Capítulo 53: Gustavo

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Ele sempre conseguia entrar no meu psicológico e isso era uma das vantagens que Gabriel tinha comigo. E no fundo ele tinha razão, eu pesquisei sobre a vida de Victoria e eu sabia muito bem de onde ela vinha. Os pais eram bem sucedidos, sua mãe advogada foda e seu pai um juiz bem sucedido que eu não sabia como tinha abandonado a filha desse jeito.

Eu fui atrás do suficiente, não quis saber do paradeiro dele pois foi uma escolha dela viver a vida querer ter informações e isso eu respeitei. Entrei no banho e tentei ao máximo expulsar todo o pensamento ruim que estava passando pela a minha mente, senti raiva de Gabriel por um momento por ele ter falado tanta coisa assim ao mesmo tempo.

Depois do jantar ficamos na sala em frente à lareira bebendo um vinho que a minha mãe amava, era o preferido dela e do meu pai. Enquanto ela contava umas histórias engraçadas de quando éramos pequenos e Victoria ouvia atentamente, estávamos sentados no chão em algumas almofadas por cima do tapete de pelos. Vic estava entre as minhas pernas de lado, observava o jeito em que ela colocava o cabelo atrás da orelha, e ria sem graça quando Gabriel falava alguma besteira, a delicadeza em que ela levava a taça até a sua boca e como chupava seus lábios para não deixá-los manchados de vinho.

Já era tarde quando resolvemos ir deitar, na verdade todos nós o cansaço havia batido e subimos juntos. Estava na sacada enquanto Vic saia do banho para irmos deitar, ela apareceu na sacada com uma camisola rosa bebê que realçava os seus seios e era bem curta, com um chinelo de pelinho bem patricinha daqueles filmes de Hollywood o que me fez rir baixinho e ela cruzou os braços brava.

Victoria: não ri do meu look de dormir -ela se aproximou mais e a envolvi em meus braços ainda rindo.

Gustavo: vem cá, deixa eu te apreciar já que daqui a pouco você estava sem isso -falei descendo a mão pela sua camisola até chegar na sua pele, subi minha mão pela sua coxa e vi sua pele arrepiando e abri um sorriso safado- o que achou de hoje?

Victoria: a sua mãe é maravilhosa -ela falou e virou para me olhar, segurei em sua cintura com as duas mãos e ouvi enquanto ela falava- e você precisa relaxar, está sempre tão tenso -suas pequenas mão tocaram meu ombro com uma certa dificuldade e desceu até o meu peito.

Gustavo: ainda me sinto tão confortável ao seu lado -rimos juntos.

Victoria: você que pensa. - ela falou rindo e respirou fundo - eu sei que com a vida que você leva é difícil mas olha. - ela virou o rosto para a natureza e me olhou de novo - estamos no paraíso, so vamos curtir antes de voltar pra vida louca de São Paulo,

Gustavo: Vic -falei tão baixo que a minha voz quase não saiu mas foi o suficiente pra ela ouvir.

Victoria: oi! - ela falou baixo no mesmo tom que eu e não tirou os olhos do meu.

Gustavo: vamos pra cama, vem -não era exatamente o que eu queria dizer e ela percebeu mas não insistiu. Agiu com naturalidade e roubou um selinho antes de sair andando na minha frente e fui logo atrás.

AMANDA

Quando Vic saiu da sala que estávamos montando a árvore já sabia do que se tratava, sai para ver aonde ela foi mas Gustavo já estava com ela e voltei pra sala.

Mariane: está tudo bem com ela?

Amanda: Vic já sofreu muito e essas datas acaba mexendo muito com ela.

Mariane: Gustavo falou o básico e o suficiente, na verdade o suficiente pra ele você sabe né?

Amanda: conheço bem a peça -rimos.

Mariane: estou sentindo ele mais leve, mais sereno.

Amanda: e ele está, Vic caiu como um anjo na vida do Gustavo.

Mariane: fico aliviada e grata a ela por isso -ela fez uma pausa, eu realmente estava fugindo do assunto com Gabriel mas sabia que ela iria entrar nele mais cedo ou mais tarde- e o Igor? Confesso que sentia sua falta quando nos reuníamos já que ele nunca deixava você estar aqui.

Amanda: me livrei graças a Deus e estou bem assim.

Mariane: Gabriel me ligou contando e não sei que milagre Gustavo o deixou ir.

Amanda: Eu tambem nao, Igor nasceu de novo e deveria dar graças a Deus a isso.

Mariane: e você e Biel?

Amanda: o seu filho não amadurece Mari -falei rápido demais e caímos na gargalhada juntas.

Mariane: ele é meu filho mas não posso passar a mão na cabeça, sei como ele é impulsivo e se ele não acordar pra vida vai perder um mulherão que é você Mandy -ela segurou a minha mão e me olhou nos olhos- independente de qualquer coisa você sabe o quanto é bem vinda aqui né?

Amanda: com toda certeza e sou grata por isso
Por fim nos abraçamos, aquele abraço de urso que me deixava confortável.

Depois do jantar tomei um bom banho de banheira com muita espuma, pétalas e um bom vinho. Senti uma pontada de raiva quando os meus pensamentos viajaram até Gabriel. Fechei os meus olhos ao pensar nele ali dentro da banheira comigo, mordi meus lábios e pressionei minhas coxas uma na outra e deslizei uma mão até a minha boceta, comecei a brincar com o meu clítoris e a vontade de ir correndo para o quarto dele só aumentou.

Odiava passar vontade, eu odiava estar passando por tudo aquilo e tudo estava me deixando com mais raiva ainda de Gabriel. Deslizei minha mão até a toalha e peguei meu celular enviando uma mensagem pra ele.

"está no seu quarto?"

Foi questão de segundos, a mensagem ficou azul e ele respondeu na mesma hora.

"estou, tá tudo bem?"

"estou, tá tudo bem?"

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