O que fazer quando se acorda e o mundo está virado de cabeça para baixo? Quando pessoas estão atacando umas as outras sem motivo algum? Ou mesmo quando seus pais somem e ninguém sabe onde eles estão?
Eu acordo perdida em meio ao caos sem saber para...
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Vi Dylan engolir seco.
-Não sei o que ele está aprontando, mas não é bom. –disse ele.
-Nada que vem dele é bom, Dylan. Não sei porque ainda ficam do lado dele.
-Ele nos protege, olhe ao seu redor. Tudo isso para nos, sem infectados e ainda nos ensina a nos proteger.
-Nem sempre quem te protege quer o seu bem. -disse a ele.
-Chaga. Vamos ter que esperar até amanhã. Esse grand finale vai ser de matar, é melhor eu estar pronto.
Vai ser de matar.
A brisa da noite estava fresca e senti um arrepio quando ela encontrou meu corpo quente. Zeus estava parado perto de uma das arvores e Dylan levou um susto.
-Mas o que... –ele deu um pulo. –que coisa é essa?
-Não é uma coisa, é só o Zeus, meu cachorro. –disse e ele veio todo animado até mim.
-Até que ele é bonitinho. -disse Dylan.
Nós três seguimos para o refeitório onde todos já tinham tomado banho, menos eu, Dylan e Zeus. (pela cara que fizeram quando entramos, estávamos com cheiro de pizza azeda). Tínhamos passado pelo menos uma hora treinando enquanto os outros tinham saído.
-A gente deveria ter tomado banho pelo menos. –disse a ele.
-Que foi? Não quer que Luke sinta seu cheiro de chiqueiro? –ele riu e eu o empurrei.
-Olha só quem fala. Você esta cheirando pior do que sua meia depois do treino de futebol. (nunca me esqueci daquele cheiro quando ele tirou o tênis perto de mim).
-Acho que você ganhou. –ele riu. -o cheiro daquilo nunca saiu do quarto. –nós rimos enquanto pegávamos o almoço.
-Então... Tem visto Sophia? Ou alguém de nossa família?
-Eles souberam que eu estava com você e...bem eles acharam que eu fazia parte do lado dos rebeldes e não quiseram ficar perto de mim, mesmo depois que souberam que eu estava do mesmo lado que eles. Eles não querem se arriscar.
-Lado? O que quer dizer com isso? –senti uma pontada de raiva.
-Shiu, Mykie. Se nos escutarem falando sobre isso, pode não ter mais volta.
Pegamos os pratos e eu agarrei o braço dele, levando para uma mesa vazia e afastada, enquanto os outros ficaram olhando para nós.
-Dylan? –fiquei esperando uma resposta e ele pareceu não saber o que dizer. Nos sentamos á mesa.
-Não me leva a mal...
-Não me leva a mal? Dylan, é minha família, é seu tio e sua tia, com quem você conviveu a sua vida toda...
