Meu destino sempre foi você

Capítulo 91

•Isis•

(10:55)

- O que sua mãe estaria fazendo em uma clínica de recuperação? - pergunto para a Maggie enquanto ela dirigia o carro.

- Não sei, mas esse é o primeiro lugar que achei uma pessoa com o nome de Melissa Morgan.

- E por que eu é quem tenho que ver se ela está nesse lugar ? Não é mais fácil você ir ? - ela suspira.

- Isis, eu não quero ver ela. Só quero saber se está viva ou não. - concordo com a cabeça.

- E se a Melissa Morgan que estiver lá não for sua mãe ? Como eu vou saber. - ela pega o celular, desbloqueia e me mostra uma foto.

- Essa é minha mãe quando eu tinha 15 anos. - fico vendo a foto.

- Vocês são idênticas. - ela ri fraco.

- Muita gente falava isso. - Maggie diz e estaciona o carro.

- É aqui ? - pergunto olhando pela janela.

- Sim.

- Ok eu vou lá. - tiro meu sinto.

- Qualquer coisa me manda mensagem, eu vou ficar aqui. - concordo e saio do carro.

Vou para dentro da clínica e de cara tinha as recepcionistas. Inventei uma história de que Melissa Morgan era uma parente minha, mas não deu muito certo, elas não deixaram. Então tive que utilizar o meu lado corrupto. É... ofereci dinheiro para a moça e porra fiquei pobre. Valeu a pena!

A recepcionista me levou para conhecer essa tal Melissa e eu estava nervosa, imagina é a mãe da Maggie.

- É aquela ali no jardim. Não posso deixar você se aproximar por conta da segurança do nossos pacientes. - ela diz e eu concordo tentando enxergar a mulher.

- Eu acho que não é quem eu estou procurando. Essa não é a Melissa Morgan. - suspiro chateada.

- Devem existir algumas Melissas Morgan, espero que ache quem você deseja. - olho para ela e sorrio fraco.

- Obrigada pela ajuda !

A moça me acompanha para a saída da clínica e eu vou até o carro da Maggie.

- E aí ?? - ela pergunta tensa.

- Não é ela ! - ela fecha os olhos e suspira.

- Entra. Nós temos mais duas clínicas ! - entro no carro e coloco o cinto.

- E se a gente não encontrar ela ? - pergunto receosa.

- Significa que eu estava alucinando aquele dia e que provavelmente ela está morta ou está vivendo a vida dela por aí. - ela liga o carro e lá fomos nós.

[...]

Me aproximo do carro negando com a cabeça. Essa já era a última clínica. Foi mais difícil nessas duas última tentar convencer a me deixarem olhar. Na segunda eu mal consegui enxergar um ser humano, mas pelo cabelo eu deduzi que não era a mãe da Maggie.

Me sinto mal por ela. Maggie não demonstra fraqueza, mas é evidente que ela está chateada.

- Entra, seu namorado está me chamando para o galpão. - entro no carro.

- Maggie a gente ainda pode en... - ela não me deixa terminar.

- Isis, silêncio. - suspiro e fico na minha.

O galpão estava a cinco minutos de lá, então chegamos rapidinho, e fomos o caminho todo em silêncio.

- Me escuta, eu sei que você não quer me escutar, mas tenta. - falo antes dela sair do carro. - Ela deve estar por algum lugar, a gente so precisa procurar direito. - os olhos dela começam a marejar. - Eu vou estar com você nessa, vou te ajudar. Pode desabafar comigo se quiser. - ela deixa uma lágrima cair, porém limpa na hora.