Possessivo - Pablo Gavira

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Lana Gavira:

— Tomar um ar. — Falei.

— Então eu vou com você.

— Ah, claro, e deixar Jade sozinha?

— Posso levá-la. Nós podemos sair para jantar...

— Sim, Alice, pode ter certeza que eu estou em um ótimo humor para sair para jantar, enquanto eu não sei onde o meu marido anda.

— Sua irônia me mata. — Ela murmurou. — Mas eu sei que você está aprontando algo, eu te conheço.

— Não estou aprontando nada, só quero sair para tomar um ar, essa casa sem Gavi me deixa nervosa, os garotos não tem nenhuma pista, Alice, eu estou ficando louca. — Isso era verdade.

— Martínez, eu sei que palavras não adiantam mais que atitudes, mas eu sei que Gavira vai voltar. — Sim, ele iria.

— Eu tento manter meu pensamento positivo. —
Falei indo em direção á porta. — Tchau.

Assim que cheguei no local, minhas pernas
ficaram bambas e eu mal conseguia andar, aquilo era horrível, pior que as boates que Pablo me levava. Paguei a porcaria da entrada e quando eu estava dentro, o barulho da musica alta começaram a me ensurdecer, eu queria sair correndo, eu queria chorar, mas além de tudo, eu queria meu marido.

— Santiago. — Gritei o nome para uma mulher que vendia bebidas.

— O que? — Ela parou por um momento.

— Santiago. Quero falar com ele. — Eu disse.

— Você tem certeza?

— Sim. — Não, eu não tinha. Ela foi até um de seus colegas e sussurrou algo no ouvido dele, logo o cara desapareceu e a mulher foi atender outras pessoas, me deixando num vácuo enorme.

— E aí, gata. — Um cara chegou ao meu lado.

— Vaza. — Falei.

— Posso pagar uma bebida?

— Não.

— Por que?

— Porque não.

— Você que está procurando Santiago? — Uma terceira voz me perguntou.

— Santiago?— O cara que estava dando em cima de mim antes fez uma cara de medo.

— Por que você fez essa cara? — Perguntei.

— Era melhor você ter aceitado tomar uma bebida comigo. — Ele riu e saiu, pelo visto eu estava metida numa encrenca enorme.

— Por incrível que pareça, alguém o avisou que você viria. — O cara que a garota das bebidas havia sussurrado no ouvido falou. — Venha comigo. — E então ele me puxou pelo braço e logo ele estava me arrastando até o fim daquele clube, onde havia uma porta enorme preta, onde ele fez eu entrar. Seguimos um corredor, onde as paredes possuíam uma cor vermelha que já estava me dando dor de cabeça, logo entramos em uma outra porta e foi aí, que eu estremeci.

Na sala havia vários homens que mais parecia um armário e sentado em uma cadeira havia um homem que me assustada mais ainda, ele era gordo e tinha uma barba muito mal feita, pelo o que eu pude ver por sua aparência ele era latino.

— Oh, hermosa... — Ele disse quando me viu. — Se aproxime, chica. — Aquele espanhol estava me dando mais medo ainda. Eu me aproximei meio hesitante. — Podem sair. — Ele disse para seus seguranças. Os caras saíram e naquela sala ficou só eu e o tal de Santiago. Tenho certeza que esse não era seu nome verdadeiro. — Então, o que você tem para mí, hermosa?