Na hora do almoço vamos para um Pub e pedimos um lanche.
- Agora me conte sobre a sua infância? - eu abaixo a cabeça.
- A minha não é interessante... - ele bate da minha cabeça. - Ai!
- Para de drama! - rio.
- Bem, sou filha de um psiquiatra sabe... Quando eu era criança mamãe me vestia só de preto, então eu poderia crescer com os mesmos gostos dela, mas eu sempre gostei do rosa. Amava rosa. Então quando entrei na escolinha me chamavam de viuvinha! Eu odiava o apelido e decidi que iria escolher minhas roupas - ele começa a rir - Ei! Do que está rindo!?
- Isso que te traumatizou!? - ele gargalha e faço bico.
- Não vou contar mais em! - ele ergue os braços.
- Desculpe.
- Bem, comecei a usar as cores que queria, me lembro de uma vez também que papai foi meu acompanhante em um baile que teve na escola, todos riram porque eu não consegui um par. - ele me olha com piedade.
- Era a criança excluída. - Assinto.
- Nem era tão inteligente assim e era excluída! Não que isso seja regra, mas sempre foi assim, mas comigo foi sempre diferente, então na minha adolescência comecei a namorar. Quase casei com ele, seu nome era Marcos, mas acabou não dando certo e nos separamos. - cutuco a mesa - Sempre quis fazer algo sobre decoração, mas acabei escolhendo psicologia para tentar de alguma forma causar algum tipo de sentimento em papai, mas acabei me apaixonando pela profissão e hoje estou aqui. Entrei de cabeça em uma história perigosa e não consigo sair mais. - ele me olha e levanto a cabeça.
- Você parece ser uma pessoa corajosa.
- Sou, mas às vezes isso é ruim... - ele sorri.
- Nunca será ruim, isso prova o quão madura e sensata é.
- Talvez se eu não tivesse a coragem de me arriscar não teria conhecido você. - ele sorri amplamente.
- Você é muito especial sabia! Me sinto muito confortável perto de você. - dou de ombros.
- Cresci mais nesses últimos dias mesmo, graças às dificuldades .
Nossos lanches chegam e comemos aproveitando cada parte do delicioso sabor. Depois que saímos da lanchonete vamos para o cinema assistir um filme, fico tão feliz por isso.
Fazia muito tempo que não ia a nenhum lugar, então esse dia está sendo maravilhoso, Joshua é uma ótima companhia, muito agradável mesmo.
Depois do filme ele me leva ao mesmo parque de mais cedo, sentamos no mesmo lugar.
- O que você viu nele? - Sou pega de surpresa com a pergunta.
- Não sei... - respondo - Creio que ele é mais do que demostra. - "Ele mesmo me disse isso certo?"
- Ele não é o tipo de cara que sabe como tratar uma mulher. - rio.
- Realmente! - me lembro do momento que estávamos no escritório e sinto um frio na barriga, cada célula do meu corpo parece acordar e respiro fundo. Como ele consegue me causar tantas sensações.
- O que foi aquilo ontem? - olho para Joshua e ele está esperando uma resposta.
- Ele sente ciúmes de você comigo. - Joshua parece surpreso.
- Vocês tem alguma coisa? - Nego, mas não sei ao certo.
- Não sei, na verdade.
- Entendo! Creio que estamos tentando ganhar o coração da mesma mulher, então entendo ele de certa forma. - "Não sei bem se é dessa forma." - Tenho pontos a frente já que ele é rude.
- Está começando a ganhar sim! - Joshua chega mais perto.
- Posso te roubar dele quando você menos esperar. - Meu coração acelera e me sinto um pouco desconcertada.
- Admito que está começando a ganhar pontos na frente... - ele sorri e olho para frente.
O sol já esta se pondo e é lindo.
Me sinto tão leve como uma pluma e definitivamente hoje foi um dia muito agradável, talvez eu nunca tenha um dia assim perto de Dimitry.
- Obrigada! - digo enquanto vejo o sol se pôr. Joshua aperta minha mão.
Nos levantamos quando escurece e vamos para casa, chegamos em casa e buzinamos. Minutos depois o portão se abre e Ney sai com a van, ele para e olha pela janela.
- Dimitry não está muito bem... - olho do banco do passageiro para ele.
- Como assim, onde ele está? - ele sorri.
- Estou brincando , só queria ver sua reação! - mostro língua para ele.
- Não brinque com isso! - digo indignada. Ele pisca.
- Vou levar Dona Clarice e senhor Adolfo em casa. - ele termina de sair e entramos.
Joshua estaciona e descemos. Antes de entrar ele me empurra conta a parede.
- Me diga quando eu tiver pontos suficientes para ganhar seu beijo. - sorrio e abaixo a cabeça sem graça .
Ele abre espaço para mim passar. Entro e vejo Natasha, Aldo e o doutor assistindo TV. Natasha nos vê e abre a boca em surpresa. Ela disfarça e introduz.
- Já jantamos! Mas tem comida quente ainda na cozinha. - Assinto e sigo para lá, Joshua se senta ao lado dela e eles começam a conversar.
Chego na cozinha e não vejo ninguém. Olho para o prédio da academia e o primeiro piso está com as luzes acesas. Penso um pouco sobre ir lá e decido apenas ir ver o que eles estão fazendo.
Caminho perto da piscina e entro em seguida na academia, tem uma toalha em cima da esteira, creio que alguém usou a academia hoje. Subo as escadas silenciosamente e antes de entrar na sala paro e observo. As crianças estão jogando vídeo game e Dimitry está com eles. Ouço a conversa deles.
- Dessa vez vou ganhar! - Gabriela diz, eles estão jogando um jogo de corrida.
- Sou o próximo! - Raone grita.
- Você já foi duas vezes. - Rafa diz com indiferença - Já disse que sou a próxima! - Dimitry repreende.
- Sigam a ordem, nada de cortar fila Raone... - Ele é muito bom no vídeo game - Não vou perder! - Rafa ri.
- Vai sim! Ninguém aguenta mais te ver ganhar! - Ele joga com uma mão e com a outra dá um beliscão no pé de Rafa.
- Para de ser convencida! - ele volta a jogar com as duas mãos e depois de um tempo solta o controle levantando as mãos em comemoração. - Ganhei de novo! - Ele ele levanta e começa a pular e dançar de forma estranha, todos riem e acabo rindo baixinho - Próximo! Quem é o próximo? - ele esta muito animado.
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Abominável - A lei da Atração
RomanceTantas pessoas no mundo e sempre caímos na labia do lobo mal... "Existe uma pequena linha tênue entre o ódio e o amor!" "Existem pessoas que diriam que sou louco, mas prefiro acreditar na teoria de que sou apenas um excêntrico rico em busca de uma n...