Capítulo 75-Fugitivos.

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-Me desculpe Mykie. –disse ele querendo me entregar. –É pela minha esposa. -Os homens de Mansur afastaram os outros de mim. Zeus tentou atacar ele, mas foi afastado pelos soldados e gritaram contra Felícia dizendo para conter Zeus ou iria atirar nele.

-Ele não vai te dar nada. Hudson é egoísta demais pra isso. –eu disse a Mansur.

Olhei para Dylan e ele sacou uma arma escondida nas coisas que tinham nos entregado, fez um sinal com as mãos contando até três. E na contagem regressiva ele jogou a arma em minha direção. Os soldados de Mansur empurraram Dylan que caiu no chão.

A arma caiu no chão, (estou velha demais pra isso, já faz um bom tempo) derrubei Mansur no chão e peguei a arma.

-Atirem contra Hudson ou eu mato ele! –gritei em direção aos soldados apontando a arma na têmpora de Mansur.

Então o tiroteio começou e eu obriguei Mansur a se levantar, levando ele atrás dos carros blindados dele. Fiz um sinal pra Hiro ir em direção aos aviões e o resto o seguiu com Zeus grudado na perna de Mansur que gemia de dor. Entramos no avião e Hiro logo foi para o painel de controle, estávamos prontos para decolar e joguei Mansur para fora do avião e o mesmo começou a andar para alçar vôo.

-Essa foi por pouco. –disse Matthew.

-Ele fez isso pela mulher dele. –disse. –Ele acha que eu sou a cura para o câncer dela.

-Mesmo que você se sacrificasse, levaria anos para criar uma cura para o câncer e nem sabemos se é possível. –disse Archie.

-Pense bem, eu posso retardar a infecção, talvez possa fazer o mesmo com o câncer. –disse a eles.

-Mykie, para! Não começa. –disse Felícia. –Sei o que ta pensando. Acha que se sacrificar vai resolver tudo no mundo, mas não vai! É um tiro no escuro!

-A partir daí podem ser feitas pesquisas e podem se tornar uma cura!

-Mykie as coisas não são simples assim! –disse Felícia. –Não vou perder você também! –ela gritou.

Todos se afastaram e eu fui ao lado do piloto.

-Ela tem razão, sabia? –disse Hiro.

-Qual o destino?

-O coração dela. –disse Dylan sussurrando do nada. –Diz que é o coração dela! –Hiro tossiu.

-Vamos para A cidade de inverno.

-Cidade de inverno? Onde fica isso?

-Valley. –disse ele sorrindo pra mim.

-Meu Deus que sorri... –parei assim que percebi que estava pensando alto demais.

-O que? O que ia dizer? –perguntou Hiro confuso.

-Nada não, eu estava apenas... Pensando alto. –disse e sai dali o mais rápido.

Estava indo tudo rápido demais e eu não podia parar, não sabia como resistir. Eu estava perdendo minha cabeça.

-Ora, ora o que temos aqui? –disse Dylan se aproximando assim que viu sozinha. –Parece que alguém está apaixonadinha.

-Não começa Dylan. –disse me afastando. –Isso não é uma brincadeira onde você pode ficar caçoando. Estou infectada, não importa o quanto goste dele, nunca vamos poder ficar juntos. –disse indo dormir.

-Parece que temos um amor proibido. –disse ainda rindo.

-Dylan é serio! Como se sentiria se nunca pudesse beijar sua namorada? –Ele fechou a cara. –Viu? Não parece tão engraçado agora, não é?

-Eu só... –disse ele procurando as palavras. –Não é justo, você merece isso, merece ter alguém, merece ser feliz depois de tudo que aconteceu...

-Parece que finais felizes não são pra mim Dylan. –disse e me cobri até a cabeça indo dormir, finalizando e bloqueando qualquer continuação desta conversa. Não é como se eu precisasse de alguém pra ser feliz e eu não iria arriscar outra vida. Enfiei minha cara nos pelos de Zeus e assim dormimos.

Dylan foi até minha irmã e Archie, tentando achar alguma solução, mas acabou sem respostas, afinal ambos não haviam estudado a infecção tempo o bastante para tirar alguma conclusão de que eu não era perigosa para as pessoas ao meu redor. Mas archie e Felícia continuavam em busca de uma solução, sem descanso.

Depois de algumas horas dormindo, tendo pesadelos no meio da noite, somos acordados com um estrondo. Estávamos sendo atacados novamente. Eu via Hiro tentando controlar o avião, mas o desespero estava dominando todo o corpo dele. Estava tenso e minha irmã foi ao lado dele, tentando ajudar.

-Se você ama minha irmã, essa é uma boa hora de dizer! –disse Felícia mexendo nos controles que piscavam desesperadamente.

Hiro me olhou e uma das turbinas explodiu. Estávamos caindo. Mesmo com o cinto a turbulência era desesperadora. E assim tudo ficou escuro. Depois disso eu não vi mais nada.

-Mykie! Mykie! –senti meu corpo chacoalhas. –Acorda!

Me levantei desesperada. Onde eu estava? A última coisa que me lembro era do avião caindo. Agora eu estava no meio da nave, a névoa me cercava e eu não via muito que havia longe de mim. Apenas uma voz. E me chamava desesperado. Parecia ser Hiro. Eu procurei seguir sua voz, mas parecia ecoar por todos os lados, me perdendo de onde realmente vinha. Eu gritei o nome dele, mas ele não responde mais. Então enquanto eu andava e procurava por ele, ao longe eu vi o que parecia ser um corpo. Não perdi tempo e corri em direção. Eu não reconheci quem era até cair de joelhos e virar o corpo. Era ele. Hiro. Ele estava roxo de frio. Tentei esquentar ele, mas parecia ser tarde demais. Segurei sua mão e comecei a chorar. Não podia ser verdade. Não podia ser real.

-Hiro!

Mais um capitulo pra vocês e espero que gostem... Ou não né

não se esqueçam de favoritar e se possível comentar!

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