Capítulo 121

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•Isis•

(Segunda feira - 08:00)

- Licença ! - peço assim que entro na sala do Jonathan. - Vim devolver os papéis. - digo caminhando até a mesa dele.

- Já tomou sua decisão ? - ele pergunta me olhando interessado.

- Já, foi um a escolha difícil, mas acho que eu estou pronta para uma nova etapa da minha vida. - ele suspira entediado. - Decidi aceitar o emprego ! - ele faz cara de surpreso.

- Olha só, confesso que apostei que você iria negar.

- Você não me conhece, não sabe como eu penso ! - deixo claro e ele da de ombros abrindo uma das suas gavetas.

- Assina os papéis e leva para o RH depois. - sento na cadeira e pego uma caneta na mesa dele.

Começo a assinar todos aqueles papéis e dei uma lida rápida.

- Pera esse vai ser o meu salário ? - pergunto confusa.

- O que tem de errado nele ? - rio nervosa.

- Você tem mesmo certeza que me quer trabalhando aqui ?

- Não é que eu quero, eu preciso ! - volto a olhar aquele número. - O que tem o salário ?

- É um valor muito maior do que eu ganhava.

- Você era so uma estagiária, e agora você está no cargo mais alto da sua área. - céus é tanta responsabilidade.

- Tem só uma questão. Antes de começar essa nova vida eu preciso voltar para o Brasil. - ele fica me encarando pensativo.

- Quero você aqui trabalhando na próxima segunda !!! - sorrio.

- Certo sem problemas.

Termino de assinar os papéis e sentia o olhar do Jonathan em cima de mim, evitei de olhar para ele, não queria deixar um clima desconfortável entre a gente.

Bom na real esse clima já existia, mas sei lá agora está diferente.

Parece que os dois amadureceram e se tornaram desconhecidos um para o outro.

- Obrigada pela oportunidade, eu vou fazer de tudo para que a aposta do seu pai em mim seja real. - falo colocando a caneta no lugar.

- Nao esqueça de levar esse contrato para o RH. - ele desvia do assunto e eu respeito.

Nossa relação séria somente sobre o trabalho e eu concordo, não quero nutrir nenhum sentimento por ele.

Levanto da cadeira, saio da sala dele e fecho a porta com um mix de sensações. Medo, alegria, ansiedade e orgulho.

Volto para o apartamento da Maggie e conto para o meu irmão como foi.

Ele não gostou da ideia de eu ficar aqui, mas ele entende que vai me fazer bem.

Meu próximo desafio seria abrir mão de estar perto da minha família e da Alice, vai ser algo difícil. Queria ficar perto dela, mesmo não sento minha filha de fato eu me sentia bem indo visita-lá e amamentando-a. Agora não vou poder fazer mais isso. E talvez seja o melhor mesmo, quanto mais ela crescer mais vai ficando difícil de eu ir visita-lá, não quero que ela se lembre de quem eu sou. Não quero que ela tenha a memória de que a mãe biológica dela desistiu de cuida-la.
Porém vou sentir falta de poder tocar nela e abraçá-la.

Meu irmão e eu pegamos um voo para o Rio e lá eu fiquei durante uns três dias. Teve muito choro, muitos abraços, beijinhos e muito amor. Todos entenderam e acreditavam que essa era uma oportunidade imensa para a minha carreira. Também prometi a eles que todo Natal e Ano Novo viria para cá, e também prometi que isso não duraria para sempre, eu ainda quero construir minha carreira aqui no Brasil.

Meu destino sempre foi vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora