Saí correndo pelas ruas na tentativa de despistar os transformados, mas eles eram tão rápidos quanto eu. No bueiro onde eles haviam entrado explodiu e a rua atrás dos meus pés foram caindo, engolindo alguns deles.
Na esquina, sete cabeças saíram de trás do prédio, me chamando para que os seguissem.
Alguns transformados conseguiram atravessar o buraco que havia se feito com a explosão e vieram em nossa direção.-Pensei que iriam me deixar!- Disse perdendo o fôlego em meio a corrida.
-Iriamos.-disse Vincent-Mas seu namorado deu chilique e tivemos que te salvar.
-Pela segunda vez.-disse August.
Revirei meus olhos enquanto dobravamos a esquina.
O vento começou enquanto corriamos e sentimos o chão estremecer, sabíamos o que estava por vir novamente. A tempestade.
-Rápido! Se protejam!-jhonny gritou.
Entramos em mais das lojas abandonadas, e nesta havia muita areia da tempestade e algumas plantas cresciam entre os vãos do concreto.
Os transformado ainda nos seguiam e adentraram a loja. Assim que entramos em uma das salas, a trancamos para nos proteger dos intrusos e da tempestade mas eles continuaram na tentativa de entrar.- Essa porta não vai aguentar por muito tempo!- Disse Vincent.
-Com a força que estão batendo, também acho q não!-concordou Johnny.
-Vamos ter que enfrentar a tempestade.-disse August.-Vamos sair pela janela e andamos até o hospital.
Um dos transformados conseguiu quebrar um pedaço da porta de madeira.
-Rápido! Tentem proteger o máximo a pele, ainda não sabemos se essa tempestade transforma em um deles.
Me lembrei do acontecimento anteriormente, da mulher com olhos brancos, batendo a cabeça contra a janela que estávamos no restaurante.
Pegamos alguns panos que restavam na loja, tão velho quanto a mesma, até um dos transformados colocar a mão pela porta, tentando nos alcançar e começamos a sair pela janela, nos arrastando para fora.
Hiro me abraçou na tentativa de me proteger mais da tempestade de areia e seguimos para o hospital.
-Onde estamos?- gritou Hiro através da máscara.
-Temos que seguir por aqui!-gritou Robby de volta.
-Zeus, em guarda!-gritei e o mesmo entrou em posição de proteção ao meu lado, empacotado em panos.
-Nem sabemos onde estamos, como vamos seguir pra algum lugar?- Disse August.
-tenho um GPS, nao podemos enxergar as coisas à um palmo de distância, mas podemos seguir o GPS pelo menos!-gritou Robby pela máscara.
Caminhamos contra a forte tempestade que nos machucava com a poeira e restos de coisas trazidos pela mesma. Víamos algumas coisas voando algumas vezes pelo pouco de visão que tínhamos. Alguns transformados eram arrastados pelo vento e outros permaneciam no chão sem ter como lutar contra a tempestade.
Nós vimos um vulto de repente ao nosso lado, logo percebemos que eram um dos transformados rápidos. Ele pulou em um transformado que havia no chão e pude ver ele mastigando a carne do outro.O que estava acontecendo afinal?
Hiro me puxou mais pra perto dele e seguimos em silêncio, o que não dá dificil já que havia barulhos mais altos que nós, como os próprios transformados, o vento e a tempestade, sem contar as coisas voando e batendo em todos os lugares.
Acabamos por fim fazendo uma corrente, cada um segurando no outro, assim tínhamos a certeza de que todos estavam por perto e seguros até chegarmos ao hospital.
Nao durou mto tempo e a tempestade foi diminuindo aos poucos até finalmente parar.
Era tudo tão estranho há algumas horas atrás e a cidade estava totalmente cheia de pessoas andando pelas ruas e agora estava um deserto.
Andamos por mais alguns minutos em direção ao hospital, mas como tudo agora estava calmo, nossos passos pareciam muito mais alto, o que chamou atenção dos transformados mais rápidos.-Corram!- gritou Johnny.
Era somente um tranformado atras de nós, mas depois do anunciamento de Johnny, mais dois se juntaram atras de nós. Estavamos a poucos metros do hospital, uma quadra para ser exata, mas pareciam quilômetros com transformados em nossa cola.
