupa lentamente, isso acaba me deixando mais a mercê dele ainda.

Ele usa a outra mão para agarrar meu cabelo e me obriga a olhar para ele.

- Faremos uma troca Vitória, te conto o que quiser e você fará o que eu quiser e sem nenhum compromisso. Combinado? - seus olhos brilham em uma intensidade inacreditável e me sinto fraca por não conseguir recusar essa proposta absurda "No que estou me metendo?!"

Olho para ele durante alguns minutos e sinto a necessidade de ter ele dentro de mim, mas não posso aceitar.

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora