Lana Gavira:
3 meses depois...
— Respira e inspira. — Uma médica dizia enquanto eu estava em trabalho de parto, a dor era insuportável, mas eu tentava pensar em que meu filho iria nascer. Eu apertava a mão de Gavira com toda a força do mundo e berrava igual uma louca, eu não estava sendo nem um pouco silenciosa e a força que eu fazia era enorme. Eu tinha minhas pernas abertas enquanto o parteiro já estava preparado para pegar meu filho. Eu fazia toda a força do mundo, sempre respirando e inspirando, garanto que depois que tudo acabasse, Pablo não teria mais mão. Continuei fazendo força, até que ouvi um choro que era praticamente musica para meus ouvidos e isso me motivou a fazer mais força ainda, até que meu filho estivesse completamente fora de mim, o médico ia o puxando aos poucos, e eu me mantinha lá, quase estourando de tando fazer força, sentindo uma cólica insuportável, mas eu sempre focava no fato de que meu filho com Gavira estava nascendo. Logo senti um alívio e minhas pernas se afrouxaram, meu corpo amoleceu e eu fiquei ali atirada naquela maca tentando recuperar o fôlego.
— Nosso filho, nasceu. Ele nasceu. — Gavi dizia contente. O médico o levou para limpá-lo e enrolá-lo em algo, em seguida veio com ele até nós.
— É um menino. — O cara disse. — Um menino forte e saudável.
— Um menino, Lana. Um menino. — Pablo repetiu todo abobado.
— Posso pegar? — Perguntei e o médico assentiu e me entregou a criança.
— É verdade mesmo, todos os recém-nascidos tem cara de joelho. — Gavira tirou uma conclusão.
— Não começa, Pablo. — Falei. — E então, é um menino, já sabe qual vai ser o nome? — Eu e Gavira havíamos combinado que se fosse menino ele colocaria o nome, caso ao contrário, eu nomearia a criança. Mas Pablo ganhou.
— Eu sempre estive pensando sobre isso, e eu escolhi... Ravi. — Ele disse e eu amei aquele nome.
— Eu achei perfeito.
[...]
Eu estava no quarto amamentando Ravi pela primeira vez, era algo tão mágico que eu chorei umas três vezes de emoção, o médico disse para eu esperar uma hora antes de receber alguma visita, e assim que esse tempo passou, Pablo entrou voando no quarto.
— Pega, é Alice. — Ele disse me alcançando seu celular, segurei Ravi em apenas um braço e com a mão que estava livre, eu atendi ela.
— Martínez, como você está? Como ele é? Ah, meu Deus, desculpa mesmo por eu e Pedro não termos ido, é que você sabe, está frio e eu tenho medo de expor Jade à esse clima. — Ela disse. Jade era a menina de Pedri e Alice, havia nascido no mês anterior. — Mas Pablo disse que em seguida você poderá voltar para a casa, pois ocorreu tudo bem, graças à Deus, então vou te esperar ansiosamente. — Ela dizia empolgada e logo se ouviu o choro de Jade. — Bom, tenho que ir ser mãe agora, beijos, amiga.
— Beijos, te amo. — Falei e desliguei.
— Nossa, Martínez... Ele é tão pequeno.
— Queria que saísse um elefante de dentro de mim? — Debochei. — Pegue Ravi, você ainda não o pegou. — Falei.
— Eu? Pegar?
— Sim, você é o pai certo?
— Sim, mas eu não sei fazer isso.
— Vem cá. — Falei com carinho, me inclinando para frente e colocando Ravi com cuidado nos braços de Pablo. — Viu, é simples. — Falei e sorri, Gavi olhava Ravi com um encanto enorme.
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Possessivo - Pablo Gavira
Hayran Kurgu"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha." - Pablo Gavira E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estivesse v...