Os homens começaram a avançar nos abrigando a recuar. Eu estava desesperada em busca da comporta, quando olhei para a máquina de aço que refletia nossa imagem e atrás de nós a grande comporta. Enquanto os homens gritavam para permanecermos parados, que estávamos cercados e coisas do tipo, disse a Dylan ao meu lado que tinha um plano e que ele teria que abrir a comporta atrás de nós.
Ele entrou na multidão atrás sem que nenhum policial suspeitasse. Assim que fugíssemos, eles atirariam em todos nós. Precisava de uma distração. E ela estava diante de mim.
Escutei a alavanca giratória, sinal de que Dylan tinha cumprido a parte dele, então atirei na maquina de vapor, fazendo vários furos, provocando uma neblina de ar quente na qual atingiu os policiais.
Os bilhões de gotículas os acertaram, causando dores e gritos que cortaram o navio enquanto entravamos na comporta e Dylan acionava a alavanca do elevador que nos levaria para fora do barco.
Tiros vieram em nossa direção antes de subirmos e três deles pegaram ao meu lado. Todos se abaixaram na tentativa de se proteger. Os tiros foram disparados aleatoriamente. Somente cinco ou seis balas vieram em nossa direção.
Três deles acertaram Savannah em cheio. Ouvi um grunhido e um soluço ao meu lado e quando olhei, vi Savannah com as mãos cheias de sangue. Ela estava pálida, deitada sobre Sophia que somente agora havia visto o estado da irmã. Dois tiros na barriga e um mais acima. Savannah respirava com dificuldade.
-Não... Não... –Sophia começava a entrar em pânico agora.
-Temos que sair daqui rápido para cuidar dela. Vão nos matar se ficarmos aqui. Não podemos parar agora. –Disse Megan.
-Vamos chegar nas canoas. –disse. O pânico estava crescendo em mim.
Tínhamos chegado e abrimos a comporta enquanto os outros ajudavam a carregar Savannah. Anthony tomou a liderança com a arma com a ajuda de minha irmã.
Seguimos pela lateral do navio e logo avistamos as canoas pendidas no alto. Todos tentaram manter silencio para não chamar atenção. Alguns garotos desamarraram e as pessoas foram entrando.
Tudo estava dando certo e duas canoas tinham sido descidas até que um homem apareceu apontando a arma em nossa direção, mas Zeus apareceu e pulou em cima do homem. Ele mordeu o rosto do homem e os gritos dele ecoaram pelo ar.
Já estava amanhecendo e agora a tempestade havia se tornado uma chuva fina e calma. Zeus voltou com o focinho cheio de sangue.
-Vamos rápido, podem chegar por causa dos gritos. –disse Anthony e Zeus veio em minha direção, provocando medo em todos.
A terceira canoa havia sido abaixada e as pessoas subiam em mais outra. Foi quando os policias chegaram parando todos. Hiro saiu despercebido para o guindaste enquanto os policias estavam cuidando dos outros.
Um contêiner veio em direção a eles esmagando os homens e batendo contra eles, fazendo-os voar para fora do navio. Mas isso não impediu que os tiros acertassem mais pessoas. Estávamos cada vez mais perdendo pessoas.
A canoa ficou pequena para todos dentro, mas havia mais pessoas para remar e com isso navegávamos mais rápido de volta para a Costa.
Estávamos quase alcançando a canoa mais próxima quando os homens que sobraram começaram a atirar em nossa direção. Nenhum deles conseguiu nos atingir, estávamos longe demais para isso.
Estávamos quase chegando na costa quando Sophia gritou profundamente e eu soube. O grito de dor de Sophia atingiu o coração de cada um de nós. Ela gritou e chorou de agonia. Vi as pessoas com os olhos marejados, mesmo as que não conheciam Savannah.
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O diário do apocalipse.
AçãoO que fazer quando se acorda e o mundo está virado de cabeça para baixo? Quando pessoas estão atacando umas as outras sem motivo algum? Ou mesmo quando seus pais somem e ninguém sabe onde eles estão? Eu acordo perdida em meio ao caos sem saber para...