Capitulo 11: Victoria

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O dia com a Amanda foi incrível, gastamos horrores e guardei todas as notas porque iria devolver cada centavo comprado ali. Eu precisava mesmo renovar as minhas roupas, e ali eu precisava estar apresentável. Eu tinha sede em crescer e eu precisava ter foco e não deixar isso subir para a minha cabeça, tinha ciência disso e quando ela falou que o primeiro trabalho seria com nada mais nada menos que Gustavo eu gelei, um frio na espinha, um arrepio e borboletas no estômago. Que idiota eu pensei de mim mesmo!

Amanda: quero que acima de qualquer coisa você fique tranquila e faça tudo o que Gustavo pedir -ela deu uma pausa observando o meu rosto- ele não vai te obrigar a fazer nada que não queira, tá?Principalmente em relação a...

Vic: tudo bem. — falei sem deixar ela terminar, aquilo ainda era recente pra mim e doía em lembrar o que aconteceu nesses últimos dias, meses e anos.

Amanda: te busco aqui as 22h30. - ela sorrio
- E se precisar me chama, estarei na minha sala.

Ela saiu e corri para tomar um banho e dar um trato no meu cabelo, pelo o que Amanda havia explicado iríamos apenas para observe a casa e principalmente os gerentes de lá que andava falando muito sobre a tal X9 que Gustavo havia me confundido.
Escolhi um vestido branco onde realçava os meus seios, um salto alto e deixei o cabelo solto. Uma coisa que aprendi nesses anos que fiquei mais presa do que tudo em casa era fazer maquiagem, então usei e abusei de cada coisinha que havíamos comprado na MAC hoje. Dei a última conferida no espelho e respirei fundo antes de sair do quarto e encontrar Amanda no caminho.

Amanda: você está mais linda ainda Vic. - ela falou sorrindo e pegou em minha mão me levando até o salão principal.

As meninas me olharam na hora, eu ainda não tive a oportunidade de conversar direito com elas, apenas Amanda nos apresentou e a maioria me acolheu com um sorriso sincero, já outras nem olharam pra minha cara e pra mim indiferente eu tinha apenas 1 objetivo. Ganhar dinheiro o suficiente para pagar a minha faculdade, bancar um aluguel e pode viver do que eu amo fazer: advogar. Enquanto caminhávamos vi Amanda revirar os olhos e dar um sorriso sarcástico, olhei para o bar e Gustavo estava lá, ele estava de camisa branca e calça preta, o cabelo jogado e o seu copo de wisk na mão. Seu olhar rapidamente encontrou o meu e engoli seco, nos aproximamos e ele apenas tirou os olhos de mim para falar com Amanda e logo voltou a me olhar novamente.

Gustavo estava sempre com seguranças, na verdade eu percebi que todos ali tinham segurança, menos no dia em que Amanda me resgatou. Saímos do salão principal caminhando até o estacionamento da boate, ele abriu a porta de trás do carro e entrei, o mesmo entrou do outro lado ficando bem próximo de mim. Ajeitei o vestido e encostei a cabeça no banco do carro virando para a rua vendo todo caminho enquanto saímos de lá, o celular dele tocou e Gustavo atendeu na hora.

Gustavo: to indo já... claro, vou tomar sim... beleza... porra Gabriel tá parecendo que é minha mulher. - riu e revirei os olhos- beleza, eu to com a Victoria.

Ouvi ele falar o meu nome me deu arrepios real.
Logo ele desligou e começou a conversar com os 2 seguranças e o motorista sobre como seria tudo, pelo o que entendi iríamos entrar juntos e era um baile de máscaras o que me deixava mais ansiosa ainda. Um dos homens entregou 2 máscaras que eram bem parecidas e Gustavo me entregou uma encostando seu dedo nos meus e me olhou nos olhos. Antes do carro parar os seguranças saíram e Gustavo se virou para me olhar.

Gustavo: preciso que você confie em mim Victoria, nossos homens estarão por toda parte. Iremos entrar como clientes e apenas observar o local, pode ser que a tal x9 esteja por aqui então ficaremos em alerta. - ele falou sem tirar os olhos de mim- Igor disse que seria um encontro comigo, gerente e ela então quero que fique sempre ao meu lado.

Victoria: porque você precisa de mim? Tem algo específico que queira que eu faça? - ele ficou alguns segundos me olhando após a minha pergunta e mordeu seus lábios liberando um suspiro logo em seguida.

Gustavo: você será os meus olhos, e de máscara acompanhado eles acharam que sou um cliente qualquer.

Apenas balancei a cabeça concordando e ele desceu do carro em seguida abrindo a minha porta e estendendo a mão, segurei sua mão e desci do carro ajeitando o meu vestido logo em seguida. Sua mão tocou as minhas costas suavemente enquanto caminhávamos, arrancamos olhares assim que paramos em frente a boate inferninho que estava bem cheia. Tínhamos um convite e isso faria com que a gente não precisasse entregar os documentos, era como se fosse para os clientes VIPS. Conforme íamos entrando havia algumas mulheres de máscaras seminuas, a cada canto da boate, mulheres beijando outras mulheres e homens juntos, pregação, conversas, sorrisos, gargalhadas, mais beijos. Confesso que nunca havia visto aquilo na minha frente, assim tão de perto. Percebi Gustavo me olhando e tentei disfarçar mas foi em vão.

Gustavo: não precisa ficar constrangida só porque estou aqui -ele sussurrou tão baixo em meu ouvido e aquele frio na espinha veio com força e eu apenas ri baixinho e me afastei para encara-lo.

Victoria: não estou! -falei curta e direta e ele riu.

Gustavo: então porque essa cara? -falou enquanto continuávamos andando.

Victoria: isso é algo novo pra mim. - paramos quando chegamos até um local mais privado que ficava na parte de cima, dali podíamos ver a putaria rolando e Gustavo não ficava nenhum pouco incomodado. Como ele conseguia?

 Como ele conseguia?

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