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Luan : Você ouviu minha conversa atrás da porta ?-Vi seu rosto ficar vermelho de raiva.-Eu odeio isso! Por que você tem que entrometida assim ?
Vc : Não venha bancar o atingido, Luan!-Gritei e ele começou a subir os degraus, e eu fiz o mesmo.-Será que teria que ir até o Matheus perguntar ?-Desparei e ele parou de uma vez, e assim eu trombei nele.
Luan : Você tá de brincadeira comigo ?- Ele puxou seus cabelos com força e voltou a subir.
Dessa vez ele só parou quando estávamos em seu quarto.
Vc : Não caralho, eu não estou!-Gritei e ele me olhou antes de sentar em uma das cadeiras e colocar a mão no rosto.
Vc : Luan, eu tô cansada de tudo.-Desabafei-Eu conto tudo sobre mim que você deseja saber e você não se dá ao trabalho de fazer isso.-Suspirei-Em uma relação os companheiros devem dividir os segredos e não guardar para si mesmo.-Disse mais calma.-Eu só quero que você me ajude a entender tudo que eu ouvi você falando. Me desculpe por ter sido tão baixa a ponto de ouvir atrás da porta mas, eu precisava saber de um forma ou outra.-Andei até ele é toquei seus ombros.-Fala comigo ?
Ouvi ele suspirar e então ele levantou a cabeça.
Luan : Depois que você me ouvir, você vai me deixar.-Disse olhando em meus olhos.
Vc : Tenta.-Andei até sua frente e então me ajoelhei para ficar de sua altura.
Ele me olhou inseguro e permaneceu calado.
Vc : Prometo não te deixar.-Segurei suas mãos-Dependendo do assunto eu vou pedir pelo menos um dia para pensar sobre tudo. Eu preciso que você me conte.-O encarei
Luan : Depois de tudo que eu falar e você quiser me deixar eu compreendo.-Ficou de pé e afastou seu corpo do meu.-Não quero que você sinta pena de mim, quero só que você me ouça calada e depois você pode sair por aquela porta para sempre.-Virou de costas para mim.
Vc : Luan eu….- Ele me interrompeu.
Luan : Agora sou eu quem falo.-Suspirou- Depois de passar muitos anos trabalhando para o Robinson eu decido fugir, a Bruna já estava crescida e assim seria mais fácil.-Suspirou-Eu achei que seria mas, eu e ela passamos muito tempo na rua. Trabalhamos como flanelinhas, cantávamos lixo, vendiamos coisas roubadas nos semáforos. E em um dia estávamos em uma viela pegando algumas latas de comida em uma caixa…

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