Capítulo 57

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Não conseguia parar de olhar para a nossa aliança e para Gustavo, ele me olhava tão encantado como se eu fosse uma pedra preciosa. Ria com os meus pensamentos e vendo eles se perturbando na troca dos presentes.

Quando acordei no outro dia respirei aliviada por ter conseguido enfrentar mais uma festa de natal firme e forte, era como se tivesse renascido nas cinzas, eu estava me permitindo viver e isso estava me fazendo tão bem. Levantamos mais cedo com uma leve resseca de vinho e champanhe, mas íamos passar os ultimos momentos com Mariane já que ela iria para os Estados Unidos passar a virada do ano com algumas amigas.

Amanda: Mari, quando eu crescer quero ser igual você -falou quando sentamos na mesa do café e rimos.

Mariane: confesso que eu também iria querer isso -ela falou e gargalhamos ainda mais e Gabriel revirou os olhos.

Gustavo: está mais do que certa mãe, precisa ir curtir e aproveitar a sua vida.

Gabriel: isso aí -ele falou por fim e Mariane abriu um sorriso para os filhos.

GUSTAVO

Em 29 anos de vida essa foi a escolha mais fácil que eu fiz, e a que eu mais tive certeza. Eu não sei o que nos reserva para o futuro, mas de uma coisa eu sei... Victoria precisa estar ao meu lado. E a partir de agora eu me sinto ainda mais responsável pela segurança e bem estar dela. A mesma já estava na cama dormindo quando levantei e fui até a cozinha pegar um pouco de pudim e pensar na vida, sobre tudo o que estava acontecendo e o que meu pai acharia quando me visse com essa aliança no dedo, ri sozinho com os meus pensamentos até minha mãe aparecer. Ela estava vestida com um robe, sem maquiagem e um coque no cabelo com o seu chinelo com pelinhos e aquilo me lembrou a minha infância. Ela abriu um sorriso ao me ver e correu para assaltar a geladeira e sentou comigo no sofá.

Mariane: insônia? Ou só vontade de assaltar a geladeira como você fazia aos 15 anos de idade?

Gustavo: graças a Deus só a vontade de assaltar a geladeira -falei rindo e ela riu baixinho afirmando com a cabeça.

Mariane: então, melhorou da insônia? -falei confirmando que sim com a cabeça e ela automaticamente sorriu.

Gustavo: Victoria. O nome da minha cura -falei e em seguida comi mais um pedaço do pudim.

Mariane: filho, nunca pensei que fosse ver isso acontecendo -ela balançou a cabeça me olhando nos olhos- não com você, sabendo dos seus medos, traumas, das noites mal dormidas, pelo o que essa vida fez com você e seu irmão -ela deu uma pausa- Gabriel ainda é mais coração e não pensa muito mas você? Meu Deus Gustavo, quantas noites e noites pedi a Deus para que enviasse uma mulher que fizesse você mudar assim desse mesmo jeito da água pro vinho e sou tão grata por ele ter me escutado -seus olhos estavam marejados e abri um sorriso, coloquei o pote ao meu lado no sofá e puxei ela para os meus braços, minha mãe envolveu seus braços na minha cintura e beijei o topo da sua cabeça.

Gustavo: pela primeira vez em quase 30 anos estou me permitindo mãe -respirei fundo e sorri ao pensar em Vic- estou me permitindo viver sem culpa, sem receio e sem medos, o que e muito difícil.

Mariane: a Vic pelo pouquíssimo tempo que conheci, mas pelo o que Amanda também fala é uma boa menina.

Gustavo: a responsa é grande mãe, ela não pediu pra viver essa vida louca que eu levo e o que eu puder fazer pra ela ter uma vida normal eu vou.

Sempre fui muito apegado com a minha mãe, até meu pai ir embora e eu me fechar completamente e o jogo virou, Gabriel que acabou sendo o queridinho dela e eu com a minha mente perturbada preferia viver no meu mundo sozinho. E ter ela ali naquele momento foi especial e muito importante, os seus conselhos e o seu abraço me deu um gás ainda mais. Nos despedimos dela pela manhã, tomamos café juntos e rimos bastante com as palhaçadas que ela contou sobre mim e Gabriel para Vic e Amanda.

O nosso helicóptero iria levá-la até a pista em Guarulhos e de lá ela pegaria um carro até o aeroporto, quando ele voltasse iríamos para uma chácara que ficava há 2 horas dali de carro, ainda mais reservada e 2 dias depois iríamos para Paraty em uma pousada bem reservada de uns amigos.

Gabriel: você acha que ela vai gostar da ideia?

Gustavo: sinceramente? Eu não sei -falei balançando a cabeça enquanto limpava uma das minhas pistolas no escritório da fazenda- mas é para o bem estar dela.

Gabriel: claro, aprender a usar uma arme é... -não deixei ele terminar de falar.

Gustavo: Eu preciso que Victoria tenha uma vida normal, e pra isso ela precisa saber se proteger e no nosso mundo Gabriel, se proteger é dessa forma aqui -falei inclinando a arma e o mesmo me olhou sério.

As duas haviam arrumado as malas mas foi o tempo do helicóptero chegar uma tempestade de verão começou adiando os nossos planos. Passamos o dia jogando uno na sala de estar, eu e Vic do mesmo time, Gabriel e Amanda juntos também. A risada foi garantida, esses dois não se entendiam nem em um simples jogo. Victoria estava me olhando muito, e eu conhecia aquele olhar.

Gustavo: o jogo tá bom mas essa chuva pede um banho e cama -falei levantando e fui até a Vic que me seguiu com os olhos, parei na frente dela e estendi minha mão- me acompanha minha namorada? -falei com um sorriso no rosto fazendo ela rir.

Victoria: sem nem pensar 2x namorado -o tom divertido em sua voz fez todos rirem e subimos juntos.

Victoria: sem nem pensar 2x namorado -o tom divertido em sua voz fez todos rirem e subimos juntos

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