Capítulo 93: Gustavo

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Ver meu irmão feliz daquele jeito era tudo pra mim, passava um filme na minha cabeça e tenho certeza de que o nosso pai estaria orgulhoso do homem em que ele se tornou e principalmente por ser com Amanda, já que meu pai sempre gostou muito dela. Todos já haviam se abraçado, pulado, comemorado e dado os parabéns para os papais do ano, todos bem ansiosos para a chegada de Alice e Gael. O sol já havia ido embora e estávamos numa roda geral junto conversando quando ele me chamou para ir lá fora, completei o meu copo e o dele e saímos.

Gustavo: como se sente sendo papai em dose dupla?

Gabriel: é muito louco irmão -ele falou rindo enquanto me olhava- as vezes nem eu acredito que isso está acontecendo, só quando eles nasceram e meu Deus -respirou fundo.

Gustavo: ela está bem feliz né -falei enquanto olhávamos para Amanda e Vic conversando e rindo la dentro- vocês conversaram sobre aquilo?

Gabriel: Eu fui imaturo, fui moleque, fui tudo o que o nosso pai me pediu para não ser e simplesmente fugi -ele balançou a cabeça e desviou o olhar pra mim- ela fez o que era necessário e não a culpo, o corpo e totalmente dela e as regras principalmente -pude ver ele engolir seco.

Gustavo: o importante é o agora e que presentão.

Gabriel: nem me fale mano -Gabriel deu uma leve coçada na cabeça e eu sabia que ali tinha coisa, eu conheço ele a 30 anos.

Gustavo: o que tá rolando? -dei um gole no meu drink.

Gabriel: Tomei uma decisão que talvez você não va gostar -ele levantou os olhos para me encarar e no fundo eu já sabia do que se tratava- Quero seguir um caminho diferente, quero que meus filhos cresçam sem riscos e eu sei que estou indo contra tudo o que acreditamos e aceitamos mas...

Gustavo: imaginei que esse momento fosse chegar mais cedo ou mais tarde e mano -toquei seu ombro- eu te apoio pra caralho! Você e Amanda merecem ser felizes, ela é fechamento demais desde sempre com a gente e você fez a escolha certa. São os seus filhos e não pode deixar que nada de ruim aconteça, nos sabemos bem a profissão que escolhemos pra nós, foi a nossa escolha e do mesmo jeito que escolhemos isso podemos seguir um outro caminho -falei por fim e Gabriel me olhava com admiração, seus olhos estavam marejados como o meu e puxei ele para perto nos abraçando.

Gabriel: você sabe que é só me gritar que estarei lá, eu sei que é vice e versa mano.

Gustavo: sempre Biel!

VICTÓRIA

Era como se uma parte de nós estivesse indo embora, afinal formamos uma família e sem Amanda e Gabriel vai ficar um vazio enorme, Gustavo está sentindo o que é nítido mas no fundo ele sabe que o irmão tomou a decisão certa, ele está dando uma chance dos filhos terem uma vida diferente, mesmo que boa mas diferente, com segurança longe de qualquer perigo da vida que eles levam. Eu agora mais do que nunca estou sendo o braço direito de Gustavo, e como falamos pra eles não é um Adeus e sim um até logo até porque eles se mudaram para o interior de São Paulo em uma casa num condomínio fechado que parecia mais uma cidade, era lindo e falava com Amanda todos os dias principalmente quando ela comprava alguma coisa rosa e azul. De lá ela me ajudava na administração das boates, ela fez questão disso e seria até os gêmeos nascerem e tudo indicava que eles teriam os baby's fora do país.

Havia acabado de sair do banho, estava com a toalha enrolada em meu corpo enquanto pegava meu creme no guarda roupa, pude ouvir quando Gustavo chegou estávamos mais juntos do que nunca e isso me fazia bem. Ele entrou falando sobre qualquer coisa no quarto que não entendi muito bem e logo se calou quando me viu daquele jeito, seus olhos com desejo percorreu pelo meu corpo até seu olhar encontrar o meu enquanto um sorriso bobo se formava em meus lábios.

Gustavo: isso deveria ser um crime -ele disse com a voz rouca e senti uma onda de calor pelo meu corpo, Gustavo tem total efeito sobre mim, pude observar quando começou a caminhar em minha direção.

Victoria: o que? -perguntei por fim, minha voz saiu baixa mas o suficiente pra ele ouvir, sua mão tocou a minha tirando o creme e jogando na cama, deixei os braços caírem fazendo minha toalha deslizar pelos meus pés e seu olhar filmou tudo.

Gustavo: você gostosa desse jeito -ele sussurrou com a boca próximo ao meu ouvido e pude sentir seu hálito quente no meu pescoço me fazendo arrepiar.

Ele me deixava sem jeito, ele sempre deixava ele tinha esse poder principalmente com a voz rouca daquele jeito. O cheiro do seu perfume tomou conta das minhas narinas me fazendo sorrir, eu amo tanto o cheiro de Gustavo. Sua boca tocou meu pescoço enquanto ele descia até chegar no meu peito, sua boca subiu novamente encontrando a minha de um jeito desesperador, era um mix de sentimentos por trás daquele beijo. Como se fosse a primeira vez que tudo aquilo estivesse acontecendo. Envolvi meus braços em seu pescoço e fiquei na ponta do pé, suas mãos me seguravam forte pela cintura me levando até a cama. Quando dei por mim o peso do seu corpo encima do meu fez com que eu sentisse o volume em sua calça entre as minhas pernas e um gemido sufocado saiu da minha garganta fazendo ele sorrir. Fechei os olhos com tanta força quando sua boca tocou meu seio e seus dedos a parte úmida entre as minhas pernas.

Victoria: ahhh Gustavo... -falei entre alguns gemidos me contorcendo na cama.

Gustavo: o que foi linda? -ele sussurrou e um gemido leve saiu da sua boca me deixando ainda mais excitada.

Victoria: por favor não para -implorei- por favor!

Victoria: por favor não para -implorei- por favor!

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