Depois do café da manhã eu nem acreditava que estávamos no carro indo até o meu bairro, meu coração batia tão forte de preocupação e angústia. Eu tinha que lembrar de não cair em lágrimas, nem implorar pelo Justin me deixar ficar em casa de vez por todas.
Caitlin está no banco de trás e também estava estranhando essa ação do Bieber. Mas quem sou eu para questionar? É a melhor coisa que ele estava fazendo por mim.
Justin estacionou o seu carro na frente da minha casa, eu já sentia todo o meu corpo em choque e minha cabeça imaginava mil coisas antes de entrar para ver meu pai.
- Uma hora - Ele pegou na minha mão assim que iria abrir a porta, assenti novamente e estava cansada só de imaginar ele ditando as regras mais uma vez.
Caitlin saiu comigo, tinha uma BMW estacionada logo atrás com alguns homens que trabalham como seguranças deles e ela me acompanhou até a porta.
Eu não precisei bater, fiquei confusa em tentar ver se a chave reserva estava jogada no vaso velho no chão e simplesmente a porta se abriu revelando o meu pai.
Eu nem olhei muito, eu corri para os seus braços e ele me envolveu um abraço apertado. Ainda podia sentir o leve cheiro de álcool, talvez até cigarro e dessa vez não incomodou muito. Eu apenas senti o aroma da saudade.
- Oh minha menina - Meu pai sussurrou enquanto me apertava nos seus braços, as lágrimas caíram e eu já sentia minhas mãos tremendo.
- Você está bem? - Murmurei enquanto ele nos conduzia para a sala sem me largar - Alguém está te ajudando? Como você está?!
- Estou me virando, não está sendo tão ruim assim ao menos o fato de que eu acabei com a sua vida - Ele segurou minhas mãos com força - Me diz, você está bem?
Ele lançou um olhar para a Caitlin que se manteve durona ao lado dos seguranças que estavam posicionados pela sala, eu segurei suas mãos com a mesma intensidade e suspirei.
- Estou bem - Murmurei - Por incrível que pareça, eu estou bem.
- Estou vendo - Ele sorriu levemente e me fez sorrir também - Eu vou te tirar dessa de alguma forma minha garotinha, eu nem sei mais como você consegue ser assim tão doce comigo. Espero que um dia você consiga me perdoar por tudo que já fiz e tenho feito!
Sua mão acariciou a minha e aquela onda de lágrimas queria vir novamente. Meu coração estava prestes a despedaçar novamente, mais dor e mais tristeza. Era tão difícil se manter em pé, era tão difícil conseguir apenas viver e as coisas sempre estavam cada vez piores.
- Eu sempre vou te perdoar papai, você é tudo o que eu tenho. Você não percebe? É meu sangue - Disse apertando suas mãos e ele me abraçou novamente - Eu vou tirar nos dois dessa, mas eu preciso que você faça uma coisa por mim!
- Qualquer coisa minha menina, qualquer coisa! - Meu pai sussurrou fraco.
- Se cuida, por favor. Eu só peço que se cuida até eu voltar, porque eu vou voltar. Eu sei que não consegui cuidar da mamãe, mas eu vou cuidar de você e preciso que você comece isso por mim - Murmurei e senti sua respiração fraca enquanto ele assentia calmamente.
Ouvi algumas vozes mais alteradas, Caitlin olhou pra mim e eu logo reconheci elas. Caitlin deu ordens para os seguranças e eu me levantei secando as pequenas lágrimas.
Voltei para a porta da frente, as vozes se calaram quando me viram e meu coração bateu mais forte assim que vi meus amigos.
Mas eu franzi o cenho enquanto Selena encarava o Justin encostado no capô do seu carro, que tipo era aquele olhar? Ódio ou raiva?! Ele encarava minha amiga na mesma intensidade, parecia estar transtornado e ficando irritado ou se já não estava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
We are Confident
FanfictionDemi Lovato era somente uma dívida, ela era o resultado de um pagamento e usada como objeto. Ela foi tirada da sua vida e foi roubada pelo maior traficante do Canadá, Justin Bieber. Demi não faz idéia do que pode acontecer, do que pode sentir e o qu...