Meu destino sempre foi você

Capítulo 126

Vou dirigindo de vagar até encontrar alguma alma penada e eu achei. Estacionei meu carro de qualquer jeito e desci na fúria do ódio.

- JONATHAN !!! - chamo atenção dele que estava em pé olhando o mar.

- Que porra de dia foi esse ? - falo caminhando até ele. - Primeiro você deixa um cara me desrespeitar na frente daquelas pessoas e depois me castiga por isso ? QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA ?? - bato no peitoral dele com raiva. - Já chega !!! Você está me escutando ? - pergunto gesticulando com as mãos. - Eu cansei desses joguinhos de provocação, eu não quero mais conviver com você na base do ódio. EU ESTOU EXAUSTA DE SEMPRE ME SENTIR INFERIOR A VOCÊ. - grito e ele continuava sem expressão alguma. - Para que tudo isso ??? - pergunto olhando fixamente para os olhos dele. - Eu me declarei e você só precisava ter sido maduro o suficiente e dizer que não queria nada. - empurro ele que mal sai do lugar. - PARA DE ME MACHUCAR ! - meus olhos começam a lacrimejar. - Se você não é capaz de conviver comigo FALA, mas para de agir que nem uma criança porque isso não é justo comigo. Aquele imbecil falou coisas idiotas e ao invés de afastar ele você quer me afastar ??? - rio irônica. - Olha se for para ficar assim eu não vou aguentar, então me diz agora. Se você mudar sua postura e ser mais adulto eu continuo, caso contrário eu me demito agora mesmo ! - meu peito subia e descia, minha respiração estava ofegante e eu estava a ponto de desmaiar de tanta adrenalina no corpo.

Jonathan ficava me encarando sem movimentar um músculo do rosto, apenas mexia os olhos.

- Pelo jeito vai ser isso então ! - falo negando com a cabeça decepcionada. - Amanhã eu entrego minha carta de demissão !!! - me viro e começo a caminhar.

- Espera !!! - ele diz e eu paro de andar.

- Esperar pelo o que ? - pergunto ainda de costas para ele. - O que você quer de mim ainda ? - questiono e me viro. - Já fiquei igual trouxa me declarando, já fui humilhada, e já me machuquei. QUER MAIS O QUE DE MIM, JONATHAN ? - pergunto passando a mão pelo meu cabelo.

- Quero você ! - ele diz sem mudar o semblante ainda.

- Tenta com outra, comigo isso não vai funcionar. - ia me virar novamente mas ele começa a falar.

- Estou falando sério ! - rio irônica e vou me aproximando dele.

- Quando você vai parar de ser um idiota que usa as mulheres hein ? - pergunto sorrindo. - Você não passa de um fracassado, que vai morrer sozinho porque não sabe amar nem a si mesmo quem dirá o próximo. - vômito aquelas palavras. - Espero que você apodreça naquela cadeira. E que todo mal que você já fez a alguém caia sobre você. - paro e ele fica me encarando.

- Continua... - ele pede.

- Quer que eu fale mais o que ? O quão trouxa eu fui de deixar você entrar na minha vida ?  Ou também o quão imbecil eu fui em amar alguém como você ? - ele vem se aproximando de mim.

- Continua, por favor...

- Eu odeio você... eu quero te odiar para o resto da minha vida. - começo a ficar mais ofegante do que eu já estava com ele se aproximando. - Eu odeio amar você... - ele sorri. - É Jonathan eu continuo sendo trouxa e te amando, eu não sei porque isso. Eu já fiz de tudo para te esquecer e NADA funciona. É como se nós estivéssemos ligados a um fio indestrutível. E eu só quero que você pare, se não for para ficarmos juntos, me deixa em paz, não me de esperança de que um dia daríamos certo, me deixa voltar para o Brasil e nunca mais voltar.

- Era aí onde eu queria chegar... - olho confusa para ele. - Você está tentando esconder esse amor que nunca foi embora, e eu estou aqui para te dizer que eu não vou deixar ele ir embora mais.