O Amor Tudo Suporta

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Eu nunca senti um clima tão pesado ao ponto de me fazer tão mal, apesar do Justin ter quase disfarçado em me levar até o escritório eu tinha descido d acompanhado a Caitlin até o porão. Não tinha janela alguma e apenas caixas, muitas coisas que eram guardadas e no meio da sala embaixo de lustres estava Ian acorrentado da pior forma.

Seu peitoral escorria sangue, sua pele estava arranhada e nos braços manchas de sangue seco, seu rosto parecia arrebetendo e só consigo imaginar todas as vezes que os garotos subiam com as mãos com resíduos de sangue. O seu sangue. De um jeito que eu não esperava Jared estava sentado em uma cadeira com as mãos amarradas em cordas e os pés da mesma forma, Margot estava jogada ao seu lado no chão com os cabelos grudados em seu rosto e ela tentava respirar de algum forma que não a machucasse quando sentia uma dor no seu abdômen.

Eu não esperava ver uma cena dessas.

Eu estava encostada no batente da porta e pronta para subir as escadas, a Caitlin estava um passo a minha frente e os garotos reunidos ao redor deles. Chaz estava segurando uma arma de porte pequeno, Ryan estava segurando dois sacos médios pretos e Justin estava rondando eles sem olhar mais para mim, eu também não gostaria de atrapalhar nenhum segundo e realmente estava quase subindo para acompanhar o Christian.

- Metade dessa cidade para quando souberem o que está fazendo comigo ou assim que souberem que eu não estou mais em jogo - Jared murmura tentando se remexer na sua cadeira, Justin passa por trás dele tocando seus ombros com as duas mãos e o empurrando para baixo com força assim que o mesmo tenta se levantar - Qual é o seu problema em entender o quão maior eu sou perto de você Bieber, seus negócios nunca chegaram perto dos meus e mesmo que me mate. Nada irá me superar e eu tenho muitos lá fora!

- Eu nunca quis ser melhor que você Jared, eu nunca procurei te superar ou ter os seus negócios - Justin murmura em resposta - Você nunca foi uma meta para mim, não entende? O que eu sempre fiz e como sempre quis jogar é o que te superou, você que quer se igualar e pensa que é alguma coisa que nos inspira. Aqueles que te apoiam sofreram da mesma maneira, que eles imolorem para estar comigo ou morrem por querer ser contra as minhas ordens. Eu assumo qualquer resto de coisa que você e queira deixar na cidade, assumo o país e os contatos. Você não me ensinou, eu mesmo aprendi.

Margot não tirava seus olhos de mim, assim que Caitlin percebeu a mesma entrou na minha frente e quebrou o contato. Eu não conseguia mais olhar diretamente para a mesma, mas quando observei o Ian o mesmo continuava me encarando da mesma forma e eu apenas não conseguia manter o olhar sem que eu me assustasse com toda a situação.

- Eu te criei - Jared solta um riso forçado e joga a cabeça para trás - Justin Bieber, Ian Mallette, Scott Eastwood e minha amada Margot, ainda consegui dar dicas e boas dicas para Matthew Davis. Todos vocês, todos que querem estar ao meu meio e no meio de tudo isso, sem mim nenhum ou nem outro estaria aqui. Não é mesmo? Sim. Quando acabar para mim, vai ter outros que vai acabar com você Bieber.

- Seria Eastwood? - Ryan disse um pouco mais alto e Jared o encara rapidamente - Aposto que nesse exato momento ele está dando um bela fuga tentando cruzar a fronteira quando o meu parceiro acaba com a raça dele e olha só quem está te passando a perna Leto, seu parceiro e sua cria. Decepcionante? Traído por seus funcionários e você acha mesmo que não damos conta quando estamos agora com o seu braço direito bem na nossa mira.

- Ian, me diga também sobre o Matthew e comente sobre sua lealdade com todos vocês! - Chaz completamenta logo depois - Não precisamos de muito para o encontrar e encontrar quem quer seguir qualquer passo de vocês, falamos sobre uma cidade e um país inteiro que sempre esteve muito mais nas nossas mãos do que nas suas.

Caitlin se moveu em direção ao Ian e o mesmo apenas tentou abrir a boca para conseguir responder quando parecia que até mesmo seus machucados em sua boca estourada arderam, o mesmo não conseguia murmurar alguma coisa e de alguma modo tudo estava me apertando em uma agonia enorme. Margot voltou a me olhar e assim que nossos olhares se cruzaram foi a vez da mesma abrir a boca.

