Capítulo 66-Destino a Europa

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Infelizmente eu acordei. Minha fome falava mais alto e isso impedia que meu sono continuasse. Mesmo que eu não tenho sonhado, ter descansado um pouco me fez muito bem. Tudo havia acontecido rápido demais, que não havia nem tempo para pensar.

Tudo estava silencioso e ainda sobrevoávamos em direção à Europa. Não sabia quanto tempo havia se passado, mas o vôo parecia tranqüilo.

Havia sido bom não pensar, a falta de toda a confusão fez com que todas as coisas voltassem em minha cabeça. Todos os erros, os sacrifícios, as mortes, as lagrimas, as promessas e o ultimo adeus. Esses pensamentos, as imagens iriam me perseguir por toda a vida.

Analisei novamente minha cicatriz. Acho que o sangue do infectado não tinha entrado em meu organismo afinal. Adam sentou ao meu lado.

-O que foi? Quer jogar na minha cara que tem a mão e eu não? –disse ele vendo eu massagear minha mão. Rimos, por poucos segundos. Poucos, mas pareceu me aliviar. –O que aconteceu?

-Achei que iria me transformar em um deles. –disse em um suspiro aliviado mostrando a queimadura. –Pensei que o sangue de um transformado tinha se misturado com o meu. Pelo visto acho que estou salva.

-Ou você já se transformou e ninguém percebeu, sua aparência é igual a de um infectado.-rimos novamente e eu soquei seu ombro. –Olha como você é atrevida, além de arrancar minha mão, ainda me bate. Como tem coragem de bater em um deficiente?

-Se toca cotoquinho!-disse enquanto riamos.

-Eu faria isso se tivesse a minha mão. –disse ele e caímos na gargalhada, até Zeus acordou com o nosso barulho.

Depois de algumas horas sentados e fazendo carinho em Zeus, finalmente chegamos e a recepção não foi uma das melhores. A medida que Anthony descia com o avião, os grunhidos dos infectados ficava mais alto. Parecia um formigueiro de infectados lá em baixo.

O radio do avião começou a chiar e uma voz começou a falar entre cortes feito pelo sinal. No começo não se entendia nada, mas o sinal foi melhorando depois de um tempo.

-Quem se aproxima? Não temos identificação... –O radio começou a chiar novamente, fazendo todos acordarem. Anthony começou a se comunicar com eles. –... Ou atiraremos.

-General? –Anthony começou. –Precisamos conversar. Tem algo de seu interesse. Passe as coordenadas de sua localização e descerei para termos uma conversa.

-Tente algo e morrerá. Temos um grande exercito que não irá hesitar.

-Sim senhor. Viemos em paz, não se preocupe.

-Certamente, quem deve se preocupar é você.

Ele passou as coordenadas e Anthony as seguiu conforme o combinado, aterrissando em um grande aeroporto do quartel general.

Era praticamente uma muralha com metralhadoras nos muros caso alguém estranho se aproximasse. Havia tanques espalhados pela estrada onde os aviões aterrissavam e foi assim que eles nos receberam, com grandes toneladas de armamentos.

Quando saímos do avião, centenas de soldados nos aguardavam com grandes portes de armas.

-Então? –um homem se aproximou. Algum cabo pessoal do general talvez. –Qual seu recado para o General?

-Preciso falar com ele pessoalmente. –respondeu Anthony.

-Se realmente quiser falar com ele, terá que passar a mim. Ou pode deixar o quartel por bem... Ou por mal. – nesse momento os soldados apontaram suas armas para nós, enquanto o cabo virava de costas para nós e saía andando calmamente.

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