Capítulo 60

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- Eu irei com você! - "A não vai não!"

- Prefiro que sua filha vá,  sinto menos estresse com ela por perto. - ele aperta os olhos, coloco a mão no ombro dele - diga a sua mulher que sua filha está em segurança,  não farei nada que ela não queira. - sorrio com o canto da boca e pisco para ele enquanto caminho para dentro.

Ao entrar encontro com Vitória babando para o policial "Espero que ele não vá! " limpo a garganta e cruzo os braços ao me aproximar dos dois pombinhos, não que seja ruim ela estar com um cara já que me disse adeus.

- Olá! - exclamo e eles consentem,  Vitória  me fuzila com o olhar "Olha só! Não sou bem vindo!" - E então?  Vamos! Creio que irei direto para a quimio, então como ainda está a serviço da senhora Richards... Imaginei que fosse almoçar comigo. - ela olha para o policial e sorri.

- Bem, Nos vemos? - ele sorri para ela.

- Claro! Quando quiser! - Ele dá um beijo no rosto dela e abraça ela forte. Ergo uma sobrancelha e acaricio meu maxilar, passo a língua sobre os dentes e depois mordo meu lábio inferior.

Vitória me acompanha até  o carro, destravo e entramos.

- Seu novo namorado? - pergunto enquanto ligo o carro.

- Talvez... - ela fala de forma tão estranha que acabo entendendo  como dúvida. Sei que na verdade coloquei um peso sobre ela quando entrei na sua vida.

Acelero e saio.

- Que tal um restaurante japonês?  - Ela assente.

- Pode ser... - aperto o maxilar, sei que nada está bem e me sinto bem desconfortável, quando entramos em uma rua sem movimento eu estaciono o carro e aciono o freio de mão - Dimitry! Sem gracinhas! - olho para ela, e ela parece furiosa.

- Sabe por que Karoline foi embora? - Ela faz bico.

- Você se cansou dela também! - rio e balanço a cabeça em negação.

- Sério Vitória? - ela não diz nada, encaro ela, mas ela não olha para mim, está olhando para frente com os braços cruzados - O pai dela está doente... Muito doente... - a palavra pai não me diz nada, mas sei que significa muito para outros - Ontem ela foi me dizer que teria que ir embora e que ja tinha marcado a passagem,  claro que isso nem me deixa abalado, mas ela sim! - Vitória  olha para a janela do seu lado - Você preferia ouvir que eu me cansei dela?

- Não é  isso!  - agarro o cabelo dela e enrolo na mão,  ela olha para mim zangada - Solta. Meu. Cabelo! - sorrio e ela abaixa o olhar.

- Não faça isso! - digo com rigidez, ela olha para mim e engole seco.

- O que quer que eu diga! Você transa com uma e ao mesmo tempo me quer? Você não presta! -  rio e solto os cabelos dela.

- Te fiz uma proposta lembra?

- E qual será a outra que você vai pegar?

- Nenhuma! - ela franze o cenho e parece não acreditar - Eu não quero ficar repetindo, mas deixarei a proposta de pé,  quando quiser basta dizer que sim e vemos no que vai dar, prometo que antes de te matar eu vou embora sem nem sequer olhar para trás.  - ligo o carro e seguimos em silêncio para o restaurante japonês.

O clima pesado segue até  chegarmos ao hospital.

Chegando lá sigo para um sala onde me deito em uma máquina onde terei algumas seções de radioterapia.

Minha mãe e Vitória ficaram do lado de fora aguardando terminar a seção, quando ela chegou já estava na radioterapia ela entrou em desespero, acabou tomando um calmante. Não me agrada fazer a velha sofrer por minha causa, em alguns momentos me irrita o fato dela se incomodar comigo. Depois do calmante Vitória acalmou a velha.

Não demora muito para que eu saía, creio que mais ou menos uma hora ou menos, olho para Vitória e depois para minha mãe  e sorrio.

- Felizes!? - abro os braços - Podem ficar porque me sinto ótimo!  - elas riem e balançam a cabeça  provavelmente pensando no quanto sou idiota.

- Vamos Dimitry temos que arrumar suas coisas para ir para a cidade vizinha... - olho para minha mãe .

- Os equipamentos da quimio serão levados para lá e o Doutor vai ficar na cidade vizinha durante essa semana, já conversamos. - Assinto.

- Vamos! - digo para Vitória  e saímos, logo o conversível e sigo para meu apartamento.

Quando chego e vou entrar no estacionamento, Vitória pede para que eu pare.

- Por quê? - pergunto .

- Já venho! Vou pegar minhas coisas também no meu apartamento...

- A Claro! Você está no prédio da frente! - digo com ironia, destravo o carro e ela sai sem revidar.

Desço para o estacionamento e deixo o conversível,  creio que as crianças chegam amanhã antes do almoço na casa, ligo para Lys enquanto subo pelo elevador.

- Companhia Richards!

- Lys a casa já esta pronta, certo?

- Sim senhor! Estou com as chaves da casa.

- Passo na sua casa umas sete e meia para pegar as chaves, vou para lá hoje ainda, creio que as crianças chegam amanhã, marque para amanhã de manhã uma entrevista de emprego às dez horas da manhã,  três vagas para cozinheira, uma vaga para motorista, uma vaga para jardineiro e três vagas para arrumadeira, todas as vagas de tempo integral, ou seja, viver para isso! Deixe claro que tem que ser pessoas que estejam dispostas a cuidar de crianças que não tiveram amor e precisam disso, ganharão salário,  moradia e alimentação mensal para viverem bem e deixe claro que terão que morar com as crianças e diga também que terão que participar da educação delas.

- Sim senhor! Mais alguma coisa?

- Arrume uma van executiva creio que são umas dez crianças que vão viver lá, na verdade as crianças são menos, mas a questão é  que são dez pessoas... - penso na garota que encontrei e não era menor de idade.

- Sim senhor!

- Bom restante de tarde Lys! - desligo saindo do elevador, abro o apartamento e sigo para o quarto, são quatro e meia da tarde e preciso deixar tudo pronto, entro no quarto e retiro a mala de cima do guarda roupa, abro as portas e seleciono o que devo levar, monto a mala ideal para ir para lá,  coloco bermudas, camisetas frescas, duas calças moletom e dois smoking para ocasiões especiais.

Quando estou quase terminando de arrumar me dou conta que me esqueci de algo importante, logo novamente para Lys .

- Lys sou eu!

- Sim senhor! Já estou em casa...

- Não é isso, reserve o melhor restaurante da cidade vizinha amanhã.

- Quantas mesas senhor?

- Feche o restaurante para nós  durante uma hora.

- Mas é  caríssimo!

( Oi oi! Vim dar spoiler!)

Adivinhem? Dimitry vai começar a contar sobre o seu passado para Vitória no capítulo.....




























84.

Abominável - A lei da AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora