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Lana Gavira:

— Prazer. — Ele disse e apertou minha mão.

— Isso é o que eu mais dou à ela. — Pablo disse o olhando com uma cara nada simpática.

— Então, acho que eu lembro de você, bem pouco, mas lembro. — Falei.

— Sim, eu digo o mesmo, aquela vez, há cem anos atrás mais ou menos. — Ele riu. — Na que eu fui para lá, nós não nos falamos muito.

— Espero que não se falem muito hoje também. — Gavi disse.

— Desculpe, ele é brincalhão assim mesmo. — Falei.

— Eu não estou brincando.

— CAIO, VEM CÁ DAR OI PARA A SUA IRMÃ. — Ana deu um berro fazendo eu levar um susto.

— NÃO. — Caio gritou de volta e saiu correndo, esse garoto me amava.

— É bem seu filho mesmo. — Falei à Ana.

— De seu pai também. — Ela rebateu.

— Ainda tenho minhas duvidas. — Falei e meu pai revirou os olhos.

— Vão começar as duas? — Ele se intrometeu. — Filha, será que você poderia enturmar Marcos? Até porque vocês tem praticamente a mesma idade, poderia apresentar ele aos seus amigos... — Ele disse como se eu ainda fosse uma adolescente.

— Claro. — Falei. — Vamos, Marcos. — O chamei. — Pablo, por favor, vá ver o paradeiro de Ravi, porque daqui à pouco temos que cantar parabéns. — Falei inocente.

— E deixar você com esse garoto? Sozinha? De jeito nenhum. — Gavi disse pegando minha mão e me puxando para o lado dele.

— Desculpa, meu marido é meio...

— Ciumento e Possessivo? — Marcos disse e riu.

— Amor, vá você procurar Ravi, eu apresento os garotos e Alice para... Como é seu nome mesmo? Már...

— MARCOS. — O garoto disse antes de Gavi terminar, lancei um olhar furioso para meu lindo marido, eu não deveria deixar Gavi sozinho com Pablo.

— Eu não sou louca de deixar o garoto sozinho com você. — Falei.

— Está tudo bem. — Marcos se meteu. — Já sou bem grandinho.

— Eu sei, Marcos, mas nem se você fosse idoso, Gavi é meio... perigoso...

— Eu não tenho medo. — Marcos se assegurou.

— Deveria. — Pablo disse.

— Me dê um minuto. — Falei à Marcos e puxei Gavi. — Você vai ser muito gentíl com ele, mas muito gentíl mesmo, o garoto não te fez nada, você acabou de descobrir a existência dele e já está soltando as patas.

— Lana, eu sou perito nesse ramo e sei muito bem quando um homem quer comer minha mulher.

— O QUE? — Quase gritei, mas tentei me conter, pois não queria que Marcos ouvisse. — Ele nem me olhou, Gavira. Não viaja.

— Não te olhou? Tem certeza? Ou você apenas fingiu que não viu? Acha mesmo que eu vou te deixar sozinha com esse panaca? Até parece que não me conhece...

— Você deveria confiar em mim? Você acha que eu vou conversar com ele e depois nós vamos nos trancar em um quarto e transar o resto da festa de dois anos do meu próprio filho enquanto você corre atrás das crianças?

— Acho. — Justin disse e eu o olhei espantada. — Mentira, óbvio que eu não acho isso, eu confio em você, mas não confio nele, eu consigo farejar bicho ruim de longe...

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora