Capítulo 116: Gustavo

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Uma onda de preocupações tomou conta de mim quando vi Vic passando mal, ela já havia ficado assim por conta de alguma comida mas desde ontem não anda tão bem. Fomos até o banheiro mais próximo que havia no corredor do escritório e segurei seu cabelo quando ela debruçou no vaso colocando todo café da manhã pra fora.

Gustavo: vai ficar tudo bem –falei baixinho- quer ir para o hospital? –ela balançou a cabeça negando e deu descarga indo rapidamente para a pia lavar a boca e o rosto, continuei segurando o seu cabelo e ela me olhou pelo espelho.

Victoria: é só uma crise de ansiedade –falei com um sorrisinho triste no rosto e balancei a cabeça.

Gustavo: você tem certeza de que não é, hmmm –ela me cortou na hora negando e rindo.

Victoria: gravidez? Não não não –levantou a cabeça e entreguei um pouco de papel para secar o rosto- o meu implante vence mês que vem apenas –disse confiante.

Gustavo: nenhum risco? –perguntei brincando e ela riu balançando a cabeça.

Victoria: vamos nos contentar com 2 sobrinhos que estão por vir, não é?

Gustavo: é claro, mas se você tiver também, bom nunca se sabe né.

Victoria: 100% confiável meu amor –a segurança dela me deixava louco, confesso. Eu nunca tive o sonho de ser pai como o Gabriel tinha, eu sempre gostei de viver solto e sempre tive medo de ter um filho e ele seguir os mesmos passos do que eu mas agora? Vivendo tão bem e estando sério com a Vic? Fez a vontade aparecer.

Levei ela até o quarto de hóspedes para tomar um banho e descansar, enquanto isso voltei para o escritório para resolvermos o que estava faltando.

Ernesto: ela está melhor?

Gustavo: está, foi só um mal estar –ele continuou me olhando e balançou a cabeça concordando- o que foi? –perguntei rindo e ele riu balançando a cabeça.

Ernesto: é só um mal estar mesmo?

Gustavo: nada de filhos agora, fique tranquilo –ri alto e ele fez uma careta.

O dia foi cansativo, quando sai do banheiro depois de um banho demorado meus olhos brilharam quando vi a cama king com Victoria deitada, sua respiração estava pesada num sono tão bom e por mais que eu estivesse preocupado eu estava cansado, acima de qualquer coisa exausto. Ela havia deixado uma cueca box preta encima da cama pra mim, vesti a mesma e estendi a toalha e em segundos já estava de baixo do lençol envolvendo meu braço em seu corpo.

O tão esperado dia chegou, na verdade iríamos agir na parte da noite. Felipe estava fugindo de mim, não sei do que ele tinha tanto medo mas ele fez de tudo para não se encontrar comigo e pra mim? Foda-se eu só queria acabar com os russos e tirar Lara da mansão dele o mais rápido possível. Estava no escritório separando alguns dos armamentos que usaríamos hoje, e aquela adrenalina porra como eu gosto de sentir. Meu celular tocou e era Valter, voltamos há semanas atrás quando ele me ligava quase todos os dias nos Estados Unidos.

IDL
G: Oi.
V: Gustavo -pude ouvir ele respirando fundo como se estivesse criando coragem para dizer algo- precisamos nos encontrar o quanto antes, vou te mandar a minha localização.
G: está tudo bem?
V: tudo vai acabar hoje, mas preciso falar com você primeiro na verdade com você e a Vic, leva ela por favor.
G: se for alguma armação sua eu juro que acabo com você Valter! -falei alto e em bom tom.
V: Eu jamais colocaria a vida da minha filha em risco, me encontre agora.
FDL

Ernesto não achou seguro irmos, mas Vic de certa forma confiava no pai. E ela melhor do que ninguém poderia decidir por nós, e assim fizemos. Chegamos na mesma mansão pra onde nos levaram no dia do ataque, os seguranças nos receberam nos guiando para dentro e haviam muitos deles, muitos mesmo. Valter realmente vivia como nós. Ele estava na sala principal sentado em uma poltrona confortável segurando um copo de wisk, deu um gole no mesmo antes de nos olhar. Colocou o copo da mesa de centro e levantou nos encarando, ele estava meio perdido.

 Colocou o copo da mesa de centro e levantou nos encarando, ele estava meio perdido

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