Capítulo 106: Gustavo

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Maratona 5/5

Uma onda de tensão passou pelo meu corpo, levantei num pulo pegando a arma que ficava na cabeceira da cama sempre, por mais que eu estivesse vivendo mais relaxado aqui no fundo eu sabia que não era 100% seguro.

Quando vi aqueles cabelos loiros indo pra cima da Victoria eu precisei ser forte para não apertar o gatilho, ambas estavam com sangue no rosto mas Vic estava completamente cega de raiva.

Tiffany: ah Gustavo, se eu fosse você me esperaria lá encima primeiro preciso tirar Victoria daqui viva e depois posso voltar para brincarmos um pouco –ela abriu um sorriso safado e Vic aproveitou a deixa dela, envolveu a mão em seus cabelos curtos e puxou Tiffany até o chão, a mesma gritava e tentava dar um golpe, mas minha mulher foi mais rápida que ela e eu sabia que não precisava me mexer. Era excitante ver Victoria daquele jeito, amo quando ela está no comando e sabe que está no comando, com um golpe ela deixa Tiffany com a cara virada para o chão pressionando o rosto dela.

Victoria: quem te mandou aqui porra! –gritou em seu ouvido.

Tiffany: vocês vão ter que me matar, não irá sair nada da minha boca.

Dei uma coronhada nela fazendo-a desmaiar, Vic pegou uma das armas e me seguiu pela casa para vermos onde os seguranças estavam, e ela realmente é boa fez uma emboscada levando todos para a garagem que ficava na parte de trás e soltou algum gás que apagou todos eles.

Gustavo: filha da puta está sozinha, vamos levar ela para o porão e ligar para o seu pai –respirei fundo- tenho certeza de que foi os russos que enviaram ela aqui –desviei o olhar para Vic, ela estava quieta mais na dela do que o normal e ela não era assim- você está bem linda? Preciso cuidar dessas feridas –falei segurando seu rosto com delicadeza e ela me olhou nos olhos, pude ver engolir seco e respirar fundo.

Victoria: isso é tudo culpa minha, eu não deveria ter forçado a barra para sairmos ontem.
Gustavo: ei ei, não –balancei a cabeça- isso poderia ter acontecido até se você fosse no centro ou fazer algo que faz sempre, por favor linda não se culpe –puxei ela para os meus braços- preciso que me fale, você está bem? Mesmo?

Victoria: ficarei melhor quando ela não estiver mais aqui.

Achei o tranquilizante em spray que ela usou nos seguranças no bolso da calça, apliquei nela e levei para o porão colocando ela amarrada em uma cadeira, Victoria tinha ido buscar o celular e voltou com ele em ligação já.

Victoria: você acha que ela só estava aqui a passeio? Porque eu tenho certeza de que os russos a enviaram –ela estava sendo sarcástica e estava muito puta com a situação, ela me olhou e balançou a cabeça me entregando o celular e coloquei no viva voz.

Valter: me manda uma foto dela Gustavo, preciso ver quem é.

Gustavo: é pra já –falei colocando na câmera e levantei a cabeça dela, tirei a foto e enviei pelo whatsapp.

Victoria: reconheceu? –ela perguntou alto enquanto andava de um lado para o outro.

Valter: puta merda, sim claro –dava pra ouvir sua respiração funda do telefone- ela é uma deles, o cabelo era vermelho e deve ter ficado loira para passar batido, e seu nome é Yekaterina.

Victoria: não precisava nem escolher nome de puta já que o nome verdadeiro é um né –ela riu ainda irritada e a Tiffany, ou Yekaterina começou a despertar do tranquilizante.

Gustavo: quais são as ordens Valter? Ela está acordando –falei mais baixo e subi as escadas do porão saindo de lá.

Valter: meus homens vão saber o que fazer, entregue ela pra eles e vocês trocaram de casa ainda hoje –ouvi um disparo e abri a porta descendo correndo- o que foi isso Gustavo? Foi tiro, o que foi isso?

Gustavo: Vic –falei com um tom de voz mais calmo e ela me olhou, estava com a arma na mão e havia atirado em uma das pernas da garota.

Tiffany: você é louca? Meus chefes vão acabar com vocês, todos vocês!!!

Valter: Victoria!

Victoria: ué, não é isso que seus homens vão fazer com ela? Maltratar até ela falar quem mandou, ou será que ela precisa mesmo dizer pai?

Tiffany: eles deveriam matar você ao invés do seu pai.

Victoria: cala a merda da boca –ela disparou na outra perna e me aproximei estendendo a mão.

Gustavo: você não precisa fazer isso –falei baixo.

Victoria: será que não?

Gustavo: por favor Vic –mantive o tom de voz e ela me olhou e balançou a cabeça me entregando a arma e saiu dali- pode pedir pra eles virem busca-la, talvez precise de um açougueiro para cuidar dela –falei olhando pra mesma.

Eram muitos carros parado em frente a nossa casa, agora antiga casa. Tiraram ela de lá apagada e eu sinceramente não me interessava em saber o que de fato iria acontecer com ela, a minha única preocupação era Victoria.

Valter: porra... –ele resmungou algo do outro lado da linha.

 –ele resmungou algo do outro lado da linha

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