Capítulo 90

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Sabia que ele não viria e ele sabia bem a nossa localização, se ele foi capaz de me abandonar depois que minha mãe morreu porque voltaria agora? Havia pedido para ficar um pouco sozinha na sala de Amanda, tranquei a porta e fiquei por 1 hora sentada no sofá com a cabeça encostada e sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Eu odiava sentir que estava sendo vítima, porque eu não era e estava longe disso mas o que eu passei não foi fácil.

Passou do horário marcado e nem um telefonema, era a resposta que eu precisava. Sequei as lágrimas, lavei meu rosto e sai da sala indo para onde Leandro estava. O semblante de Gustavo mudou quando me viu, passou de um homem bravo para o cara que eu amo em segundos, eu forcei um sorriso mas o dele foi sincero.

Victoria: pode soltá-lo -falei baixo apenas para Gustavo ouvir e ele arqueou o sobrancelha.

Gustavo: vamos correr riscos pequena, você sabe né? -uma de suas mãos tocou a mecha do meu cabelo que estava voando e balancei a cabeça confirmando.

Victoria: sabemos aonde você mora Leandro, sei quem é a sua mãe, sei que tem uma irmã que mora no sul com o pai, você é novo na polícia também, ou seja -dei uma pausa- não tem tanta influência né? -me aproximei enquanto ele me olhava sério, engoli seco torcendo para ninguém notar- e se eles sonharem que você me deixou passar com algumas drogas em meu corpo pela aquela estrada acho que sua carreira terminaria antes mesmo de começar.

Leandro: não precisa ser assim, Victoria -sua voz quase não saiu- eu só estava ajudando o seu pai te encontrar, ele sabia onde você vivia por algum tempo mas depois que sumiu ele ficou desesperado e por coincidência você entrou na minha sala da faculdade e me surpreendi.

Victoria: e ele não faz ideia das merdas que eu passei enquanto ele me abandonou e de verdade? Eu não faço questão de saber o que aconteceu com ele -dei uma pausa para puxar o ar- então é isso -me virei para ver Gustavo e ele estava me observando com atenção e surpreso, sabia que no fundo ele estava dando pulinhos de alegria com o jeito que eu falei porque de verdade eu havia me tornado a cópia dele, só que com cabelo.

GUSTAVO

Prometi pra mim mesmo que ela tomaria a decisão, independente de qual fosse. Gabriel irá surtar quando souber que vamos liberar ele como se nada tivesse acontecido, mas envolve o pai de Victoria que é juiz, que tem influência e esse merda do Leandro que é civil e se formando para Advogado. Ela havia puxado todas as informações da vida dele em 1 hora e pouco, com certeza isso ela aprendeu comigo. Ela me deu um último olhar afirmando com a cabeça e a Lara entrou junto com ela, o momento agora era meu.

Gustavo: Roger trás ele, vamos na CRV.

Roger: mas o senhor tambem...

Gustavo: vamos ter uma conversa no caminho -falei por fim e pude ouvir Leandro engolir a seco.

Entrei atrás com ele enquanto Roger dirigia, ele estava com as mãos amarradas ainda e o rosto bem machucado.

Gustavo: você e fiel ao pai da Victoria, porque? -ele virou o rosto para me encarar e continuava serio-
Leandro: ele namora a minha mãe -falou por fim e eu ri.

Gustavo: sabia que tinha alguma coisa -balancei a cabeça- e porque você acha que ele não veio encontrar ela hoje?

Leandro: porque ainda não seja o momento, talvez. Ele não queria que eu contasse isso pra ela, ele quer falar mas a Vic...

Gustavo: Victoria -repreendi ele.

Leandro: a Victoria não vai entender, vai achar diversas coisas e...

Gustavo: se vocês tivessem noção, de um terço do que ela passou não só nesse ano que passou comigo porque de verdade? Aqui ela vive bem, aqui ela é bem tratada e foi bem recebida mas antes -fechei meus olhos por alguns segundos lembrando de tudo o que ela passou- eu tenho raiva por não ter conhecido ela antes e por não ter salvado ela antes!

Leandro: acho que Valter não tem noção disso -ele engoliu seco- ele acha que ela esta aqui forçada ou que apenas trabalha pra você.

Gustavo: vou te dar a oportunidade de falar a real pra ele, e faz mais um favor pelo bem dela ou ele aparece e conta a real, ou ele some pra sempre na verdade vocês dois -falei seco e ele balançou a cabeça afirmando- Roger, já sabe o destino.

Ele parou o carro e desci entrando no de trás. Voltei para a boate buscar Victoria e ela foi o caminho todo em silêncio e eu respeitei isso, seu olhar estava longe e provavelmente estava pensando no seu pai. Chegamos em casa e ela entrou na frente, ouvi o seu salto no andar de cima e subi em seguida. Cheguei no quarto e ela estava colocando a bolsa pendurada e parou em frente o espelho, seus olhos buscaram o meu e ela abriu um sorriso triste. Alguns passos e eu já estava na frente de Vic, coloquei as duas mãos em sua cintura e puxei para perto, conseguia ouvir a sua respiração de tao próxima que ela estava, sua pequena mão repousou em meu peito e selamos nossos lábios.

Gustavo: o que posso fazer pra colocar um sorriso de verdade nessa boquinha gostosa? -Vic corou e deu uma risada baixa, o som que eu gostava de ouvir e continuei olhando-a.

Victoria: vem tomar um banho comigo -ela falou e ficou de costas pra mim e de frente para o espelho, Vic foi tirando sua roupa enquanto eu observava- vai me acompanhar?

Gustavo: o seu desejo é uma ordem -falei abrindo um sorriso e ela retribuiu.

Vic foi na frente e pude ouvir o barulho do chuveiro quando ela abriu o mesmo, estava completamente sem roupa quando entrei no banheiro e ela não disfarçou o seu olhar pelo meu corpo e aquela cara de safada me fazia sair de mim. Entrei no box e ela não pensou duas vezes em se aproximar de mim, eu sabia o que Vic queria ela estava procurando uma forma de esquecer tudo o que havia acontecido e eu era a solução para os problemas naquele momento.

A nossa boca se encaixava perfeitamente, como se ela havia sido feita somente pra mim. Deslizei a mão pelo seu corpo até parar na sua bunda redondinha que ficava ainda maior quando ela ficava na ponta do pé para me alcançar perfeitamente. Minha língua percorria pela sua boca e brincava com a dela, Vic abriu um sorriso entre o beijo. Ah, aquele sorriso que eu não sabia mais viver sem. Caminhei com ela até encostá-la na parede do banheiro e parei o beijo com selinhos descendo minha boca pelo seu pescoço, ela estava arrepiada o que era bom, sua mão estava entre meus cabelos e ela afastou um pouco mais a perna sem eu precisar pedir e sorri satisfeito.

 Caminhei com ela até encostá-la na parede do banheiro e parei o beijo com selinhos descendo minha boca pelo seu pescoço, ela estava arrepiada o que era bom, sua mão estava entre meus cabelos e ela afastou um pouco mais a perna sem eu precisar ped...

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