Capítulo 97

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Consegui respirar aliviada quando vi Gustavo e Lara entrando, graças a Deus eles estavam bem. Meu pai veio me contando no caminho que encurralou Gustavo e que ele não teve saída, comecei a pensar com clareza e sem a raiva que sinto do meu pai. Voltei para o quarto e eles ainda estavam conversando, o olhar deles foram de encontro ao meu e respirei fundo.

Victoria: quando saímos daqui?

Valter: obrigado por concordar com isso filha.

Victoria: estou fazendo isso porque Gustavo agora também é um alvo e darei minha vida por ele –pude sentir o olhar de Gustavo encima de mim, sério e possessivo.

Valter: claro, claro que sim –ele olhou para Gustavo antes de levantar- tem uma pequena cidade no Texas com conhecidos que moram lá, e lá é um lugar que eles não serão loucos de atacarem, preciso que vocês vão pra lá e saiam no primeiro voo.

Gustavo: preciso fazer uma reunião com os meus homens e...

Valter: Gustavo o que você precisar de ajuda aqui no Brasil eu e outras pessoas estarão dispostas a isso

Gustavo: algo ilegal? Você é um Juiz Valter e eu sei me colocar no meu lugar, tenho pessoas por mim aqui –meu pai balançou a cabeça afirmando- eu não preciso de nada em troca estou fazendo isso pela Victoria e ela é a minha vida –meus olhos ficaram pesados e foi necessário 2 piscadas antes das lágrimas escorrerem pelo meu rosto e limpei rapidamente.

Passei o restante do dia com Gustavo resolvendo tudo e estava grata por ter Lara nesse momento, ela seria o nosso braço direito a partir de agora.

Gustavo: Lara, não quero que faça nada ilegal mas eu queria te pedir –ele respirou fundo e entrelacei minha mão na sua- cuide das boates, tome conta como se fossem sua. Você terá um bom salário e...

Lara: nem pense nisso Gustavo –ela abriu um sorriso- vocês me acolheram tão bem desde que comecei a trabalhar pelos Bottini e com certeza ficarei de sempre, cuidarei muito bem e darei notícias sempre que possível.

Duas malas pequenas, nosso passaporte e documentos e juntos. No meio dessa bagunça toda isso era a única coisa que realmente importava, estávamos juntos. Gustavo uma vez me prometeu que nunca mais ficaria longe de mim, levou 19 anos para encontrar o homem da minha vida e ele 29 isso bastou, já foi tempo demais e agora não quero perder nenhum segundo longe dele.

Gustavo teve uma reunião de horas com todos os seguranças e pessoas que trabalham pra ele, Gabriel estava por vídeo por mais que não queria envolver o irmão, Gabriel e Amanda fizeram questão de estarem presentes mesmo que de longe. Lara cuidaria da administração das boates enquanto ficaríamos longe, não poderíamos ter nenhum tipo de contato forjamos nossa morte completamente, isso foi necessário.

Estava parada em frente à janela do quarto de hóspedes que dava pra vista de um pequeno lago que havia no condomínio, um aperto no coração e uma ansiedade tomou conta completamente de mim. Voltei para a vida real quando ouvi a porta abrindo e era Gustavo, ele estava bem melhor, forte como sempre. E aquele sorriso em seu rosto eu conhecia muito bem, ele queria me mostrar que tudo ficaria bem e mal sabia ele que eu tinha certeza disso já que estaríamos juntos, nada mais importa.

Gustavo: pronta? -balancei a cabeça afirmando.

Victoria: sempre pronta -falei com a boca colada na sua enquanto ele sorria e segurava meu rosto com delicadeza.

Gustavo: essa é a minha garota -sua boca tocou a minha e me derreti completamente retribuindo o seu beijo.

Nunca fui boa em despedidas, na verdade eu nunca tive nem com a minha mãe e muito menos com o meu pai, mas la estava ele. Seus olhos fundo, as olheiras estavam gritante e ele estava vamos dizer que bem acabado. Lara com um sorriso triste se aproximou de mim e nos abraçamos, ela se tornou uma amiga e tanto pra mim como eu nunca esperei que fosse, me recebeu tão bem desde o começo.

Gustavo estava cumprimentando meu pai e apenas acenou com a cabeça para o Leandro. Observei os passos largo do meu pai em minha direção e senti meu coração tão acelerado, quando ele começou a levantar os braços eu não esperei ele terminar, envolvi meus braços em sua cintura e solucei baixinho, ali era pra ser o lugar mais seguro da minha vida mas nunca foi, e no fundo eu sei que ele sempre tentou fazer o melhor.

Valter: espero que a gente se encontra em breve -ele falou baixo no meu ouvido.

Victoria: espero que sim pai -respondi na mesma altura e ele me afastou pra me olhar e um sorriso triste se formou em seus lábios.

Agora seria somente eu e Gustavo, pra valer. De maos dadas entramos no jatinho particular rumo ao Texas, com diversas incertezas e um única certeza de que ficaríamos junto até depois do fim.

 De maos dadas entramos no jatinho particular rumo ao Texas, com diversas incertezas e um única certeza de que ficaríamos junto até depois do fim

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