COLIN: Quem diria que eu estaria aqui com você, quase um ano depois de nos conhecermos. Nos conhecemos nesta mesma estrada.
RITA: O que você pensou sobre mim, a primeira vez que nos vimos?
COLIN: Ah... lembro que fiquei um pouco desconfiado. Além disso, honestamente, eu gostei de você desde o inicio, achei você linda, divertida, simpática e sincera.
Eu sorrio para Colin, sem dizer nada. Eu me aproximo dele e encosto contra seu peito. Ficamos em silencio por um tempo, sentados na beirada da porta deslizante da Van.
Eu assusto algumas vezes quando ouço barulhos dos animais nocturnos do deserto. Somente a lua ilumina a vasta planície árida do deserto ao redor.
Nada se move, apenas o vento nos lembra que existe algo por aqui.
COLIN: Amor... eu estive pensando...
Eu olho para Colin, me pergunto o que ele quer dizer com isso. Eu o escuto atentamente.
Colin limpa a garganta, ele pensa por um momento e continua.
COLIN: Vou fazer um leilão dos meus trabalhos, quero levantar fundos para os sem tecto de Sacramente. E quero construir novas estruturas para abriga-los. Eu sinto que preciso fazer isso...
RITA: É uma óptima ideia, amor.
COLIN: Quero aproveitar ao máximo o tempo em São Francisco para cuidar disso.
RITA: Então, eu ajudarei você no que precisar. Quero que você se sinta realizado.
Colin sorri para mim e beija o topo da minha cabeça. De repente, vemos os faróis de um carro um pouco distante. Após alguns segundos, vejo que é o camião de reboque.
COLIN: Ah, até que enfim!
Dois dias depois, chegamos em São Francisco. Deixamos a Van de Colin no centro e estamos caminhando um pouco, antes de encontrar com Lisa no final do dia.
RITA: Onde você pretende vender os seus trabalhos?
COLIN: Vou conversar amanhã sobre isso com o dono da galeria, vamos ver o que ele diz. Talvez eu venda tudo lá mesmo.
RITA: É uma boa ideia, lá é bastante movimentado.
Colin abre um sorriso brilhante, quando vejo os seus lindos dentes eu sorrio de volta. Sinto seu braço atrás do meu pescoço sobre o meu ombro, Colin continua, com uma voz baixinha.
COLIN: Você acha que Matt escreveria um artigo curto para promover o leilão?
RITA: Porque você está sussurrando?
COLIN: Ah... hm... sei lá.
Colin começa a rir de vergonha, eu fico em silencio por um momento, olhando para ele.
COLIN: Não me olhe assim... Ok, eu admito, foi estranho. Acho que é esta cidade que me deixa inseguro.
Eu respiro fundo e dou um tapinha em seu ombro, para ele parar de dizer bobagens.
COLIN: Eu te amo, Rita. Você me faz tão bem!
Eu paro de andar, olho para ele e fico na ponta dos dedos dos pés para beijá-lo. Quero que ele saiba que também estou muito feliz e apaixonada por ele.
No inicio da noite, encontramos com Matt. Ele nos convidou para jantar, Lisa também está aqui, estamos todos sentados à mesa.
LISA: E aí, contem-nos sobre as vossas aventuras. Embora eu já saiba de cada parada que vocês fizeram...
Eu caio na risada, Colin e Matt se olham e sorriem também.
Eu começo a contar à Lisa sobre as diferentes cidades que conhecemos, e todos ouvem atentamente.