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Nem vou sentir falta daqui mesmo, as pessoas daqui são todas metidas, e olha que nem tem nada.
Enquanto eu passava com a caixa na mão todos comentavam entre si.
Quase mandei todo mundo se foder, mas não preciso sair daqui sendo a mais odiada.
Saí de dentro da Editora e fiquei parada enfrente a mesma.
Agora estou desempregado e sem carro. Depois de longos minutos esperando um ônibus passar, desisti e fui andando para casa.
Quando cheguei na casa dos meus pais nem estava mais sentindo minhas pernas.
Mãe : Já ? Saiu mais cedo ?-Disse toda arrumada
Vc : Já.-Preferi não comentar sobre a demissão.-Vai sair ?-Coloquei a caixa na mesa.
Mãe : Vou para casa da sua tia, com seu pai.-Disse olhando no espelho.
Vc : Hoje ?-Os encarei
Pai : Agora.-Desceu com algumas malas na mão.-Você trabalha amanhã, né ?
Vc : É, eu trabalho.-Desviei o olhar.
Pai : Podemos marcar um dia quando você estiver de folga para irmos lá.-Sorriu
Vc : Isso mesmo.-Forcei um sorriso
Mãe : Já vamos, porque se não vamos atrasar.-Me abraçou-Cuidado, viu ?
Pai : Se cuida.-Beijou minha testa
Vc : Irei me cuidar.-Sorri
Juntos os dois saíram pela porta da frente com suas malas.
Suspirei assim que ouvi o barulho da porta sendo fechada.
Enquanto eu subia até meu quarto, o meu celular vibrou no bolso.
"Oi docinho, vem aqui para casa hoje ? Sei que noite passada foi um fiasco, mas, eu juro que dessa vez vai ser bom. Vai ter um churrasco aqui amanhã, e hoje à noite uma mini baladinha. Vem para arrasar com os boys, vai dar bom! Te espero, gata."
A Bruna é maluquinha. Não sei se vou, então digito rápido..
"Vou ver aqui, qualquer coisa aviso."
A resposta veio alguns minutos depois.
"QUERO VOCÊ AQUI! NADA DE PENSAR!"

RéplicaOnde histórias criam vida. Descubra agora