Ruínas

Ruínas - Capítulo 1

- Fica aqui comigo hoje! - Micael pediu á namorada enquanto fazia cafuné em sua cabeça. Os dois estavam deitados na cama, nus e suados, após terem feito amor, como diria Micael. - Amanhã eu te levo ao trabalho.

- Sem chance, eu preciso ir para a minha casa. - Sophia respondeu se levantando da cama fofa em um pulo. - Vou tomar um banho agora!

- Então eu vou junto com você. - Sorriu malicioso, mas Soph negou com a cabeça e saiu correndo para o banheiro. - As vezes parece que você foge de mim! - Ele gritou ainda da cama.

O silêncio permaneceu enquanto Sophia tomava banho, Micael pegou seu celular e começou a jogar um jogo bobo que tinha baixado recentemente. Viu a namorada saiu do banheiro enrolada em uma toalha e a comeu com os olhos.

- Você é muito gostosa. - Mordeu o lábio inferior após puxar a toalha dela. - Eu fico maluco com você.

- Ei, nem vem, eu acabei de tomar banho e você está todo suado. - Soltou uma risada. - Eu vou botar a minha roupinha e caçar meu rumo.

- Por que você não quer ficar comigo? - Ergueu uma sobrancelha. - Você sempre gostou de ficar aqui! Eu posso fazer uma comidinha, a gente pode ver um filme, depois fazer amor de novo. - Ela segurou o impulso de rolar os olhos.

- Tentador demais, mas marquei com a Lua uma noite das meninas. Preciso ir pra casa, realmente.

- A Lua sempre atrapalhando meus planos. - Bufou. - Tudo bem, não vou bancar o chato, mas a gente pode se ver amanhã?

- Pensei que não ia bancar o chato. - Sorriu de canto. - Podemos sim, quando eu sair do trabalho venho pra cá. - Se aproximou e deu um beijinho no namorado, agora já estava vestida. - Te amo!

- Deixa eu pelo menos te levar em casa ou na casa da Lua. - Pediu enquanto a levava até a porta, agora vestia uma cueca. - Eu tomo um banho rapidinho.

- Não precisa, meu amor, eu chamei um uber. - Mais um beijinho. - Até amanhã.

- Tá bem então, até amanhã. Te amo. - Ficou parado na porta observando a namorada entrar no HB20 preto que estava parado na frente da sua casa.

Micael tinha a impressão que aquele carro já tinha sido chamado por sua namorada, mas aquilo não devia passar de uma coincidência. Trancou a porta e foi tomar um banho, precisava descansar.

- Pensei que você não ia sair nunca de lá! - Douglas, um moreno forte, dirigia o carro. - Demorou dessa vez hein, gata!

- Micael está cada dia mais grudento. - Fez uma careta. O rapaz parou o carro num canto escuro e deserto. - Fica nessa de fazer amor, que mané fazer amor.

- O que está faltando pra você largar esse cara e ficar comigo? - Ele tirou o cinto e se virou pra loira. - Se você reclama da forma como ele te beija. - Passou a barba em seu pescoço. - Se você reclama da forma como ele te toca. - Usou a mão esquerda pra levantar o vestido que Sophia usava. - Você reclama da forma como ele te fode!

- Eu não vou largar ele, eu o amo. - O rapaz fez uma careta. - Você sabe que isso aqui não vai pra frente, Douglas.

- Eu não sei que amor é esse que tem traição, se você amasse esse cara, você não estaria aqui comigo. - Arrastou a calcinha de Sophia para o lado e enfiou dois dedos nela. - Você não me deixaria te tocar dessa forma.

- Você não passa de um brinquedinho. - Ela sorriu em meio a um gemido.

- Você sabe que eu posso ser mais do que isso! - Puxou Sophia do banco a colocando em cima de seu colo. - Você sabe o quão gostoso eu sou. - Puxou sua roupa com tanta facilidade que Sophia só percebeu quando o rapaz abocanhou seus seios. - Eu sei comer você da forma que você gosta. - Desabotou a calça e colocou o pau pra fora, segurou no pescoço de Sophia e a fez sentar. A cara dela de tesão não negava, Sophia amava aquilo. - E não é de fazer amor que você gosta.

Sophia não respondeu e foi até o fim, ele tinha razão, era daquilo que gostava. No banco que há pouco ela estava sentada, o celular agora esquecido vibrava, ligação de Micael, mas ela fingiu que nem viu.