Ryan segue em direcção ao seu carro, ele dá alguns passos. Colin corre em direcção a ele e segura seu ombro. Ryan se vira e acaba de cara com Colin, a tensão aumenta entre eles.
Eu me aproximo para intervir, mas sinto a mão de Daryl me segurando pelo braço para evitar piorar a situação.
COLIN: Eu não sei do que você está falando. De qualquer forma, para a sua informação, eu já enviei todos os documentos para a midia.
Eu olho para Ryan e percebo que ele está sorrindo, sem parecer surpreso.
RYAN: Você acha que eu não sei disso, Colin? Vocês são tão ingénuos! A imprensa não o ajudará em nada. Agora, tenho que ir.
Ryan se afasta, dando um passo para o lado, entra no carro e dá partida. Ele coloca a cabeça para fora da janela e conclui com poucas palavras.
RYAN: Você tinha todas as cartas na mão, Colin. Pena que você não soube jogar.
Eu acordo na cada de Matt, mal dormi durante esta noite. Ainda estou abalada pelo que aconteceu noite passada. Não sei o que pensar sobre tudo isso.
Não sei mais a quem recorrer. Então, ouço chaves destrancando a porta da entrada, meu coração acelera, me pergunto quem pode ser.
MATT: Ah, Rita, você está aqui... Eu estava preocupado com você.
RITA: Matt, eu não sei mais o que fazer.
MATT: Mas o que há com você?
Eu conto a Matt sobre a noite passada, seus olhos estão arregalados. Ele ouve tudo com bastante atenção.
MATT: Mas porque ele disse que sabia sobre a imprensa?
RITA: Eu não faço ideia.
MATT: É estranho, eu tenho sido cuidadoso.
De repente, o telefone de Matt começa a tocar, eu me assusto. Ele pega rapidamente no telefone e escuta.
Eu olho para ele e vejo seu rosto desanimado, ele me olha com uma expressão de assustado. Eu levanto meus ombros, perguntando o que aconteceu.
Ele finalmente desliga e continua em silencio, olhando para mim.
MATT: Ryan... Ryan Carter sofreu um acidente. Ele está no hospital, em estado grave...
Eu pergunto que tipo de acidente.
MATT: Ele foi atacado quando estava saindo de casa, eles estão interrogando as testemunhas.
Matt nem terminou a sua frase e eu já estava com o meu casaco. Não estou aguentando mais, as coisas só pioram, não consigo entender.
Eu saio rapidamente e sigo para o hospital principal de São Francisco.
Chego ao quarto do hospital, os médicos me pediram para manter a calma. Vejo Ryan dormindo, com cortes no rosto e em ambos os braços.
Percebo também uma enorme atadura em seu peito, com um pouco de sangue. Em alguns minutos, Ryan está acordando, ele aperta os olhos de dor e respira com dificuldade.
RYAN: Rita, o que você está fazendo aqui? Você deve ir para casa.
RITA: O que aconteceu?
RYAN: Só me lembro que alguém me atacou, eu fui espancado e bati a cabeça. Perdi a consciência, fiquei coberto de sangue. Eu sei que foram eles, eles são perigosos. Veja até onde eles são capazes de ir, eles tentaram me matar. Não há nenhum limite.
RITA: Eu não sei mais em quem confiar, Ryan.
RYAN: Olhe para mim, o que você acha? Eu disse tudo à policia, eles foram longe demais.
Ryan começa a tossir com dificuldade, ele cerra os dentes de dor.