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O resto do dia de Ontem, foi apenas para tratar das nossas coisas, arrumar a casa e tal. Jantamos só os dois e deitei-me cedo a ver um filme com o Gonçalo, até adormeçer.
Ao acordar, eram 08h, o lado do Gonçalo na cama, ainda estava quente. Fui à casa de banho fazer as cenas já habituais e depois, saí do quarto.
O cheirinho que vinha da cozinha denunciava, onde o meu namorado estaria. Quando lá cheguei, vi-o de costas, apenas de boxer's, devolta do fogão.
Sorri com aquela maravilhosa visão, como eu era apaixonada por aquele Homem, meu Deus. Acabei por me sentar em cima da bancada, sem fazer qualquer tipo de barulho, continuando a observa-lo, aquele rabo...

- Bom dia princesa, estavas aí à muito tempo? -perguntou sorrindo, após se virar apanhando um susto ao me ver ali.

- O tempo suficiente para perceber o quanto sou sortuda por ter um namorado tão perfeito como tu! -disse sorrindo também, e ele aproximou-se de mim, agarrando-me em seguida.

- E eu, sou um sortudo por ter uma namorada tão perfeita como tu. Fiz panquecas!

- Ótimo! -disse beijando-o e ele juntou ainda mais o meu corpo ao seu.

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Mal aterrei em Lisboa, tinha os meus Pais e a Caetana à minha espera. Como tinha saudades deles, meu Deus, mas a partir de Hoje, passariamos mais tempo juntos.
Cheguei a casa eram 12h e fomos logo almoçar, a Margarida tinha feito "Bacalhau à Brás", o meu prato favorito. Almoçamos todos, juntamente com a Carolina e o Ricardo.
O casalinho também iria connosco para o Porto, para festejar-mos o São João. Após o almoço, combinei com a minha Mãe de irmos às compras, depois da consulta que tinha às 15h.
Seria o tipico programa de Mãe e filha mais velha, aquele tempinho para estarmos só as duas. Chegamos ao Hospital da Luz, estacionei o carro e entramos.
Dei o meu nome na receção e disseram que a Doutora, estava um pouco atrasada. Tinha 2 pessoas à minha frente ainda para serem atendidas e então, teria que esperar.
Aproveitei para contar algumas coisas sobre as minhas férias com o Gonçalo, à minha Mãe. E ainda troquei algumas mensagens com o mesmo, enquanto esperava.
Quando finalmente ouvi chamarem o meu nome, fui direta ao gabinete da minha médica. A minha Mãe quis ficar à minha espera na Sala, quando cheguei, bati à porta e a médica disse para eu entrar.
Entrei, fechei a porta, cumprimentei-a e sentei-me numa cadeira à sua frente. Apresentei-lhe todos os exames que tinha feito nos últimos meses, após ser atropelada.
Ela analisou tudo, falamos um pouco, fazendo-me as perguntas habituais. Depois, pediu-me para ir até à marquesa, pois iria faz-me uma ecografia para verificar se estava tudo bem.
Já era normal, porque cada vez que lhe pedia uma consulta de rotina, ela me fazia tudo e mais alguma coisa. Assim tinha a certeza se haveria algo de errado ou não.
Primeiro fez-me a tipica apalpação na zona abdominal, peito e depois, deu inicio à ecografia. Colocou o gel na minha barriga e foi verificando pelo monitor se estava tudo em ordem com os meus rins, útero, bexiga e tal.

- Daniela tens tido a menstruação nos dias certos?

- Sim.

- E a deste mês?

- Deve-me apareçer, pelas minhas contas, só daqui a 4 dias.

- Não contes muito com isso, então. -disse e fiquei a olhar para ela confusa.

- Porquê que me está a dizer isso?

- Olha para aqui. Estás a ver aquele pontinho ali? -perguntou apontando para o monitor e vi o tal pontinho pequeno que me falava. - Isto é o teu útero e...

- E aquele pontinho é um bebé? A Doutora está a querer-me dizer que eu, estou grávida?

- Sim Daniela, estás grávida! -disse sorrindo e eu estava sem reação, percebendo depois, que estava a chorar.

Sem estar à espera, aconteceu! (Gonçalo Paciência)Onde histórias criam vida. Descubra agora