Estou Presa Aqui

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Jared, Margot e Scott estavam na sala, Chaz estava por perto e Justin estava andando na minha frente. Por mais estranho que parece Ian estava aqui também, talvez tenha sido isso que me fez parar de andar e Justin também estranhou.

- Olá Bieber - Jared disse se levantando e caminhando até nós - Desculpe pela surpresa, mas não pude deixar de fazer diferente quando soube que as cargas estão chegando primeiro para você e não para nós.

- Acho que vamos ter que resolver isso, sem problemas Jared - Justin disse e olhou para o Chaz - Leve eles para o escritório e ligue pra os outros.

Scott deu uma olhada diretamente para mim fazendo Justin encarar ele enquanto ele andava até o escritório, Margot foi atrás do Jared e ele sorriu para o Chaz que mostrou o caminho para eles.

- Eu estava com o Nolan - Ian murmurou se aproximando do Justin - Estávamos com a papelada das boates e Chaz estava me passando sobre a próxima carga.

- Jared não vai me impedir de pegar essa carga, não mesmo - Justin disse e me olhou - Direto para o quarto.

- Eu vou levar ela - Ian disse e Justin encarou ele novamente - Margot nunca fica nas reuniões, ela sempre acha um jeito de escapar e curiar para o Jared, é melhor eu ficar de olho.

- Não vai demorar, não temos nada para discutir. A carga é minha! - Justin disse e andou para o corredor do seu escritório.

Ian me olhou, apontou para as escadas e eu passei por ele, subimos os degraus para o segundo andar e fui diretamente para o meu quarto sabendo que ele estava vindo atrás de mim.

- Pensei que o Justin tinha colocado regras sobre nós - Disse entrando no meu quarto e ele entrou logo em seguida fechando a porta.

- Justin dá muito valor para tudo o que é dele, de um jeito bem estranho e confuso você pertence à ele - Ian disse.

- Agora você conseguiu o que queria, está trabalhando com ele e eu quero saber o que está planejando - Disse me sentando na cama e ele sorriu fraco se sentando ao meu lado.

- Eu até falaria, mas minhas opiniões sobre você mudaram e eu já não sei se temos o mesmo objetivo - Ele murmurou sorrindo de lado.

- O que mudou? - Disse confusa.

- Você gosta dele - Ele disse e me olhou - Isso muda todas as coisas.

- Eu não gosto dele - Disse balançando a cabeça pra coisa mais absurda que ele já falou.

- Você quer ir embora? - Ele disse desmanchando o sorriso e eu fiquei muda - Foi o que eu pensei.

Eu quero ir embora? Eu logo penso na Caitlin, penso nos meninos e principalmente penso no Justin. Um mês atrás eu pensaria no meu pai, poxa eu ainda penso muito nele e quero ao máximo cuidar dele. Mas agora, o que está me prendendo aqui? O dia de hoje passa lentamente pela minha casa, ele com os seus irmãos e o quanto ele foi bom comigo nessa metade do dia e o todas as outras vezes que ele foi. Pode ter sido bem pouco, parece que ele sempre tem medo e demonstra tão pouco, mas o que me assusta é que eu sempre esperava essa pequena gota dele e sempre desejava mais intensidade.

Quem eu estou querendo enganar, eu não só estou presa aqui fisicamente e sim todos os sentidos.

- O mais estranho é pensar que o que você sentia mudou tão rapidamente, o cara te rouba e você se apaixona - Ian murmurou balançando a cabeça - É a coisa mais estúpida.

- Eu não estou apaixonada por ele, vamos com calma. Eu posso gostar daqui, eu posso gostar das pessoas daqui e dele, isso não parece estúpido ao bastante - Disse balançando a cabeça outra vez - Eu sei exatamente o que ele fez, eu sei exatamente o que ele faz e isso não condiz com o que eu sinto.

- Estou tentando te informar que isso pode ser errado, que ele está fazendo você caminhar ao precipício e eu sei o resultado de muitas que se jogaram - Ian disse olhando para frente - Não tem nada lá, ele não foi homem suficiente com nenhuma e você está aí, sentada e esperando uma coisa que nunca vai acontecer.

- Você acha que eu não sei? - Disse pegando seu rosto e virando ele para mim - Eu tenho os meus dois pés no chão, eu tenho total controle do que eu sinto e eu não vou me cegar em questão disso, acredite em mim. Eu já tive que cair muito para conseguir aprender o que é amar de verdade.

- Então eu não entendo a sua loucura, eu estava disposto a te tirar daqui e te ajudar - Ele me olhou - Você simplesmente não quer ir embora.

- Eu também não entendo esse seu querer, realmente não entendo Ian - Disse franzindo o cenho e ele sorriu fraco se aproximando de mim.

- É que eu não conheço nada sobre a garota que está nessa casa e quero conhecer você lá fora - Ele disse próximo ao meu rosto - Preciso te libertar para te encontrar.

Sua respiração foi sumindo junto com a minha, sua boca estava bem próxima e seus lábios estavam quase encostando nos meus. Porra, Ian.

Seu nariz encostou na minha bochecha assim que sua cabeça deitou para um lado, eu fechei os olhos e senti o seu pequeno contato. Seus lábios tocaram nos meus novamente, os meus tocaram nos dele e num simples segundo nós estávamos nos beijando.

Ian me puxou para mais perto, sua mão estava apertando firme a minha cintura e nossas línguas pareciam estar numa batalha. Meu corpo todo estava se ascendendo e ele parecia me prender, ele me deitou na cama e eu então eu coloquei as mãos no seu peitoral impedindo dele continuar.

- Eu preciso ir - Ele concordou e se levantou rapidamente - Até outra hora Demi.

Eu me sentei na cama e olhei para ele saindo do meu quarto, passei a mão no rosto não acreditando e tudo que eu achava que estava certo na minha cabeça virou outra pequena confusão.

Não vou mentir, eu sei porque exatamente eu estou aqui e agora eu tenho uma certa confirmação que não é porque causo do Ian, na verdade eu não quero me libertar e não quero que outra pessoa me encontre. Se eu fui roubada, prefiro me perder do que me encontrar.

Tirei meus saltos, me aconcheguei na minha cama e ignorei tudo. Fiquei olhando para o teto alto do meu quarto, fiquei tentando colocar todos os sentimentos e todos os pensamentos para fora com a melhor opção, sempre escrevendo.

Depois de algumas horas a porta se abriu, me ergui um pouco e vi o Justin parado me olhando. Ele não disse nada, seus olhos me fitaram e desviaram rapidamente enquanto ele saía novamente.

No fundo eu preferia pensar que ele estava se certificando que eu estava aqui e para mim, eu estava me certificando que eu também estava e continuaria aqui.

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