Capítulo 6-Quebra-cabeças.

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Acordei com grunhidos altos e depois barulhos de lataria

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Acordei com grunhidos altos e depois barulhos de lataria. Os transformados estavam chegando novamente em meio ao milharal em que fomos parar. Um deles estava sob o teto da caminhonete e quando olhei para trás, mais deles estavam a caminho. Minha cabeça estava latejando e vi Apollo estava caído para o lado direito. Liguei a caminhonete e acelerei, mas ela não saía do lugar e Apollo acordou com o barulho. Olhei para as rodas e uma delas estava atolada.

-Merda! -falei entredentes frustrada.

O transformado que estava em cima do teto desceu do meu lado e foi recebido com um tiro do olho esquerdo. Os transformados estavam chegando mais perto. Guardei minha arma novamente.

-O que vamos fazer? Eles estão chegando! -Apollo estava ficando desesperado.

Eu estava tremendo e sentia meu coração palpitar, estava com minhas emoções a flor da pele. Seria esse meu fim? O fim de tudo? Depois de tantas lutas pra sobreviver, era assim que eu acabaria? (momento de drama).

Respirei fundo e o ar dos meus pulmões saíram falhados. Sentia todo meu corpo tremer e olhei para trás vendo a horda de transformados chegarem mais perto.

-Mikye, eles estão vindo, o que vamos fazer? Eles estão muito perto, Mikye. -sentia o desespero na voz dele.

-Só mais um pouco. -falei quase em um sussurro.

A horda chegou até nós com muita força contra a caminhonete, alguns pularam em cima do teto, amassando, enquanto outros entraram em colisão na caminhonete, dando o impulso que precisava e foi quando eu acelerei, pisando o mais fundo que podia no acelerador. A caminhonete arrancou e saiu pelo milharal deixando metade da horda para trás.

Olhei para Apollo que estava branco como um fantasma (se eu já tivesse visto um pelo menos) e estava agarrado no banco. Havia um transformado no teto do carro e dei a volta no milharal. Ele acabou se soltando e voltamos em direção a estrada, onde GPS indicava e onde a horda estava. Acelerei mais ainda e encontramos a horda ao longe. Quanto mais ganhávamos velocidade, mais perto íamos ficando da horda, até trombar nos transformados.

Um voou por cima da caminhonete, vi outro voando a minha esquerda e outro batendo contra o farol esquerdo e quebrando. Passei por cima de cinco no mínimo e um deles bateu contra o para-brisa, quebrando mais algumas partes (acho que isso nunca passou pela cabeça de Benneth quando me deu a caminhonete. Acho que ele teria mudado de ideia). O corpo caiu para o lado do Apollo e caiu no chão, ficando para trás assim como os outros. Ainda havia os que sobreviveram e que não foram acertados pela caminhonete (da morte) que tentaram nos alcançar correndo, mas eles acabaram sumindo do nosso campo de visão.

Entramos na estrada novamente e Apollo abaixou o vidro rachado para vomitar. O sol estava se pondo e não poderíamos ficar muito tempo na estrada. A noite era a hora em que eles dominavam as ruas, o que se tornava impossível de andar por elas. Apollo arrumou o GPS para nos levar ao hotel em que ele havia proposto (não no sentido em que está pensando).

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