Sai do banheiro que ficava atrás do quarto vestido com o uniforme da sede. Era um macacão verde musgo escuro e surrado, mas era confortável pelo menos. Ganhei botas marrons que demorei a conseguir amarrar.
Eu me olhei em um dos espelhos que ficava na pia do banheiro e amarrei meu cabelo no alto em um rabo de cavalo, algumas mechas da minha franja se soltaram e as pontas do meu cabelo se enrolaram em espiral, como um furacão.
-Cinco minutos! Temos que ir. –Blanca gritou do quarto. –Não vai querer se atrasar no primeiro dia.
Nós descemos correndo pela escada rolante, e pulamos antes mesmo de quatro degraus. Saímos correndo do prédio e quando chegamos ao pátio, as pessoas já estavam entrando nas escadas que levava ao subsolo, para o treino.
Descemos as escadas junto á algumas pessoas e pouco depois o vidro se fechou atrás de nós. As luzes se acenderam pela grande sala. Havia três policiais parados com armas, pareciam estátuas, com as armas pousadas em frente ao corpo.
Todos foram em direção á estante de armas de pequeno porte, pistolas, quando o alvo apareceu atrás dos policiais. Todos formaram filas, três, cada uma na frente deles. Eles ficaram de lado e os primeiros da fila começaram a atirar.
O alvo se mexia freneticamente, um alvo para cada. Um azul para a primeira fila, o vermelho era para o segundo e o terceiro era amarelo. Cada um tinha que atirar em seu alvo, mesmo ele indo para o lado oposto. Quando acertavam, uma luz de acordo com cada alvo, brilhava, dando sinal para o próximo atirador.
Depois de um tempo, quando a metade da fila tinha ido que percebi que era uma competição. A fila que terminasse primeiro ganharia. Agora o que eu não sei. Todos tentavam acertar o alvo o mais rápido que podiam e a primeira fila estava ganhando. Eu era a terceira fila e a ultima, blanca estava na minha frente.
Enquanto a fila andava, ao meu lado havia mais armas, arcos e eu quando eu toquei, recebi um tapa fraco na mão.
-Droga Dylan. –disse baixo. –vai assusta a mãe! –ele fez um sinal de silencio, mas estava rindo. Olhou para o policial e voltou para a segunda fila.
Fui para frente, minha fila estava acabando e cada vez chegava mais perto da minha vez. Estava no mesmo lugar que Dylan e apostávamos mentalmente quem ganharia.
A nossa vez chegou e pegamos a arma ao mesmo tempo, tínhamos a chance de um pente e quem não acertava ficava de lado, em um canto da sala. Não sei o que aconteceria com eles.
Dylan e eu disparamos ao mesmo tempo. O primeiro tiro acertou o ombro. Disparei novamente, tudo parecia em câmera lenta, escutei a cápsula cair no chão. A marca do tiro ficou na garganta do alvo. O terceiro tiro foi na testa e quando pousei a arma na bancada, Dylan tinha feito o mesmo.
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O diário do apocalipse.
ActionO que fazer quando se acorda e o mundo está virado de cabeça para baixo? Quando pessoas estão atacando umas as outras sem motivo algum? Ou mesmo quando seus pais somem e ninguém sabe onde eles estão? Eu acordo perdida em meio ao caos sem saber para...