Capítulo 35

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Quando entramos no carro e o segurança de Gustavo deu partida senti um alívio, soltei o ar e suspirei. Sua mão repousou não minha perna e apertou a mesma, coloquei a mão por cima da sua entrelaçando nossos dedos.

Gustavo: quando chegarmos lá você conta tá?

Apenas balancei a cabeça afirmando que sim, olhei no celular e era 2h da manhã claro que ele estava me procurando, e o que Igor estava fazendo com ele? Encostei a cabeça no banco e respirei fundo, virei o rosto para a rua e fiquei observando o caminho. Entramos em um condomínio fechado e o motorista parou em frente a uma casa, o portão da garagem abriu e entramos com o carro. Gustavo e eu saímos juntos e ele entrou segurando minhas mãos, a garagem havia um elevador que dava acesso a 3 andares, ele apertou o 1 e abriu na sala de estar, entramos e Gustavo foi preparar um drink enquanto me sentei naquele sofá enorme e ele foi em minha direção com um copo de wisk puro.

Gustavo: vai ajudar -ele me entregou e abri um sorriso fazendo ele sorrir.

Victoria: você e seus drinks -falei enquanto pegava de sua mãe e ele riu ainda mais, sentou ao meu lado ficando de frente pra mim.

Gustavo: preciso que você me conte o que está acontecendo, eu preciso saber pra conseguir te ajudar -logo após ele levou o copo até sua boca dando um gole mas sem tirar os olhos de mim e balancei a cabeça afirmando.

Contei tudo desde o início, as mesmas coisas que falei para Amanda sem tirar nem por, e quando cheguei na parte de João e sobre todas as coisas que ele já fez comigo Gustavo colocou o copo com tanta força na mesa de centro que por pouco não quebra o copo, ele levantou pegando o celular.

Victoria: o que você vai fazer?

Gustavo: vou matar esse filho de puta.

Victoria: Gustavo para! Por favor para. Me deixa terminar de falar -levantei ficando de frente pra ele, ele jogou o celular no sofá e balançou a cabeça enquanto me olhava, seus olhos estavam marejados e meu coração doeu por isso- não é assim que vamos resolver as coisas, a minha vontade sempre foi de acabar com a vida dele mas eu quero viver a minha, eu quero seguir a minha vida eu preciso.

Gustavo: ele não pode ficar solto, isso não vai ficar impune. Sabe o que fazemos com esses pervertidos do caralho? Arrancamos os olhos, as mãos e a porra do pau pra eles nunca mais encontrar em mulher nenhuma -ele estava alterado e eu entendia, eu compreendia o ódio que eu sinto de João talvez nunca iria passar.

Victoria: Eu sei -falei baixinho- eu não queria te contar, não queria que você soubesse porque é pesado demais Gustavo -uma lágrima escapou e limpei rapidamente, Gustavo colocou as duas mãos em meu rosto olhando em meus olhos- eu tive vergonha, eu ainda tenho vergonha -ele balançava a cabeça negando enquanto eu falava.

Gustavo: você ficará segura, nunca mais Victoria presta bem atenção -ele me olhava nos olhos- nunca mais nada de ruim vai acontecer com você, nenhuma merda dessa eu prometo.

Gustavo me abraçou e ficamos alguns minutos assim, sentir sua respiração, o seu cheiro e seus braços me envolvendo para me sentir protegida. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei ter alguém assim. Eu sempre fui durona, sempre guardei pra mim na verdade eu me tornei isso, eu me blindei e Gustavo aos poucos estava conseguindo mudar tudo isso.

Gustavo: vou lá encima preparar um banho pra você -ele falou me olhando- quer comer algo?

Victoria: estou sem fome, vou ligar pra Amanda eu tenho medo do que ele pode fazer.

Gustavo: já mandei mensagem pra ela vim pra cá, o AP dela é nesse mesmo condomínio.

Victoria: e Gabriel?

Gustavo: a casa do lado -ele falou com aquele sorriso lindo e rimos.

Victoria: vocês não se desgrudam né, e isso é lindo de se ver.

Gustavo: agora você estará junto também -ele envolveu sua mão na minha e senti um frio na barriga.

Subimos juntos e enquanto ele foi até o banheiro fui para a sacada que havia em seu quarto, era no terceiro andar e enorme, fui até a sacada que havia e dava pra ver um pouco do condomínio. Mesmo de noite dava pra ver os seguranças pelas ruas, em frente a casa de Gustavo chegava a ser assustador mas hoje? Eu me senti tranquila em ver isso, eu não conseguia imaginar o que João iria fazer se me encontrasse.

Entrei naquela banheira enorme, a água estava quentinha e muita espuma. Repousei a cabeça no encosto e Gustavo me deu um beijo na testa, ele iria preparar algo para comermos enquanto eu relaxava ali sozinha.

 Repousei a cabeça no encosto e Gustavo me deu um beijo na testa, ele iria preparar algo para comermos enquanto eu relaxava ali sozinha

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