Capítulo 26: Victoria

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Comida boa, uma vista de tirar o fôlego e uma companhia com a melhor vibe que eu já senti. Gustavo transmitia uma paz que eu tenho certeza que ele não imaginava o quanto, sua risada, o seu sorriso. A cara que ele olhava para aqueles homens que me olhavam daquele jeito, as perguntas curiosas. Nos parecíamos tanto e no começo não percebemos isso. Senti que já estava mais pra lá do que pra cá, o restaurante já estava finalizando o atendimento e fomos os últimos a sair de lá, sua mão tocou as minhas costas suavemente e eu senti um arrepio que os pelinhos do meu braço levantaram na hora e escutei uma risadinha dele.

Gustavo: está com frio Victoria? -sua voz rouca sussurrou em meu ouvido e eu congelei, paramos em frente o carro e ele tirou sua jaqueta colocando no meu ombro e eu não recusei, não queria mostrar o que realmente havia me dado arrepios.

Victoria: você é sempre cavalheiro assim? -falei quando ele abriu a porta do carro e o mesmo riu.

Gustavo: não tenho tantos momentos assim, então acho que não -ele continuou rindo e eu balancei a cabeça fazendo careta daquela cara sinica dele e entrei no carro- não bota fé ? -ele falou ao entrar no carro e fechar a porta.

Victoria: pode ser que você seja um cavalheiro sempre, mas não acredito que seja momentos raros.

Gustavo: Amanda confirma isso pra você, pode pergunta pra ela sério.

Victoria: não -falei curta, grossa e rápido demais fazendo ele me olhar de lado depois que saiu com o carro.

Gustavo: qual o problema? Amanda e minha amiga mas nunca passaria pano pra mim, isso jamais -rimos e encostei a cabeça no banco do carro.

Victoria: nenhum problema, vim aqui a trabalho o que ela pensaria de mim? Ela está me ajudando pra caramba não quero errar com ela.

Gustavo: você está equivocada Victoria. - Ele falou e em seguida aumentou o som e estava tocando PEACHES - JUSTIN BIEBER E DANIEL e eu achava top aquela música, começamos a cantar juntos o inglês do nosso jeito e caímos na gargalhada em seguida.

Chegamos na fazenda e aquele silêncio tomou conta, dava pra ouvir somente os barulhos dos bichinhos no mato e a nossa respiração e risadas do nada. Olhei no relógio e ainda era 23h, estava tão cedo e a hora havia passado tão rápido. Fomos em direção ao bar que tinha na sala, Gustavo serviu 2 drinks e me entregou.

Victoria: um brinde -falei estendendo a mão com o meu copo.

Gustavo: ao que? -ele falou levantando o copo em direção ao meu.

Victoria: a essa noite maravilhosa -senti minha palavras enrolarem um pouco e rimos em seguida.

Gustavo: maravilhosa, linda sim mas não como você -ele deu um toquinho no meu copo e virou o líquido rapidamente, fiquei encarando-o enquanto ele me observava também e virei a bebida.

Eu sabia que tinha que parar por ali, não era certo aquilo por mais que tudo o que acontecesse fosse ficar ali eu sabia que a minha pior inimiga é a minha mente. Olhei no relógio novamente e haviam se passado alguns minutos apenas..

Victoria: vamos? Amanhã o dia ainda será longo né? Temos poucos dias e eu preciso estar craque.

Gustavo: te acompanho até o seu quarto -ele colocou o copo na bancada e saiu de trás indo em minha direção.

Fomos caminhando até as escadas e fui segurando no corrimão enquanto subíamos. Vinho era o meu ponto fraco e havíamos secado uma garrafa, senti sua mão em minhas costas novamente e ainda estava com a sua blusa em mim, paramos na porta do quarto e me surpreendi com a sua voz.

Gustavo: ela não pensaria nada se acontecesse algo -ele falou baixo mas pude ouvir com clareza, me virei com o olhar diretamente no seu. Ele estava sério com aquele semblante misterioso como sempre.

Victoria: não quero que pensem que estou aqui para me aproveitar ou algo do tipo.

Gustavo: como Victoria? -ele abriu e fechou sua boca 2x antes de se aproximar mais ainda de mim- como vou pensar isso de você? Até agora só vi você se esforçando e fugindo de mim.

Gustavo: como Victoria? -ele abriu e fechou sua boca 2x antes de se aproximar mais ainda de mim- como vou pensar isso de você? Até agora só vi você se esforçando e fugindo de mim

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