No dia seguinte ao almoço com Ryan, eu caminho pelas ruas de São Francisco. Estou pensativa...
É quase noite, então volto ao apartamento do Matt. Ele me convidou a voltar a ficar lá, agora que tudo está resolvido.
Ao virar a esquina, ouço alguém gritando meu nome.
COLIN: Rita...
RITA: Colin, que bom ver você!
COLIN: Eu... também estou feliz em ver você.
Curiosamente, Colin não está sorrindo, então percebo que algo está errado.
RITA: Você parece estranho...
COLIN: Ah... desculpe, é que... Olha, Rita... Eu vou embora. E desta vez é para valer, eu só queria me despedir.
RITA: Mas... nos veremos novamente em breve, certo?
COLIN: Para ser sincero, eu não sei. Eu tenho pensado muito ultimamente, preciso de um tempo sozinho, mas não quero que você pense que é algum tipo de neurose, ou meu espirito de artista falando mais alto. Pensei muito sobre isso...
RITA: Não, você não pode ir embora.
COLIN: Eu sei que é difícil, Rita. Também é difícil para mim, é horrível dizer adeus, mas é preciso. Eu quero me descobrir como ser humano.
Estou com lágrimas nos olhos, não estou entendendo nada... Eu acho isso tão injusto, tudo está desmoronando e ele apenas diz adeus.
Não consigo entender porque ele está fazendo isso comigo.
COLIN: Eu gostei do que houve entre nós, nada poderá tirar essas lembranças de nós.
Colin se aproxima de mim, ele se inclina até a minha bochecha. Mas eu me afasto, eu dou um passo para trás. Colin olha para mim, ele não parece surpreso.
COLIN: Eu tenho que ir agora. Não quero que isso fique mais difícil do que o que já está. Vou sentir a sua falta, Rita.
Colin se vira, eu não sei mais o que dizer. Eu vejo ele se afastando, enquanto a tristeza se apodera de mim. Eu permaneço lá, parada, com minha mente em outro lugar.
No dia seguinte, eu acordo cedo. Vou até a sala de estar do apartamento do Matt, eu chamo por ele, mas sem resposta. Acho que estou sozinha.
Me pergunto onde a Lisa está, ela disse que viria me encontrar aqui no apartamento. Vejo que está um lindo dia lá fora, acho que vou sair para dar uma volta.
Preciso relaxar um pouco, me sinto nostálgica quando penso no Colin. Acho que seria inútil, no final das contas, ele é muito solitário. Isso terminaria assim de qualquer maneira, preciso esquecê-lo.
De repente, ouço alguém batendo na porta, eu olho através do olho da porta.
RYAN: Matt, sou eu. Posso falar com você?
Eu abro a porta, é o Ryan, ele parece perdido e desanimado.
RITA: O Matt não está aqui...
RYAN: Ah... posso falar com você...?
Preocupada, eu convido Ryan a entrar. Eu me sento ao lado dele no sofá. Eu olho para ele, ele está olhando para o chão, então eu coloco minha mão em seu joelho.
Ele não reage, eu me inclino um pouco para chamar a sua atenção, então ele olha para mim.
RYAN: Eu achei que tudo estava resolvido. A TechCare até estava com uma autorização para retomar as suas actividades....
Ryan pára de falar, ele permanece em silencio por alguns segundos.
Rita: Ryan, fale...
