Capítulo 22-Respostas.

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Permaneci olhando para Matthew

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Permaneci olhando para Matthew.

-O que quer dizer? –perguntei enquanto ele ainda se escondia.

-Bem,se você está contra o governo, somos os únicos que enxergam o que ele realmente é. Temos que desvendar ele, descobrir os segredos que ele esconde e ver a verdade nas mentiras que ele conta. (belo discurso). –toma. -Ele me entregou um papel e eu o abri para ver o que tinha.

Tubo de ventilação 23:30.

De uma coisa eu tinha certeza (a letra dele era horrível), as coisas iriam mudar daqui pra frente.

Eu olhei novamente em direção á planta, mas não havia ninguém lá e me vi sozinha novamente.

Na volta para o quarto, a maioria já estava dormindo, os dias eram puxados então eles não perdiam tempo com outras coisas á não ser dormir, já que o treino era cansativo.

A todo segundo eu tinha a impressão de que meu tempo estava se esgotando e que o pior estava cada vez mais perto. A espera me matava aos poucos e saber que sua própria família e os que te chamam de amigos estão contra você era pior. Eu estava com medo deles terem razão.

Fui tomar um banho, mas antes joguei o bilhete de Matthew na privada, para que ninguém achasse e soubesse de algo. Demorei no banho sem perceber, o tempo parece voar quando você quer que demore. Respirei fundo embaixo do chuveiro.

Quando eu saí, todas estavam em suas camas e Zeus estava na minha, ele balançou a cauda quando me viu e eu me deitei na cama. Eu estava com uma calça de moletom e uma camiseta regata branca, a luz da lua entrava pela janela e eu fui fechando meus olhos aos poucos.

Zeus pulou da cama e eu levei um susto, não havia dado nem cinco minutos em que eu tinha fechado meus olhos quando ele foi para de baixo da cama e começou a fungar, farejando algo.

-O que foi garoto? O que esta te incomodando? –perguntei baixo como se ele realmente fosse me responder.

Sai da cama ainda meio grogue e olhei debaixo dela, onde Zeus estava. Vi dois olhos olhando diretamente para mim e meu coração gelou.

-Você é muito pontual não é? –disse Matthew.

-Foi mal, eu acabei dormindo.

Ele empurrou a grade e eu ajudei, puxando-a. Pousei a grade silenciosamente no chão e entrei no tubo de ventilação junto a Matthew que me entregou uma lanterna.

Á luz da lanterna ele parecia animado e ansioso, com os cabelos bagunçados e uma blusa com a estampa de algum jogo. Matthew estava quase do meu tamanho apesar de ser mais novo que eu. Ele fez um sinal para que o seguisse.

-Onde estamos indo? –perguntei.

-Achar documentos e incriminar o governador. –disse ele.

-Não estamos em um filme de espiões, Matthew.

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