Ruínas - Capítulo 166

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- Meu Deus do céu! – Um sorriso se abriu automaticamente em seus lábios. - Você fez tudo isso? – Ela olhava encantada para o lugar coberto de pétalas de rosas.

- Sim, quis te fazer uma surpresa! Falei pro meu pai que tinha chegado correndo, mas na verdade cheguei com um tempinho de sobra... – Estava orgulhoso de si e amando a reação da namorada. – O que achou?

- Incrível! – Foi pra perto dele e lhe deu um selinho.

- Então termina de seguir a trilha e vê onde dá. – Apontou para as pétalas que seguiam para o quarto. Sophia andou bem devagar e levou as mãos a boca quando chegou no quarto. Muitos balões estavam presos ao teto, mais centenas de pétalas espalhadas e sobre a cama, dentro de um coração de rosas, uma caixinha com duas alianças. A loira perdeu a voz e parecia que seu corpo não respondia aos comandos. Aquilo era a coisa mais clichê do mundo, já tinha visto fotos e mais fotos nas redes sociais, mas nunca esperaria que Micael fizesse aquilo. – Ei... - Chamou sua atenção. – Estou começando a ficar preocupado, cinco minutos e você não fala nada.

- Eu estou tentando assimilar isso tudo? – Se aproximou da cama e pegou a caixinha com as alianças. – Isso significa o que eu acho que significa?

- Você acha precipitado de novo? – Cruzou os braços. – Eu só pensei que a gente perdeu tempo demais já, quero formar a nossa família, quero dizer que você é a minha esposa.

- Eu não achei precipitado, eu só tenho medo de que todas as nossas brigas voltem de novo. – Ele se aproximou e segurou seu rosto entre as mãos novamente.

- Eu amo você, eu admiro você, eu confio em você. – Disse encarando em seus olhos. – Você é a mulher que eu escolhi pra ser minha esposa, pra ser a mãe dos meus filhos, pra me acompanhar em todos os momentos. Eu quero que você se case comigo, quero poder te fazer feliz. Você quer casar comigo?

- É logico que eu quero! – Ele sorriu e a beijou. – Espero por isso há tanto tempo. – Disse quando se afastaram. Micael pegou a caixinha da mão da mulher e colocou a aliança na mão direita dela. – Eu amo você.

- Então não fala mais nada que a gente não tem muito tempo. – Ele a silenciou com um beijo voraz. Suas mãos urgente apalparam todo corpo de Sophia em questão de segundos.

A respiração descompassada e ofegante dos dois mostrava o quanto esperavam e ansiavam por aquilo. Num instante estavam vestidos e no outro já não tinha mais nada que os impedissem de se amarem.

Micael apreciou o belo corpo da noiva por algum tempo, deixou uma trilha de leves chupões pelo pescoço, seios, barriga e até finalmente chegar na intimidade de Sophia. A loira se contorcia na cama com o prazer que Micael lhe proporcionava. Soltou um grito quando além da língua habilidosa de Micael, ele lhe enfiou um dedo.

- O que você está fazendo é maldade. – Sussurrou e despertou um sorriso de Micael que agora tinha dois dedos enfiados na namorada, se movimentando em um ritmo bem lento. – Eu estou com saudades de ter você dentro de mim. – Sua voz era tão manhosa que Micael não resistiu, ficou de pé, ajeitou a mulher na beirada da cama, os pés em seus ombros e entrou só de uma vez. – Puta que pariu. – Ela arregalou os olhos e Micael não demorou a se assustar.

- Eu te machuquei? – Sophia rolou os olhos. – Responde Sophia.

- Não começa com isso de novo. – Pediu rebolando. – Continua que está uma delícia. – Ele soltou um gemido com o rebolado de Sophia, mas logo voltou a controlar a situação. Depois de um tempo, se cansou da posição e a pegou no colo. As pernas de Sophia se entrelaçaram em sua cintura. – Gostoso. – Ela disse em seu ouvido e o incentivou a ir mais rápido. Os gemidos com certeza podiam ser ouvidos até do outro lado da rua, como eram escandalosos.


- Eu não aguento ficar muito tempo longe de você não. – Micael disse fazendo carinho no nos cabelos de Sophia. A loira estava deitada em seu colo, ambos nus, como sempre faziam depois do sexo. – Sou completamente dependente.

- E eu? – Soltou um risinho. – Acho um crime a gente ficar assim tão longe.

- Sabe que eu acho bom? – Se afastou um pouco para olhá-lo. – A saudade deixa tudo mais intenso.

- Deixa, mas eu ainda assim preferia você comigo sempre. – Fez um biquinho, logo voltou a se deitar.

- Olha o lado bom, ainda temos cinco meses pra planejar o nosso casamento. – Sorriso de Sophia se abriu instantaneamente. – Tempo de sobra pra constatar que não estamos sendo precipitados dessa vez.

- Eu já posso começar a ver as coisas? – Se sentou na cama, completamente empolgada. – Já vou começar a agendar datas, procurar um salão. Nossa, são tantas coisas que eu não sei nem por onde que começa.

- Ei, relaxa. – Riu da cara de desespero. – São cinco meses, no mínimo. Depois que eu voltar pra cá, a gente nem sabe ainda quanto tempo vai demorar.

- Você está querendo me enrolar, Micael? – Cruzou os braços. – A gente não vai ser o típico casal que fica noivo pra sempre não né?

- Logico que não. – Rolou os olhos. – Eu só estou dizendo que não marcamos uma data. Tem que dar entrada na papelada, e isso a gente só faz quando tiver faltando uns três meses, se não me engano.

- Vou pedir ajuda pra Lua, ela já casou, deve saber de toda essa burocracia. – Suspirou. – Estou empolgada.

- Eu vou procurar uma casa pra gente. – Sua expressão era de surpresa. – Que cara é essa?

- Achei que íamos ficar aqui. – Ele negou com a cabeça.

- Eu quero deixar todo o passado pra trás e isso inclui essa casa. – Deu de ombros. – Eu moro aqui sozinho desde que voltamos da de São Paulo, tanta coisa aconteceu nessa casa. E sem contar que precisamos de uma maior, três quartos no mínimo.

- Pra que tudo isso? – Ele riu. – Está achando que eu vou parir quantas crianças?

- Ué, é você que vive reclamando que aqui não tem quarto de hospedes, na nossa nova casa vai ter. – O sorriso dela voltou a abrir. – Eu vou te dar tudo o que você merece.

- Você sabe que agora eu trabalho e estou, por incrível que pareça, ganhando uns cachês bem bacanas. – Ele fez uma careta. – Você não precisa pagar tudo sozinho.

- Eu e meu pai temos mais dinheiro do que podemos gastar, restaurante anda muito bem e você sabe que dinheiro nunca foi problema.

- Vamos discutir isso depois, agora eu vou tomar um banho, porque já já vai dar a hora do coquetel e eu ainda tenho que ir em casa buscar meu vestido. – Ele assentiu e observou a namorada sair correndo pro banheiro depois de lhe dar um selinho. 

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