- Mesmo que se algum dia ninguém nos honre fique com essa mesma cena gravada em suas cabeças porquê vai ser exatamente assim que um dia vocês iram terminar - Ela murmura tentando soar alto e sua voz é em um grave forte sem deixar de me encarar - Inclusive você. Eu disse uma vez, o amor mata e olha só. Um dia é aqueles que estão aqui e que eu aposto que você os ama, você vai estar jogada e não vai conseguir ao menos se mexer ao ver eles sangrarem. Não é só sobre negócios, é sobre vida e essa vida mata mesmo que viva com amor.

Dou um passo para trás assustada.

- Chaz! - Justin diz seu nome como uma ordem e Chaz rapidamente vai para trás da Margot a puxando pelos cabelos.

Me viro e subo as escadas, seguro forte no corrimão e fecho os meus olhos assim que chego no primeiro andar quando escuto o barulho de um tiro seco. Ando tentando manter um pouco mais de calma, caminho para as próximas escadas para subir e tentar encontrar o Christian ou somente ir para o escritório.

Quando abro a porta do escritório vejo que está vazio e eu não sei exatamente se eu quero ficar sozinha. Ando até a sua sala aonde Chris costumava estar com sua equipe de TI, abro a porta e apenas encontro alguns homens.

- Christian? - Murmuro.

- Ele não voltou ainda, está trabalhando e está com uma equipe atrás de Scott - Um deles me respondem assustados pela minha euforia e eu apenas balanço a cabeça concordando enquanto fechava a porta novamente agradecendo baixinho.

Ando de volta ao escritório e me sento no sofá, passo a mão pela minha barriga e vejo que sempre é o meu gesto de carinho ou meu pequeno refúgio. Eu fico agoniada por eles lá no porão, mas eu também sinto um pouco de descanso apesar das palavras assustadoras que Margot quis soar com sua melancolia e loucura. Mas é só um pouco da verdade e o que eu tento não me deixar enganar é que eu não quero pensar sobre 10 anos a frente, eu tenho o agora e eu tenho o hoje para me preocupar, o amanhã pode vir ou não mas isso também me incomoda quando eu tenho um pequeno ser que precisa do amanhã.

Não deixe que isso seja uma preocupação. Confie em Justin, confie neles e confie em tudo, não queira o fim e lute pelo agora. Confie. Confio, confio em mim e confio quem está próximo de mim. Confio.

- Assustada? - Escuro a voz do Justin assim que ele abre a porta e quase me assusto quando estava perdidamente nos meus próprios pensamentos.

- Acabou? - Pergunto franzindo o cenho e o observando, ele parece ainda do mesmo jeitinho que estava no porão e quando tinha me encontrado em casa.

- Acabou - Ele murmura afirmando.

Ele se aproximou, se sentou ao meu lado e me beijou. Eu retribui com mais segurança e com mais aperto no coração, mas como outro significado e sim, poder sentir um pouco mais de calmaria e confiança.

- Desculpa - Murmuro entre o beijo e coloco as mãos no seu peitoral o empurrando um pouco enquanto as coisas já tinham ficado quentes como nas horas antes em casa - Acho que eu não consigo transar quando tem três pessoas mortas abaixo de nós, quando o Christian está atrás da quarta pessoa e seus amigos que vão chegar interrompendo a qualquer momento.

- Em casa? - Justin disse rindo e não se afastou como eu gostaria e apenas deu um último beijo nos meus lábios.

- Depois que jantar quem sabe - Sorri de leve - Eu tô com fome. Eu tô com muita fome.

- Vou terminar apenas mais algumas coisas com os garotos e saber do Christian, assim podemos ir embora e eu te levo para jantar - Ele disse beijando em seguida o topo da minha cabeça e se levantando me fazendo rir - O que foi?

- Você - Murmuro - Romântico.

- Se dizer isso de novo nós vamos para casa e não vou ser nada romântico - Ele diz sério e eu mordo os lábios.

Por fim, ele me dá um sorrisinho de molhar a calcinha e eu não resisti. Eu me levanto e o agarro imediatamente.

Poxa, eu sinto que eu tenho o mundo todo. É isso que ele sempre me promete? Sei que ele fala sobre sua riqueza, seu luxo, suas viagens, seu trabalho, suas experiências e suas noites bem vividas. Mas não é somente isso, é uma coisa totalmente interna e maravilhosa.

O amor nem tudo suporta. Não dessa forma agressiva e violenta. Mas com esperança, confiança, espaço e companheirismo para se aprender a viver a dois.

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