Meu destino sempre foi você

Capítulo 76

- Isso é loucura. Não vou te levar, você não tem treinamento e eu não quero que tenha. Você não nasceu para isso. - cruzo os braços.

- Essa é sua decisão ? - pergunto.

- É !!!

- Então acabou. - falo e ficamos nos olhando.

- Eu não vou arriscar sua vida, Isis !!! - suspiro.

- E eu não vou arriscar minha saúde mental !

- Ta bom, então a gente chega em um denominador comum, mas não vamos terminar. - nego com a cabeça e coloco meu cabelo atrás da orelha. - Você vai algumas poucas vezes comigo, mas você fica no carro. - respiro fundo.

- Jonathan... - tento falar mas ele não deixa.

- Não está satisfeita ainda ? Problema não é meu, eu NÃO VOU ARRISCAR A SUA VIDA. PORQUE SE EU MORRER VOCÊ AINDA TEM SUA FAMÍLIA E AMIGOS QUE VOCÊ AMA INCONDICIONALMENTE. JÁ EU ? SO TENHO VOCÊ, EU NÃO ESTOU AFIM DE PERDER OUTRA PESSOA QUE EU AMO INCONDICIONALMENTE.  - ele grita e seu rosto ficou vermelho e seus olhos encheram de água.

- Casais normais não teriam essas discussões, mas ...

-FODA- SE O NORMAL, QUEM LIGA PARA O NORMAL ? O NORMAL É TEDIANTE !!!  - ele deixa uma lágrima cair porém logo seca.

- Ok, chega. Não precisa mais gritar, eu já entendi ! - ele estava com raiva. Jonathan tirou a bermuda e foi para o mar.

Decido deixar ele na dele e volto para o quarto. Eu não ia terminar com ele, mas queria que ele refletisse sobre eu terminar por não aguentar a perda dele. Enfim, nem sei o que pensar, mas sei que quando ele fica assim estressado ele enche a cara.

Espero meia hora, mas eu não aguentei esperar mais. Saio do quarto e procuro ele pelo hotel e não acho. Vou para a praia e ele estava lá no mar ainda. Tiro meu shorts. faço um coque e vou para o mar de crooped e calcinha. 

Ele estava de costas para a praia e olhando o mar pelo horizonte. Tinha a iluminação da lua e algumas luzes do hotel.
Me aproximo dele e percebo mais alguns machucados pelas costas dele. Passo minhas mãos entorno das suas costas e abraço ele por trás pousando minhas mãos no abdômen dele.

- Podemos começar do início ? - pergunto. - Minha reação foi de preocupação. Eu não ia terminar com você, só queria que refletisse. - ele coloca as mãos em cima das minhas. - E se você gosta de fazer isso, se você se sente bem fazendo justiça, eu vou apoiar, mas repito de novo se cuide porque esse amor incondicional que eu estou falando eu só sinto por você ! - ele respira fundo e me puxa para frente dele.

- Você ama sua família incondicionalmente também. - sorrio fraco.

- O amor pela família é diferente, acredite ! - ele me puxa colidindo nossos corpos.

- Desculpa gritar com você... - abraço ele e encosto minha cabeça no peito dele.

- A outra pessoa que você amava incondicionalmente era seu avô ? - pergunto e rapidamente já sinto o coração dele bater mais rápido.

- Como sabe ? - ele pergunta e eu levanto minha cabeça para olha-lo.

- Mark me contou... - ele suspira. - Por que nunca me contou sobre isso ?

- Não gosto de falar desse assunto, eu tenho medo do meu lado arrogante aflorar novamente e te perder de vez. Ainda sinto muita raiva de toda a situação que causou a morte do meu avô. - ele explica e eu concordo com a cabeça.

- Certo, não precisa falar então. Mas caso queira desabafar pode contar comigo. - ele sorri e suspira.

- Quando a gente vai voltar a ter paz no nosso namoro ? - ele pergunta e eu rio.