Capítulo 73: Gustavo

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Desliguei o celular e tentei levantar mas foi em vão, eu estava fraco e não lembrava a última vez que havia comido, merda de drogas. Chamei o roger para ele preparar toda a mercadoria e enviar em até 2h para o Oliver e assim ele fez.

Gustavo: Gabriel, encontra Victoria no caminho por favor.

Gabriel: mandei todas as coordenadas.

Gustavo: não estou pedindo Gabriel, busque ela por mim -ele me olhou sério e pude ver respirar fundo e saiu, encostei a cabeça no sofá e pude ver Amanda entrando com uma bandeja com algumas coisas pra comer.

Amanda: fiz aquele sanduíche que você ama e uma salada de fruta com a sua coca que você não abre mão -ela fez uma pausa- extremamente gelada -falou me imitando e tive que rir.

Gustavo: obrigado mas estou com zero fome -observei enquanto ela colocava a bandeja ao meu lado e sentou no banco a frente.

Amanda: qual foi a última coisa que você comeu? -eu balancei a cabeça por não lembrar de fato- então vai ficar aqui porque eu sei que a xerife Victoria está chegando e você vai ter que comer -ela fez uma careta e revirei os olhos.

Gustavo: vocês mulheres em -peguei a salada de fruta e comecei a comer- ela ficou muito puta quando me viu assim?

Amanda: cheguei aqui depois, ela já tinha saído -ela ficou um pouco pensativa- mas na verdade ela está chateada, puta contigo talvez mas chateada com certeza -passei a mão entre os cabelos e respirei fundo.

Não tinha nem o que dizer, apenas esperar ansioso até ela chegar.

Já havia escurecido, eu estava inquieto. Consegui comer porque queria estar muito bem quando ela chegasse, tomei um banho e estava renovado. As horas pareciam não passar e aquilo me deixava mais inquieto ainda, até ouvir a risada dela la fora e eu senti meu coração disparar, um frio na barriga uma sensação tão louca. Eu senti falta dela, e olha que ficamos 1 dia só longe como era possível isso? Desci as escadas do galpão que dava aonde eu estava deitado e pude vê-la entrando segurando a mochila na mão com um pouco de dificuldade já que estava recheada de dinheiro, notas de $100 e $200 e um sorriso se formou em seu rosto ao me ver. Cheguei no último degrau e ela não esperou eu falar, apenas caminhou em minha direção e me abraçou tão forte e nos beijamos.

Victoria: você está bem? -ela falou se afastando e me olhando por completo segurando em meu rosto.

Gustavo: bem melhor agora, e você? Como foi? O babaca do Oliver não olhou diferente pra você não né? -ela riu assim que terminei de falar.

Victoria: não -balançou a cabeça- se assustaram ao ver uma mulher ao invés de você, e está tudo aqui -falou me entregando a mochila e peguei a mesma.

Amanda: aí está ela -Amanda falou com um sorriso no rosto- acho que já posso andar na sua garupa né?

Victoria: com certeza Mandy, arrasei real -o som da gargalhada de Victoria era o que eu queria ouvir para o resto da vida.

Gustavo: podemos conversar la fora?

Victoria: claro -Ela falou me olhando e saímos juntos para uma parte mais reservada do lado de fora do galpão- você está bem mesmo? -seu olhar estava tão preocupado e eu não queria isso.

Gustavo: não, na verdade não estou nada bem -respirei fundo- eu fui ao fundo do poço e voltei, de novo, mais uma vez e jurava que você estaria puta da vida comigo e não me recebesse com um beijo.

Victoria: Sei que vamos conversar sobre, eu entrei em desespero sem notícias sua e ver você bem pra mim foi o suficiente a raiva em partes passou -ela ficou em silêncio por alguns segundos que parecia uma eternidade- eu não sabia do seu problema com drogas -ela engoliu seco e respirou fundo- eu queria que tivesse sido sincero comigo desde o começo, mas nos conhecemos tão pouco tempo né? Não posso te culpar por isso.

Gustavo: Vic, fiquei louco de pensar, imaginar a culpa que você vai carregar contigo pelo resto da vida por ter matado uma pessoa -balancei a cabeça- eu deveria ter tirado a vida de Igor quando pude, mas não eu confiei nele por ser familia e olha o que deu, isso que aconteceu foi culpa minha da mesma forma que tiraram o meu pai de mim.

Victoria: para Gustavo, isso não ajuda em nada. Você se culpar por algo que eu fiz não, não, não -ela falava não enquanto balançava a cabeça negando- João estava na minha vida muito tempo antes de você e ele era um problema meu, ele já fez coisas horríveis comigo e fiz ele pagar por tudo não do jeito que eu queria que fosse, mas eu consegui. -ela estendeu a mão tocando na minha- não carregue um fardo que não é seu.

Gustavo: onde você estava por tanto tempo? -perguntei e pude ver o brilho em seus olhos e puxei a mesma para os meus braços.

Gustavo: onde você estava por tanto tempo? -perguntei e pude ver o brilho em seus olhos e puxei a mesma para os meus braços

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