Começamos a atirar contra eles, porém eram muito ágeis e de algum modo desviavam das balas.
Com o barulho, vi duas pessoas ao longe saírem pela porta do hospital, depois de um deles entrar no valente e voltar com o que parecia ser garrafas.
Eles vieram em nossa direção e pude entao reconhecer o rosto. Era Dylan. Ele jogou uma garrafa atras de nós que explodiu, pegando nos transformados e depois atiraram contra eles, para que finalmente morressem.-Já era sem tempo.-disse ele ao nos encontrarmos.
-Nem me fale.-disse de volta e entramos no hospital, nao sem antes sonhar para os transformado queimarem atras de nós.
-Que merda era aquela?- comentou August.
-Você viu que ele estavam comendo outros tranformado?- Disse a eles.
-Odeio dizer isso, mas prefiro os transformados anteriores.-disse Hiro.-agora viraram canibais?
-A tempestade mudou muita coisa.-comentou Dylan.
-Como ela está?-perguntei a Dylan.
-Não está nada Bem.-disse enquanto os olhos se enchiam de lágrimas.-Nao sei se ela vai conseguir Mykie.
O abracei.
Gerald chegou na mesma hora e os meninos se endireitaram como soldados, mas assim que os viu, Gerald fez um sinal para descansarem e me abraçou enquanto tirávamos as máscaras.
-Estão todos bem?-Acenei com a cabeça enquanto recuperava meu fôlego da corrida quando Gerald perguntou.
-Conhece ela senhor?- Vincent parecia surpreso.
-Se eu a conheço?-Gerald bufou em meio ao riso.-Ela estava salvando o mundo quando ainda tinha metade de sua idade. Ela foi a revolução, uma espiã e heroína!- disse ele enquanto batia em minhas costas, me deixando mais sem ar ainda.
August me olhou de soslaio, ai da desconfiado antes de se pronunciar.
-Bem, qualquer amiga do comandante é nossa amiga também.-disse finalmente dando o braço a torcer.
- Vamos, temos que arrumar algo pra vocês comerem enquanto descansam, estamos todos muito assustados, mas não podemos parar.
-O que está acontecendo?- perguntou Hiro.
-Bem, quando a tempestade aconteceu, recebemos uma ligação de Dylan, e assim que a tempestade deu uma trégua, tentamos tirar as pessoas o mais rápido da cidade pelo trem, quem ficou na tempestade, se transformou.-ele suspirou.-Ainda estamos tentando tirar os que restaram da cidade.
-Estavamos preocupados, Mykie.-disse Dylan enquanto seguimos para o refeitório do hospital.
Gerald apontou para as barreiras feitas de latão e ferro que as pessoas faziam para impedir que transformados machucassem as pessoas que passavam por baixo para chegar até o ônibus que era levado para o trem.
-Parece que temos uma nova realidade, Mykie.- disse Gerald triste.-Mas ainda bem que temos vocês.
-Para onde estão levando as pessoas?-perguntei.
-Para o navio.-me lembrei de Hiro comentando uma vez sobre o grande navio que foi encontrado fazia alguns meses, estava sendo arrumado.-Ja estava pronto há alguns dias e vamos vagar pelos mares até encontrar um lugar salvo, pelo menos tentar.
-Há algum lugar a salvo?-Dean perguntou.
-Espero que sim.
Nos sentamos nas mesas enquanto traziam pão e água. Dylan pulou a refeição.
-Tô sem fome.-disse ele.
-Você precisa comer ou não vai ter forças quando ela ficar boa.-disse Gerald.
-Nao sei se ela vai aguentar.-disse Dylan com um fio de voz.
-Do que tá falando?- disse incrédula-ela vai sair dessa!
- Ela tá infectada, Mykie!- Dylan estava aos prantos agora e se levantou.
-A gente pega a cura que Felicia fez e ela vai ficar boa.-disse a eles.-Assim como eu fiquei.
-A cura...-Gerald começou.-A cura sumiu.
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UM BEIJO E UM QUEIJO
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O diário do apocalipse.
ActionO que fazer quando se acorda e o mundo está virado de cabeça para baixo? Quando pessoas estão atacando umas as outras sem motivo algum? Ou mesmo quando seus pais somem e ninguém sabe onde eles estão? Eu acordo perdida em meio ao caos sem saber para...